MG E-Motion: anti-Tesla Model S em 2020. E também na Europa
Um dos construtores mais emblemáticos do Reino Unido, adquirido no início do milénio pelos chineses da Nanjing (entretanto fundida no também chinês grupo SAIC), a MG é, desde então, uma quase desconhecida para os consumidores europeus, mais sabedores do seu invejável passado do que do seu presente ou do seu futuro. Mas tudo poderá estar prestes a mudar, e o posicionamento da marca sofrer uma inflexão radical, caso se confirme a passagem à produção, e o lançamento na Europa, da mais recente criação da MG.
E-Motion de seu nome, trata-se de um desportivo de propulsão eléctrica de aparência extremamente dinâmica, de tal forma bem acolhido no certame chinês que os responsáveis da MG avançam já com a forte possibilidade de receber luz verde para passar às linhas de fabrico em 2020, e por um preço à saída de fábrica na casa dos 35 mil euros. Uma verdadeira pechincha, se assim vier a acontecer, tendo em conta não só as suas linhas exuberantes, como os seus atributos mecânicos, que fazem com que haja já quem o aponte como um potencial rival do Tesla Model S.
Elemento preponderante no E-Motion, não é demais referi-lo, o seu estilo soberbo, mesmo que não deixando de evocar algumas propostas já existentes no mercado, como alguns modelos da Aston Martin quando observado de perfil, ou da Mercedes quando visto de frente – neste caso, muito por culpa do formato e acabamento diamantado da grelha frontal. Marcantes, as portas de abertura vertical, tipo asa de borboleta, a ausência de pilares centrais, o tejadilho panorâmico integralmente em vidro, os esguios grupos ópticos dianteiros e uma traseira em que se destacam os farolins dispostos verticalmente, o deflector e o imponente difusor.
Com quatro lugares individuais, o habitáculo recorre a evoluídas soluções de conectividade e infoentretenimento, aí existindo poucos comandos físicos, nomeadamente botões, já que quase tudo é controlado através de ecrãs tácteis, tanto na frente como no espaço reservado aos passageiros traseiros, e até nas portas. Já o sistema de climatização é regulado através de botões rotativos instalados nas próprias condutas de ventilação, solução que não deixa de fazer lembrar o Audi TT, ao passo que o condutor é brindado com um painel de instrumentos totalmente digital e uma ecrã táctil colocado na base da consola central.
Igualmente relevante, a dotação mecânica do E-Motion, animado que é por uma motorização totalmente eléctrica, desenvolvida pela própria “casa-mãe” SAIC. Mesmo não tendo sido revelados a potência ou o binário disponibilizados, ou a capacidade da bateria, os dados avançados em termos de prestações são de molde a fazer sorrir os adeptos da MG, e não só: menos de 4,0 segundos nos 0-100 km e uma autonomia de 500 quilómetros entre recargas. Por demais interessante, assim este projecto venha, realmente, a ver a luz do dia.