Renault investe 10 milhões na fábrica de Cacia
Com aspirações contínuas de crescimento, a Renault pretende investir mais de dez milhões de euros na fábrica portuguesa de Cacia, em Aveiro, destinando-se essa verba ao início da produção de novos componentes mecânicos. Além disso, a marca divulgou ainda um volume de negócios de 260 milhões de euros em 2014, sendo actualmente a 12ª maior exportadora de Portugal.
Segunda maior fábrica automóvel em Portugal em número de colaboradores (mais de mil colaboradores), a unidade da Renault em Cacia representa um importante foco de desenvolvimento local e nacional, contribuindo enormemente para os valores das exportações na medida em tudo o que produz tem como destino mercados externos a Portugal.
Desses, os mais importantes são Espanha, França e Inglaterra, pela proximidade geográfica, mas as peças feitas em Portugal dirigem-se também para outro 11 países divididos em quatro continentes: África do Sul, Brasil, Chile, Índia, Indonésia, Irão, Marrocos, Roménia, Rússia, Tailândia e Turquia.
Os responsáveis pela unidade fabril aveirense não escondem, por isso, orgulho ao afirmarem que “todos os modelos da Renault no mundo têm, pelo menos, um componente português” na sua génese.
Cacia em destaque no Grupo Renault
De forma genérica, a fábrica de Cacia dedica-se à produção de caixas de velocidades de cinco e de seis relações, além de outros componentes mecânicos de variada ordem, que obedecem a minuciosos exames de qualidade. De Portugal saem então duas caixas de velocidades: as JR associadas ao motor 1.5 dCi de modelos da Renault como o Clio, Captur ou Mégane, mas também para os modelos da Dacia, desde o Sandero ao Duster, e a ND que se encontra associada ao bloco 2.0 a gasolina que potencia, por exemplo, o Mégane R.S.. A juntar a isso, esta fábrica é também a maior fornecedora de bombas de óleo em todo o grupo Renault.
Após um investimento em redor de 67 milhões de euros entre 2009 e 2014, o grupo prevê agora um novo investimento para 2015, desta feita em redor dos dez milhões de euros destinados à produção de novos componentes, traduzindo desta forma a confiança depositada pela casa-mãe na unidade de Cacia.
Na ocasião deste anúncio, os responsáveis pela Renault e pela Dacia em Portugal salientaram ainda os resultados positivos dos últimos anos, em especial os referentes ao ano transacto, o qual se revelou o mais frutuoso da última década, obtendo uma quota de mercado de 15,1% no conjunto das duas marcas. Para esse resultado há que destacar o contributo de Clio, Mégane e Captur do lado da marca francesa e dos Dacia Duster e Sandero por parte da marca romena.