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Sinistralidade rodoviária

Artigo
Sinistralidade rodoviária

No ano passado, por esta altura, ainda nos encontrávamos resignados e perplexos questionando como é que um equídeo se atravessa na Estrada Nacional em Évora e provoca a morte de 4 pessoas. Muita tinta correu sobre isto, muitas análises a esta tragédia e o tipicamente português “encontrar os responsáveis”. Sem querer contornar este fatídico episódio, na última década Portugal deu passos de gigante no que à sinistralidade rodoviária diz respeito.Em 2014 a PSP registou 79 vítimas mortais. Por mais pesado que seja este número para quem está de fora, não podemos deixar de reforçar que a estratégia que seguimos e as políticas que definimos para a componente trânsito têm dado resultados animadores. Em 2012, por exemplo, foram mais de 1.000 vítimas mortais na estrada em todo o território nacional, pese embora o decréscimo acentuado face a 2011.

O empenho e o trabalho desenvolvido pela PSP e pela GNR, bem como a ANSR e outras instituições (é um trabalho conjunto e integrado) tem sido exemplar e inexcedível. É certo que outros atores no “setor” continuarão a defender outras formas de atuação, outras dinâmicas de fiscalização, outras ações de sensibilização e a defender outros modos de estar mais condescendentes, tolerantes e pedagógicos e obviamente que estamos abertos à mudança e à evolução. O que é certo é que notamos maior consciência em quem se senta ao volante hoje, muito mais do que há uma década. Há ainda exceções: condutores que jogam a sua vida e a dos outros numa roleta russa, que conduzem com excesso de álcool, excesso de velocidade (e velocidade excessiva), que preferem acelerar a fundo no semáforo amarelo em vez de utilizarem a prudente travagem sendo possível fazê-lo em condições de segurança…

“É preciso regressar a 1950 para conseguirmos encontrar um registo de 500 vítimas mortais nas estradas portuguesas”. Esta é uma boa notícia e em 2015 a PSP, bem como os seus parceiros nesta causa, continuarão a lutar no terreno (à chuva torrencial, ao sol abrasador, ao fumo e sujeitos ao perigo inerente de fiscalizar no asfalto) para o grande objetivo de sempre: diminuir para zero a sinistralidade rodoviária em Portugal. Apesar de se notarem melhorias, a nossa génese portuguesa ainda tem tendência em relevar o negativo em detrimento do positivo, contribuindo drasticamente para a edição e publicação recorrente do negativismo e isso levará o seu tempo a mudar. Que os semblantes positivos para 2015 procurem as boas notícias, que as espalhem e que juntos possamos inverter o negativismo que paira em tantas áreas deste paraíso à beira mal plantado. Bom ano!

João Moura
Chefe do Núcleo de Protocolo, Marketing e Assessoria Técnica do Gabinete de Imprensa e Relações Públicas da PSP

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