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O futuro da mobilidade

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O futuro da mobilidade

O trânsito é atualmente uma das maiores dores de cabeça para as populações citadinas, sendo o problema agravado para aqueles que vivem nas zonas suburbanas e têm que diariamente se deslocar para os seus trabalhos no centro da cidade. O congestionamento de tráfego nas ruas, para além da elevada poluição sonora, do ar, causa também prejuízos, elevados consumos, stress, acidentes e poluição visual, tendendo a piorar nos próximos anos, caso não sejam adotadas medidas mais eficientes.

De facto, as grandes concentrações urbanas geram, diariamente e pela sua própria natureza, enormes fluxos de pessoas e de bens. Uma parte destes fluxos tem um caráter regular, refletindo as deslocações casa trabalho casa, ou os movimentos diários programados, no caso dos produtos e mercadorias. Na prática, nas suas deslocações regulares (que chegam a representar mais de 90% do total), as pessoas têm de optar entre usar o automóvel ou o transporte público, num compromisso por vezes difícil de racionalizar mas que reflete preocupações com custos, autonomia, comodidade, flexibilidade e liberdade.

Os transportes são hoje na sua maioria constituídos por veículos com condutor, sendo o congestionamento de trânsito provocado por três grandes fatores principais: a necessidade de regulação do tráfego através de semáforos, a facto de cada automobilista circular à sua determinada velocidade não uniforme, e a existência de avarias mecânicas dos veículos em estrada ou bloqueios por acidente.

Mas imagine que os veículos seriam de condução autónoma… A simplicidade de controlo dos atuais veículos elétricos levará ao desenvolvimento acelerado de veículos com condução autónoma, utilizados para transportes coletivos ou individualizados. Uma das grandes vantagens dos veículos sem condutor, é o facto de ser possível fazer uma gestão totalmente otimizada dos tráfegos, direcionando os veículos de acordo com a capacidade da infraestrutura e com possíveis ocorrências que nela se possam dar. Os próprio veículos poderão comunicar entre si, não sendo necessário qualquer sinalização exterior, como semáforos, para que os veículos possam cruzar entre si, em interseções de ruas, sem terem de parar.

Mais ainda, com os veículos autónomos, será possível minimizar as necessidades de estacionamento nos centros urbanos, uma vez que poderão deixar os ocupantes no seu destino e estacionar mais longe, onde o espaço não seja tão necessário, ou mesmo recolher outros ocupantes no caso de se tratar de um veículo em serviço car-sharing. Adicionalmente, pela capacidade de manobrarem sozinhos, estes veículos poderão reduzir a necessidade de espaço para cada lugar de estacionamento. A condução autónoma irá ainda reduzir tendencialmente a zero o número de acidentes de circulação, minimizando um dos grandes e graves problemas atuais, para além de reduzir os consumos energéticos e emissões.

Imagine-se a sair de casa para o trabalho. Chamar um carro como quem chama um elevador. Programar a sua rota ou simplesmente selecioná-la. O veículo informar com precisão ao segundo da sua hora de chegada ao destino. Chegar ao seu destino na hora indicada e simplesmente sair, pois o veículo saberá o que tem de fazer.

Este é o futuro da mobilidade!

José Henriques
Magnum Cap

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