Polícia ecológica
A ecologia e a proteção ambiental são matérias que andam de braço dado e estão na ordem do dia nacional e internacional. A própria indústria automóvel tem assistido a um novo paradigma e têm surgido alguns desafios, como qual será a próxima super marca automóvel a criar um super carro elétrico com super autonomia?
Muito provavelmente o leitor não terá presente que a Polícia de Segurança Pública (PSP) foi a primeira força policial no mundo a utilizar viaturas 100% elétricas na sua frota auto. Viaturas Nissan Leaf que patrulham áreas centrais de algumas das principais cidades e resolvem ocorrências do ponto de vista operacional pelo serviço de patrulhamento auto que desempenham. A aceitação da sociedade civil quanto a este meio é totalmente positiva. Para além da visibilidade que conferem em pontos nevrálgicos (a zona do Chiado em Lisboa é um exemplo paradigmático) trazem consigo e aliado à imagem da PSP um “exemplo” do ponto de vista ecológico/ambiental.
Esse exemplo advém também das competências da PSP em matéria ambiental (crimes ambientais) e que há muito estão instituídas, daí que esta preocupação ambiental da PSP já tem muitos anos e não surge apenas porque estas questões estão hoje em voga. As BRIPA (Brigadas de Proteção Ambiental) da PSP preencheram uma lacuna que havia nos meios urbanos e têm como missões combater a anarquia na questão dos resíduos domésticos e industriais, a poluição sonora, prevenir os incêndios, para além da defesa dos animais (sobretudo de espécies protegidas por Lei, nas quais é feito um trabalho minucioso de fiscalização de vendas ilegais destas espécies) muitas vezes em cativeiro em domicílios particulares ou estabelecimentos comerciais ou ainda comercializadas em feiras e mercados. Também em meio urbano há florestação: no pulmão de Lisboa (Monsanto) estão 3 Esquadras da PSP incluindo a do Tribunal de Monsanto, daí a preocupação porque mesmo em meio urbano há preocupações inerentes a fogos. Têm desenvolvido operações de âmbito nacional, tais como a “Ambiente Seguro”, com excelentes resultados operacionais. Encontram-se operacionais nos Comandos Metropolitanos da PSP de Lisboa e Porto, Comandos Regionais do Continente e Ilhas (Madeira e Açores) e a intenção é alargá-las a nível a nacional estas BRIPA.
Estamos a entrar na segunda quinzena de agosto, o pico da Operação Verão Seguro da PSP e também nesta dinâmica operacional a ecologia está presente. É possível ver, numa qualquer praia de Portugal, as ciclo-patrulhas da PSP, atentas e vigilantes. Uma solução ecológica, que confere bastante mobilidade em meio urbano e pouco dispendiosa, na qual os próprios profissionais da PSP não escondem o prazer e satisfação de nela poderem desenvolver a sua atividade profissional em prol da segurança pública.
Afinal, a ecologia não pode afetar a segurança de todos e, no caso da PSP, até serve para a aumentar.
João Moura
Chefe do Núcleo de Protocolo, Marketing e Assessoria Técnica do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP
