Luca di Montezemolo sai da Ferrari
O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, anunciou que vai abandonar a marca italiana ao fim de 23 anos. A comunicação do italiano acontece um dia antes de uma reunião da administração em que devem ser apresentados lucros recordes do carismático fabricante de desportivos, mas com a equipa de Fórmula 1 a fazer uma temporada muito aquém das expectativas.
Montezemolo justifica a sua decisão com uma nova fase em que a empresa vai entrar. O Grupo Fiat Chrysler vai passar a ser cotada na Bolsa de Nova Iorque e seguir-se-á um aumento de capital. “É o fim de uma era e eu decidi deixar o meu lugar depois de 23 anos maravilhosos e inesquecíveis aos quais junto os que passei ao lado de Enzo Ferrari, na década de 70 do século passado”, afirmou o ainda responsável pela Ferrari.
Os boatos de que Montezemolo poderia estar de saída da Ferrari surgiram durante o passado fim-de-semana, no Grande Prémio de Itália, em Monza. O italiano negou que tivesse essa intenção, mas as críticas de Sergio Marchionne, o director executivo da empresa-mãe, a Fiat, que considerou o rendimento da equipa de Fórmula 1 de “inaceitável” deixou claro que a saída podia ser mesmo o caminho a seguir por Luca di Montezemolo.
A notícia da saída do responsável italiano surge no dia em que o principal patrocinador da Ferrari, o banco espanhol Santander, perde o seu presidente. Emilio Botin morreu aos 79 anos, vítima de ataque cardíaco. O conselho de administração vai reunir-se ainda hoje para decidir quem será o sucessor do gestor. Botin fez carreira no banco. Começou em 1967, tornou-se director executivo uma década depois e era presidente do Santander desde 1986.