Toyota com três protótipos inéditos no Salão de Tóquio
Um novo conceito de SUV, e nada menos do que três estudos de estilo da sua visão do futuro da mobilidade, serão os principais pontos em destaque no espaço da Toyota no Salão de Tóquio deste ano, com abertura de portas marcada já para meados da próxima semana. TJ Cruiser é o nome do concept que pretende representar uma fusão harmoniosa entre o espaço para passageiros e bagagens de um comercial ligeiro, e o design e as competências dinâmicas de um SUV, com vista a conquistar os condutores em cujo estilo de vida o trabalho e o lazer alternem em permanência
O estilo assumidamente “quadrado” é, de facto, uma das mais notórias características do TJ Cruiser, evocando o de um comercial e transmitindo uma inequívoca sensação de espaço e polivalência. Algo que os seus 4300 mm de comprimento, 1775 mm de largura, 1620 mm de altura e 2750 mm de distância entre eixos ajudam a confirmar, em conjunto com o banco do passageiro dianteiro e os dois bancos traseiro totalmente dobráveis, que permite criar um piso de carga totalmente plano e transportar objetos com até três metros de comprimento, incluindo os destinados a atividades ao ar livre, como bicicletas ou pranchas de surf, mesmo longboards.
Para fixação de objectos, as costas dos bancos e os painéis da bagageira contam com diversos olhais e orifícios, ao passo que o amplo portão traseiro e as portas laterais de correr facilitam o acesso ao interior, assim como as operações de entrada e saída de objectos de maior porte. Por seu turno, e no exterior, capot, tejadilho e guarda-lamas são construídos num material dotado de um revestimento especial, resistente a riscos e a sujidade, ao passo que a robusta suspensão e os pneus de generosas dimensões asseguram a progressão em terrenos mais acidentados. Caso venha a dar origem a um modelo de produção, o TJ Cruiser deverá fazer uso da próxima geração da plataforma modular TNGA, de um sistema de propulsão híbrida assente num motor 2.0 a gasolina e num motor eléctrico, e de um sistema de transmissão que permita alternar entre a tracção dianteira e integral.
Sob a sigla “Concept-i” foram desenvolvidos pela Toyota mais três protótipo, dois dos quais fazem a sua estreia no certame nipónico, e todos eles dotados de avançada tecnologia de inteligência artificial. O mais “convencional” será o Concept-i, pela primeira vez mostrado no CES, no início deste ano: com 4510 mm de comprimento, 1830 mm de largura, 1475 mm de altura e 2700 mm de distância entre eixos, é um elétrico com quatro lugares com cerca de 300 quilómetros de autonomia, que exibe como trunfos determinantes a tecnologia de condução totalmente autónoma e a sua capacidade para compreender o seu utilizador, deste modo estando apto a sugerir-lhe novas experiências, em função dos seus gostos de preferências.
Já o Concept-i Ride é um pequeno veículo para dois ocupantes (sentados lado a lado ou em tandem), com 2500 mm de comprimento, 1300 mm de largura, 1500 mm de altura e 1800 mm de distância entre eixos, naturalmente de propulsão 100% elétrica, com 100-150 quilómetros de autonomia. O seu trunfo será a facilidade de utilização em meio urbano, destacando-se pelas portas com abertura tipo “asa de gaivota”, o banco de movimento eléctrico e o joystick destinado a facilitar a sua operação por pessoas em cadeiras de rodas – tendo ainda sido desenvolvido a pensar no conceito da partilha de veículos.
Por fim, o Concept-i Walk, como o seu próprio nome indica, é um veiculo compacto (comprimento de 500-700 mm, largura de 400 mm e altura de 1130 mm), destinado a uma utilização em zonas pedonais, com função de condução autónoma, capaz de ampliar em segurança o a amplitude do seu movimento. Com três rodas (uma na frente, duas atrás), distância entre eixos variável, função de direção e reduzida altura ao solo (140 mm), a sua utilização não obriga a qualquer vestuário ou calçado específicos, pode ser utilizado em serviços de car-sharing, está apto a circular em locais turísticos ou outras zonas de trânsito condicionado, e conta ainda com propulsão eléctrica e uma autonomia na casa dos 10-20 quilómetros.
