VW aposta nos eléctricos e corta mil milhões de euros/ano no investimento até 2019
Segundo declarações de um porta-voz do grupo germânico, e informações veiculadas pelo Automotive News Europe, a VW tem já em marcha um exigente plano de reestruturação interna para ajudar a fazer face às consequências do escândalo dos motores Diesel, o qual passa por significativas reduções de custos operacionais, cortes substantivos no investimento e uma nova estratégia de produto. Por exemplo, só na marca VW, está previsto um corte no investimento de mil milhões de euros/ano, até 2019, face ao originalmente previsto, mesmo que a marca de Wolfsburg se tenha escusado, para já, a especificar quais os investimentos que se não realizarão.
Ao mesmo tempo, a VW vai acelerar o seu programa de redução de custos, tendo já anunciado a previsão de garantir cinco milhões de euros em poupanças e melhoramento operacionais até 2017 – com a mesma fonte a afirmar que a Audi, Porsche, Seat e Skoda estão a trabalhar em planos semelhantes de redução de custos e aumento da eficiência operacional, mas, também aqui, ainda por detalhar.
Quanto ao posicionamento da marca VW, e dos seus produtos, muito promete mudar, igualmente, a breve trecho. A promessa é de que o foco passe a estar na electrificação do automóvel – e de que será adoptada uma diferente tecnologia para tratamento das emissões dos motores Diesel… pelo menos nos mercados europeus e dos EUA, onde, “assim que possível”, só serão propostos modelos a gasóleo se equipados com motores dotados de catalisadores de redução SCR e sistema AdBlue.
No caso dos automóveis eléctricos, a versão eléctrica do topo de gama Phaeton da nova geração (em princípio, a lançar lá para 2019-2020) será a bandeira desta nova atenção dada pela VW a esta área. Passando os seus objectivos de curto prazo pela disponibilização, logo que possível, de modelos híbridos plug-in com autonomia até 300 km; e pelo desenvolvimento de componentes para modelos eléctricos com autonomia até 500 km. A VW vai ainda apostar forte no desenvolvimento de uma nova arquitectura modular MEB, destinada aos modelos compactos eléctricos de todas as marcas do grupo, com uma autonomia prevista entre os 250 km e os 500 km.
