Nissan GT-R recebe tratamento Nismo
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Ainda recentemente a Nissan revelou que a próxima criação a sair da sua divisão desportiva Nismo seria uma versão (ainda) mais extrema do GT-R – e eis que no Nürburgring (e em algumas estradas circundantes) foi avistada uma unidade de testes deste modelo, cuja estreia mundial deverá ocorrer já em Novembro, por altura do Salão Automóvel de Tóquio, estando a chegada aos concessionários especializados da marca prevista para a próxima Primavera.
A ajudar ao desenvolvimento deste bólide está, nem mais nem menos que a equipa Williams F1, através da sua divisão Williams Advanced Engineering, tendo a seu cargo as áreas da aerodinâmica, simulação e materiais de cosntrução (o mesmo será dizer, compostos avançados para os painéis, por forma a garantir uma substancial redução de peso).
Face ao GT-R “normal”, se é que tal epíteto se pode aplicar a este automóvel, o GT-R Nismo possui uma asa traseira de grandes dimensões colocada no topo da tampa da mala, assim como novos deflectores, colocados um pouco por toda a carroçaria. Os engenheiros da Nissan também adicionaram novas entradas de ar dianteiras, novas saídas de escape e ainda um novo pára-choques traseiro, onde se integram vários extractores de ar, um difusor e duas novas saídas duplas de escape.
Hiroshi Tamura, Chefe de Projecto da Nismo, afirmou que o objectivo do GT-R Nismo é a procura da performance pura, por isso a descida de peso é fundamental. Será de esperar não apenas os materiais compósitos desenvolvidos pela Williams mas também um habitáculo despojado de muitas mordomias e uma ubiquidade da fibra de carbono, tanto por fora como por dentro. Além disso, existirão certamente vários modos de condução.
A potência será fornecida pelo motor 3.8 V6 biturbo actualmente em uso na versão “convencional” do desportivo nipónico. No entanto, é de esperar que os ténicos da Nissan consigam extrair um pouco mais potência desa unidade do que os actuais 550 cv, sendo facilmente possível que esta chegue a um valor da ordem dos 570 cv . Algo que, a confirmar-se, e combiando com a redução do peso, poderá atribuir ao GT-R Nismo os argumentos necessários para tentar recuperar o tempo mais rápido no traçado alemão do Nordschleife, registo actualmente na posse do Porsche 918 Spyder.
Algumas fontes, apoiando-se em relatos de pessoas presentes no circuito alemão, aventam que o GT-R Nismo cumpre os 0-100 km/h em menos de dois segundos, o que, a ser verdade, faria dele o automóvel de produção mais rápido da História – ainda que seja mais de crer que o registo efectivo se aproxime mais (ou até ultrapasse) os 2,5 segundos registados pelo Bugatti Veyron.
Resta referir que a transmissão utilizada também não deverá sofrer alterações de maior, mantendo-se em funções a caixa automática de seis velocidades e dupla embraiagem, ainda que sujeita a alguns melhoramentos, o mesmo acontecendo, certamente, com a suspensão. Alterações que sairão do portfólio da Nismo, da mesma forma que as jantes e os travões, seguramente carbocerâmicos.