Bugatti aposta nos iates de luxo
Um dos mais emblemáticos construtores de automóveis de sempre decidiu abraçar um novo projecto em conjunto com o maior construtor de iates de recreio do planeta. Desta ligação entre a Bugatti e a Palmer Johnson resultou uma nova linha de iates abertos em fibra de carbono e titânio, denominada Niniette e composta por três modelos: PJ42, PJ63 e PJ88. Os membros da família Niniette têm por base o reputado monocasco da série SuperSport da Palmer Johnson, e para todos o estaleiro norte-americano anuncia uma velocidade de cruzeiro de 38 nós (cerca de 70 km/h) e a possibilidade de personalização por parte da Bugatti, a pedido do cliente, dos já de si extremamente requintados interiores. Naturalmente que este tipo de exigência poderá estender o prazo de entrega, que, para cada modelo, é já de 12 meses.
O elemento central desta linha é o PJ63 Niniette, um 63 pés que conta com um salão no deck de 63 m2, um salão sob o deck de 43 m2, luxuosos camarotes para até quatro elementos e uma cabina para a tripulação – custando cerca de 3,25 milhões de euros à saída de fábrica. Da gama fazem ainda parte o PJ42 Niniette, um 42 pés proposto por cerca de 2 milhões de euros; e o PJ83 Niniette, um 83 pés cujo preço não foi ainda anunciado.
Características fundamentais dos novos Niniette é ainda o seu visual exterior, na qual é possível identificar uma série de elementos estilísticos típicos das criações automobilísticas da Bugatti. Segundo responsáveis da marca, a equipa de design adoptou aqui a mesma abordagem que sempre seguiu nas suas criações automóveis: “A forma segue a performance”, assim se combinando, num mesmo design, ícones estilísticos de modelos clássicos da Bugatti com a revolucionária forma do casco da série SuperSport da Palmer Johnson.
Mais concretamente, os criadores da nova linha Niniette destacam a linha descendente inspirada no Buggati Type 57 C Atalante, e as proporções magistralmente equilibradas DO Type 41 Royale – em que formas e superfícies puras e fluídas são as responsáveis por num equilíbrio perfeito entre elegância e desportividade. Algo que se estende também à própria decoração exterior, marcada por uma linha de cintura acentuada e pela pintura bitonal, que de perfil é sublinhada pelo contraste entre o cinza forte do titânio e o azul escura da fibra de carbono deixada à vista, e no deck pelo dicotomia entre as madeiras nobres e os materiais de ponta ultraleves. O objectivo é materializar, neste domínio, a máxima da Bugatti. “Arte, Forma, Técnica”.
De recordar que esta não é, apesar de tudo, a primeira incursão da Bugatti no mundo da náutica, não obstante constituir um regresso ao fim de mais de cerca de oito década de ausência. Já na década de 1930, Ettore Bugatti, o visionário fundador da marca de Molsheim, tinha desenvolvido iates e barcos de competição, com os quais matinha uma especial relação, ao ponto de os baptizar com o nome Niniette, por sinal o nome do animal de estimação favorito da sua filha Lidia. Assim se explicando a escolha da designação comercial da nova linha da Palmer Johnson.