Ciclo “Les Légendes de Bugatti” encerra-se com Veyron dedicado a Ettore Bugatti
Um ano depois de se ter iniciado, o ciclo “Les Légendes de Bugatti” terá o seu fim exactamente onde começou: em Pebble Beach. O reputado evento californiano assistirá, assim, à estreia mundial do sexto membro da série especial e ultra-exclusiva do Veyron 16.4 Grand Sport Vitesse, em que de cada exemplar só são construídas três unidades, com um preço unitário, antes de impostos, de 2,5 milhões de euros.
Para corolário desta iniciativa, não espanta que a Bugatti tenha decidido homenagear o seu fundador, um dos vultos mais importantes de sempre da indústria automóvel, e evocar uma das suas mais brilhantes e míticas criações: o Type 41 Royale, o mais luxuoso e poderoso automóvel dos anos 20 do século passado. Para além do mais, em Pebble Beach estarão, pela primeira, expostos os seis membros desta reputada série.
À semelhança dos outros cinco elementos da família, o Ettore Bugatti Legend tem por base o roadster mais rápido do mundo de sempre. Animado pelo motor W16 de 8,0 litros, com 1200 cv e um binário máximo de 1500 Nm constante entre as 3000 rpm e as 5000 rpm, promete cumprir os 0-100 km/h em 2,6 segundos e alcançar uma velocidade maxima de 408,84 km/h com a capota aberta.
Visualmente, os designers da Bugatti afirmam que a inspiração proveio de um Type 41 Royale de 1932, com o número de châssis 41111, e daí a combinação cromática bicolor deste Ettore Bugatti. A secção dianteira é dominada pelo alumínio polido à mão com envernizamento transparente, sendo este o material utilizado para a construção do capot, das bases e caixas dos retrovisores exteriores, das portas e seus puxadores, dos guarda-lamas, dos painéis laterais da carroçaria e dos cantos dos pára-choques. Na traseira pontifica a fibra de carbono pintada de azul, escuro a mesma cor aplicada nas jantes de oito braços inspiradas num dos mais famosos desenhos de jantes de sempre. Já a famosa ferradura no capot e o logo EB na traseira são em platina, enquanto que a assinatura de Ettore Bugatti está gravada, em prateado, nas tampas do reservatório de óleo e do depósito de combustível.
O habitáculo é dominado por dois tipos de pele. Uma mais clássica, em castanho natural, é aplicada na generalidade do interior; outra, mais exclusiva, normalmente utilizada na manufactura de calçado de luxo, e especialmente durável e resistente ao toque, é utilizada nos locais tipicamente mais tocados pelas mão, como sejam o volante, a manete da alavanca de comando da caixa, as pegas interiores das portas, o apoio central de braços ou os botões das portas. Uma pele em que só o processo de pigmentação demora cerca de seis meses.
Outros promenores a reter: a cobertura da caixa central e os painéis interiores das portas revestidos no mesmo azul escuro da secção traseira da carroçaria; o famoso elefante dançante, originalmente esculpido pelo artista Rembrandt Bugatti, irmão de Ettore, volta a estar incustrado na tampa da caixa existente entre os bancos, tendo sido um elemento utilizado no Type 41 Royale para adornar o capot; as soleiras das portas revestidas por uma placa com a éfigie e a assinatura de Ettore, e a inscrição Les Légendes de Bugatti; a aplicação em pele na extensão da consola central gravada com essa mesma inscrição e também com o elefante dançante.