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Porque gosto tanto dos híbridos

Artigo
Porque gosto tanto dos híbridos

Se pensarmos que um automóvel a gasolina tem uma eficiência de pouco mais de 20% no que respeita ao uso da energia contida no combustível (no gasóleo a eficiência é ligeiramente superior), percebemos todas as oportunidade que devemos aproveitar para reduzir o enorme desperdício que existe. Os veículos híbridos vão precisamente melhorar, através de uma bateria de menor ou maior dimensão, alguns pontos percentuais na eficiência. Através da possibilidade de ligar e desligar o motor de combustão, mas acima de tudo por um sistema de travões o, onde a energia cinética da velocidade e da massa dos veículos é armazenada para utilização posterior. Não é um balanço fácil, porque precisamos de acrescentar ao motor de combustão, um motor elétrico e ainda um peso, por vezes considerável, de baterias.

Claro que a tecnologia agora utilizada a todos os níveis representa uma enorme evolução, mas vale a pena regressar no tempo e perceber que foi Henri Pieper que em 1899 desenvolveu o primeiro automóvel petro-elétrico do mundo e em 1900 Ferdinand Porsche apresentava o primeiro automóvel hibrido em série, algo que só recentemente vimos novamente aplicado á escala comercial com o Chevrolet Volt e o Opel Ampera, em que gerador alimentava um motor elétrico.

A vantagem fundamental de um automóvel híbrido em relação a um veículo elétrico é que não se coloca o problema da autonomia, reduzindo-se o consumo de combustível entre 10 a 50% comparando com um automóvel equivalente não híbrido.

Tecnologicamente, são diversas as soluções aplicáveis – desde um híbrido simples em paralelo, com um motor elétrico de pequena potência e em que se auxilia o motor de combustão mas em que não é possível deslocar o veículo apenas em modo elétrico (caso do Honda Civic que tive ao longo de 9 anos), até aos casos em que há um esquema em série e paralelo, com divisão total das fontes de energia (caso do híbrido mais famoso e mais vendido, o Toyota Prius). Depois, há os casos de veículos elétricos com o chamado extensor de bateria (que é um gerador a gasolina), como os já referidos e praticamente idênticos Ampera e Volt.

Assim, os automóveis que já recorrem a sistemas híbridos abrangem já tamanhos muito diferenciados, desde compactos como o Toyota Auris até topos de gama de marcas como a Lexus, BMW, Porsche ou Mercedes, incluindo muitos SUV.

O tempo de retorno pelo custo acrescido de uma motorização híbrida é relativamente curto (alguns meses a poucos anos), dependendo obviamente de modelo para modelo, da quilometragem efetuada e do preço do combustível, sendo que a fiscalidade também ajuda na aquisição (50% de desconto no Imposto sobre Veículos, para além de o valor ser menor, por menores serem as emissões de dióxido de carbono, dado o menor consumo de combustível). No Imposto Único de Circulação, também as menores emissões dão uma ajuda no valor a pagar.

Com motores base a gasolina ou a gasóleo, os automóveis híbridos são assim uma excelente ajuda para o ambiente e para a economia familiar. Melhor que um automóvel híbrido, só um híbrido plug-in – mas isso fica para próxima crónica!

Francisco Ferreira
Quercus

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