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A sinistralidade rodoviária

Artigo
A sinistralidade rodoviária

Saiu este mês o relatório anual da sinistralidade rodoviária, referente a 2013 e emitido pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária.

Este documento merece sempre cuidada análise por parte da Guarda para que, sendo o caso, se proceda à revisão de estratégias de atuação em curso com o fim, sempre cimeiro, de combater este flagelo que nos leva elevados custos sociais, morais e económicos.

Mas mais que o compromisso que as diferentes autoridades têm para com este objetivo, é importante envolvermos toda a sociedade. É necessário chegarmos junto das pessoas, enquanto elemento integrante do sistema rodoviário, nas suas diversas qualidades, condutores, peões, educadores, pais, formadores, etc e levá-las a assumir este compromisso que é de todos, reduzir os índices de sinistros rodoviários e, por consequência, baixar as consequências resultantes.

É imperioso o cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos. Uma parte considerável dos acidentes é provocado por excesso de velocidade, resultem em colisões ou em despistes. É imperioso não ingerir bebidas alcoólicas caso se vá conduzir. Nas autópsias realizadas sobre vítimas mortais por acidente de viação, resultou que um em cada três mortos apresentava taxas de álcool no sangue superior ao legalmente permitido. É imperioso que se faça o uso do cinto de segurança nos bancos da retaguarda. Cerca de 86% dos feridos graves resultantes deste tipo de sinistro eram ocupantes do banco de trás e não faziam uso do cinto de segurança.

O que será preciso mais para que, de uma vez por todas, se sensibilizem as pessoas que parte substancial da solução da sinistralidade passa por melhor comportamento de cada um de nós.

Os números estão aí, a solução é continuamente apresentada através de conselhos de longa data, resta-nos a mudança de atitude. Esse é um passo decisivo que nos definirá como sociedade avançada, ciente do conceito de cidadania e zelosa pelo seu património humano, moral e social.

Gabriel Mendes
Chefe da Divisão de Trânsito e Segurança Rodoviária da GNR

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