Mais uma dobradinha da Audi em Le Mans
Muita luta, as habituais peripécias, domínio da Toyota durante grande parte da corrida – mas, no final, a Audi não só voltou a vencer as 24 Horas de Le Mans, perante mais de 263 mil espectadores, como colocou dois dos seus carros nos dois primeiros lugares. A vitória em LMP1 acabou por sorrir ao R18 e-tron quattro nº 2, tripulado por Benoit Tréluyer, Marcel Fässler e Andre Lotterer, que efectuou, ao fim das 24 horas de prova, mais três voltas ao circuito de La Sarthe que o Audi nº 1, que teve aos comandos Tom Kristensen, Luca di Grassi e Marc Gené.
Quanto à Toyota, e apesar do domínio que vem exercendo este ano no mundial de resistência, ainda não foi desta que venceu em Le Mans, apesar de ter estado muito perto de conseguir tal feito, restando-lhe como magra consolação o lugar mais baixo do pódio, obtido por Anthony Davidson, Nicolas Lapierre e Sebastien Buemi, com o TS040 nº 8. Pior esteve a Porsche, que não conseguiu levar nenhum dos seus carros a um lugar de destaque (aliás, só o de Bernhard, Webber e Hartley terminou a prova, mas no 38º posto, a 33 voltas do vencedor), ao contrário da surpreendente Rebellion, em que a tripla Nicolas Prost, Nick Heidfeld e Mathias Beche logrou conseguir um excelente quarto lugar da geral.
Em LMP2, o Zytek-Nissan da Jota Sport, tripulado por Simon Dolan, Harry Tincknell e Oliver Turvey, foi o vencedor; na categoria GTE-Pro foi o Ferrari 458 Italia da tripla Giancarlo Fisichella, Gianmaria Bruni e Toni Vilander que levou a melhor sobre a concorrência; enquanto que o Aston Martin de Kristian Poulsen, Dane David Heinemier Hansson e Nicki Thiim foi o melhor entre os carros da classe GTE-AM.
Quanto aos portugueses, só Pedro Lamy conseguiu terminar, ficando em sexto lugar da categoria GTE-AM, depois de o Aston Martin que compartilhou com Paul Dalla Lana e Christopher Nygaard ter perdido muito tempo na oficina com problemas de direcção. Realmente infeliz foi Filipe Albuquerque, que nem se chegou a sentar aos comandos do seu Audi durante a corrida, já que, numa altura em que o safety car estava em pista por causa da chuva, o R18 e-tron quattro, na altura pilotado pelo seu companheiro de equipa Marco Bonanomi, foi abalroado com tal violência que teve que abandonar a prova. Quanto ao Ferrari de Álvaro Parente, também não conseguiu fazer mais do que 140 voltas ao traçado francês.
