O controlo de velocidade
Vem a propósito tal tema, perante alguma discussão pública surgida nos últimos tempos pondo-se a tónica no que vulgarmente se chama de “caça à multa”.
Existe um pressuposto incontornável que importa aqui trazer, nestas linhas prévias, para que possamos enquadrar o uso de instrumentos de controlo de velocidade no nosso país. De facto, e dizem-nos os dados colhidos do registo da sinistralidade, que a velocidade excessiva está na origem de sinistros graves com consequências trágicas. Como é igualmente um facto, a exigência da própria Comissão Europeia para que os Estados Membros tudo façam para combater os efeitos nefastos dos acidentes que ocorrem nas estradas europeias, construindo metas contabilizáveis de redução efetiva do número de sinistros e das suas consequências, sobretudo de mortos e de feridos graves, dentro de determinados espaços temporais.
Isto posto, considera-se preventivo que existam sites, criados pela sociedade civil, que revelem a posição dos radares, repare-se numa informação recente, vinda a público, que diz que foram contabilizados cerca de 2000 locais de operação de radares em todo o país, o que, face ao número exíguo de instrumentos, cerca de 25 da GNR, revela uma grande mobilidade na aplicação destes meios, tentando-se cobrir uma parte considerável do território nacional. Porém sugere-se que, a par destas informações preventivas, já que se reduz efectivamente a velocidade na aproximação dos radares, se complemente esta informação com a localização dos pontos de acumulação de acidentes, para que ali se reduza igualmente a velocidade ao mesmo tempo que, e seria de muito mérito, não se deixe de se aconselhar o cumprimento dos limites de velocidade estabelecidos genericamente para as estradas portugueses, o que seria um sinal claro de idoneidade e de preocupação real com esta matéria tão séria.
O valor deste tipo informação preventiva poderá potenciar a redução da sinistralidade em Portugal e constituir um bom exemplo do compromisso de todos neste grande objetivo social que é resgatar vidas à morte nas estradas, razão porque se aplaude a medida.
Por parte da GNR, continuaremos a divulgar no nosso site www.gnr.pt as grandes operações de todos os tipos, seja de controlo de álcool, sobre o uso do cinto de segurança e sistemas de retenção de crianças, seja sobre a velocidade, etc. Ao mesmo que recordaremos as campanhas anteriores, sobre certos domínios, cujo exemplo é aquela célebre frase: A VELOCIDADE MATA.
Gabriel Chaves Barão Mendes
Comandante da UNT