Toyota i-Tril: citadino para 2030
Desenvolvido pela sua divisão europeia, e pelo estúdio de design ED2 que a Toyota possui em Nice, o i-Tril é um curioso protótipo de um veículo que ilustra a visão da marca japonesa da mobilidade urbana do futuro. Ou de uma das múltiplas formas que esta, decerto, adoptará.
O seu objectivo é constituir uma alternativa aos automóveis citadinos e utilitários tradicionais, aos veículos eléctricos convencionais, e até às motos, oferecendo diversão e prazer de condução mesmo a baixa velocidade. Como seu destinatário preferencial, a Toyota identifica as mulheres na faixa dos 30-50 anos, sofisticadas, solteiras, activas, com dois filhos, habitando em cidades de pequena ou média dimensão.
Para o conseguir, este curioso veículo, com 2830 mm de comprimento e 1460 mm de altura, pesa não mais do que 600 kg, tendo o sey motor eléctrico instalado sobre o eixo traseiro. Contudo, o seu predicado mais marcante e invulgar é a articulação entre o eixo traseiro e a carroçaria, que permite que esta e as rodas dianteiras se inclinem em curva, mantendo-se as rodas traseiras de tracção sempre perpendiculares à superfície da estrada.
Para potenciar esta funcionalidade, as rodas e o pára-choques dianteiros estão separados da carroçaria, afirmando a Toyota que o ângulo de inclinação de 10°, definido pela sua tenoclogia Active Lean, é o dieal para conjugar estabilidade e aderência. Por seu turno, o ângulo de rotação de 25° das rodas dianteiras permite que diâmetro de viragem seja de apenas quatro metros.
Com mais de 200 quilómetros de autonomia entre recargas, o i-Tril foi desenvolvido a pensar na condução totalmente autónoma, para isso contando com avisadores de alertam os passageiros sempre que se aproxima uma curva, para evitar que estes possam enjoar quando a carroçaria se inclina. Mas também pode ser conduzido manualmente, para maior diversão: a aceleração e a travagem by-wire dispensam as ligações físicas, o acelerador, a direcção e os travões são operados através de comandos ao estilo das consolas de jogos. As informações são prestadas ao condutor exclusivamente através de um head-up display, que as projecta no ecrã, não existindo painel de instrumentos e afins.
O habitáculo central é definido como um “casulo”, conta com materiais de revestimento reciclados (Alcantara para os bancos, madeira para o piso) e está desprovido de linha de cintura ou pegas das portas – as quais, estando articuladas nos pilares dianteiros, abrem na vertical e para a frente, para facilitar o acesso ao interior, potenciado ainda pelo banco do condutor apto a rodar até 20°. Aí, o condutor ocupa um lugar central avançado, atrás do qual estão instalados os dois bancos traseiros.