Ogier na frente do Rali de Espanha mesmo a “limpar” a estrada
Focado em fechar já as contas do campeonato do Mundo de ralis a seu favor, Sébastien Ogier lidera o Rali da Catalunha após a primeira etapa (segundo dia de competição). O francês da Volkswagen sentiu algumas dificuldades por ser o primeiro na estrada, o que o obrigou a “limpar” a estrada para os concorrentes seguintes. Mesmo assim, chegou ao final da jornada com uma vantagem de certa forma confortável. Ogier comanda com 36,6 segundos de margem para o segundo classificado, Jari-Matti Latvala. O piloto que venceu em França é o primeiro de um trio separado por apenas 0,7s. Mads Ostberg coloca o Citroën no último lugar do pódio, a seis décimas do finlandês e com 0,1s de vantagem para o quarto, Andreas Mikkelsen, no terceiro Volkswagen.
O pó criou dificuldades extra a quem não saiu em primeiro para a estrada
No dia em que as equipas competiram em troços com pisos de terra, houve três líderes diferentes. Andreas Mikkelsen começou por manter a primeira posição que trazia do dia anterior, depois de ter sido o mais rápido na super-especial de abertura. Contudo, a supremacia do norueguês durou apenas mais uma especial. Após a terceira classificava, foi o belga Thierry Neuville, em Hyundai, que passou para a frente. A partir do quarto troço, Ogier assumiu o comando e não mais o largou.
Latvala sabe que tem de vencer se quiser manter as esperanças de ser campeão ainda em 2014 vivas, mas para já não está a ser feliz. “O carro não está bom e eu sinto muitas dificuldades. As afinações não estão a funcionar como eu pensava e não faço ideia do porquê”, explicou o finlandês que ainda bateu numa pedra logo no troço inaugural do dia e perdeu tempo.
Mads Ostberg há muito que não andava no pódio
Apesar de ser o primeiro na estrada, Ogier conseguiu consolidar a sua posição e acabou por beneficiar das dificuldades sentidas pelos restantes concorrentes com o pó que se levantava após a passagem dos pilotos. Neuville chegou mesmo a dizer que “um dia gostava de ter a sorte do Ogier”. Kris Meeke também se intrometeu entre os primeiros mas acabou por abandonar na ligação para a quarta especial do rali. O norte-irlandês ganhou o primeiro confronto do dia mas furou no Citroën DS3 logo a seguir e teve de trocar a roda traseira na ligação. Contudo, e com uma roda suplente apenas no seu carro, novo furo, agora na roda dianteira direita, impediu a equipa de continuar em prova.
Hayden Paddon, em Hyundai, chegou a andar em terceiro, mas um encontro imediato com uma barreira na última especial da manhã fê-lo perder seis minutos e cair vários lugares. No final do dia, é apenas 14º. Mikko Hirvonen tem sido extremamente regular e, com essa abordagem aos troços de terra da Catalunha, ocupa o quinto posto no Ford Fiesta da M-Sport. Logo atrás está Robert Kubica, num carro semelhante, enquanto a estrela local, o espanhol Dani Sordo, não vai além do sétimo lugar absoluto. O segundo piloto da M-Sport, Elfyn Evans, abandonou no derradeiro troço da etapa após saída de estrada. É caso para dizer que à terceira foi de vez, depois de duas saídas que não o impediram de continuar em competição.
Bernardo Sousa abandona e não sabe se regressa
Bernardo Sousa não sabe se regressa amanhã após o abandono de hoje
No WRC2, Nasser Al-Attiyah é o primeiro com uma vantagem superior a dois minutos para Julien Maurin, que está em segundo, e de quase cinco minutos para o terceiro, Robert Barrable. Bernardo Sousa não se deu bem com os troços de terra deste primeiro dia na Catalunha e acabou por sair de estrada com o Ford Fiesta RRC. O piloto português perdeu, assim, a hipótese de concretizar o sonho de vencer esta prova do Mundial. “O carro saiu do asfalto, fizemos um pião e o Ford Fiesta RRC acabou por parar no meio do campo. Ainda não decidimos se vamos continuar em prova porque chegar aos pontos já é difícil”, afirmou Bernardo Sousa.
Hoje, as equipas convertem os carros para especificações de asfalto. A etapa de amanhã tem mais seis especiais num total de quase 160 quilómetros.
