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Mais do mesmo…

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Mais do mesmo…

Vira o disco e toca o mesmo. Ou a oportunidade para, mais uma vez, regressar ao tema. Era inevitável…

Pois que ontem alguns orgãos de comunicação noticiavam os  resultados da operação que a GNR levou a cabo até Domingo com outras congéneres europeias, visando o controlo da velocidade – de seu nome Tispol Speed. Claro que o fizeram de forma acrítica, nalguns casos errónea, e limitando-se a reproduzir os números oficiais sem os questionar, ou sequer atentar na respectiva lógica. Nada de novo, é a forma como já estamos habituados a que estes temas sejam tratados…

Para que não subsistam dúvidas, poderá sempre ser aqui lido o comunicado da própria GNR. E, mesmo descontando o facto de esta acção estar, à partida, destinada por inerência a combater o excesso de velocidade, algums elementos há que não deixarão de causar alguma perplexidade.

Ora, e só baseando-nos na experiência pessoal de cada um, alguém achará normal, entre quase 300 mil condutores controlados, não terem as autoridades conseguido achar mais do que 54 a fazer “uso do telemóvel durante o exercício da condução”? Mais do que isso encontro eu durante meio dia a circular por Lisboa e arredores…

Depois, também há algo que me causa estranheza: a disribuição geográfica dos distritos que maior número de excessos de velocidade registaram. Segundo o mesmo comunicado, Aveiro liderou, seguido de Lisboa, Leiria, Setúbal e Beja.

Ora, nada que se coadune com a demografia do território que conhecemos, ou com o que também sabemos ser a distribuição do parque automóvel, bem como a respectiva qualifdade. E se o estarmos em pleno período de férias fosse justificação para uma tão notória discrepância, teria que ficar a pergunta: então e o Algarve, o distrito de Faro? Os portugueses, quando em férias, tornam-se todos, de repente, condutores exemplares?

Claro que também admito que a distribuição dos agentes no terreno não tenha sido proporcional à demografia, por razões estratégicas, de disponibilidade de fectivos – ou mesmo outras menos evidentes. Mas, se assim foi, qual a finalidade, ou mesmo a lógica, de destacar os distritos mais “prevaricadores”?…

O que não parece ser questionável é que continuamos a tratar com alguma leviandade uma matéria demasiado séria – por implicar directamente com a segurança, a vida, de todos. Operações essencialmente focadas no controlo do excesso de velocidade? Muito bem, mas já não são novidade. E para quando outras especialmente incidentes noutros comportamentos ao volante tão ou mais atentatórios, e que contunuam a passar à margem do crivo da fiscalização? Fica o desafio.

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zyrgon