Volvo V40 Cross Country D2 Momentum Powershift
Volvo
V40
Cross Country D2 Momentum
2013
Familiares compactos
5
Dianteira
1.6 Diesel
115/3600
190
12,1
108
33 599/37 250
Segurança, Estética, Qualidade, Desempenho dinâmico, Preço e funcionamento da caixa Powershift, Consumos
Direcção "vaga", Acesso à bagageira, Resposta do motor a baixo regime
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 190 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 12,2 |
0-400 m | 18,0 |
0-1000 m | 33,5 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 7,3 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 9,7 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 37 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 3,8 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,9 |
Cidade | 7,7 |
Média ponderada (*) | 6,56 |
Autonomia média ponderada (km) | 793 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1400 |
Largura atrás | 1370 |
Comprimento à frente | 1200 |
Comprimento atrás | 720 |
Altura à frente | 980 |
Altura atrás | 920 |
Pioneira no segmento das carrinhas “multiuso”, com a XC70, a Volvo decidiu estender o conceito também ao modelo de acesso à sua gama. Só que, sinais dos tempos, como aqui não há tracção integral, a marca sueca decidiu operar alterações também na nomenclatura, chamando ao modelo V40 CC (acrónimo, tal como XC, de Cross Country).
A versão aqui avaliada alia o motor Diesel predilecto dos portugueses, obviamente o mais acessível da oferta (1.6 de 115 cv, oriundo da parceria Ford/PSA), à caixa pilotada de seis velocidades e dupla embraiagem Powershift – uma combinação que se saúda, pelo que acarreta de benefícios para a condução, sem penalizar por aí além os consumos, e ainda para mais porque não chega a €2000 o dispêndio adicional a que esta opção obriga.
Impossível não começar por uma apreciação visual da V40 CC D2, já que as já de si muito bem conseguidas linhas exteriores ganham aqui um apelo extra, devido à introdução dos pára-choques mais robustos e contrastantes (pretos); da grelha frontal tipo fava de abelha; das protecções inferiores da carroçaria; das jantes em liga leve de 17”; das luzes diurnas dianteiras por LED; e – não menos importante! – de uma suspensão 40 mm mais elevada do que as versões convencionais do modelo. No final, a V40 ganha aquela aparência mais aventureira e robusta, sem nada perder da elegância que caracteriza a variante que lhe serve de base.
Já o interior não exibe modificações de maior face ao de que qualquer outra V40. Habitabilidade generosa na frente, bastante mais acanhada na traseira, a onde o acesso também não é dos mais fáceis. A capacidade da bagageira é aceitável para a classe, mas o principal senão é mesmo ser bastante funda, e contar com um plano de carga elevado, o que não ajuda em nada às operações de carga e descarga.
A qualidade geral é elevada, os acabamentos de bom nível (interessante, o tecido de revestimento dos bancos a imitar ganga, reforçando o ar aventureiro desta proposta) e todos os comandos são intuitivos e fáceis de utilizar, mesmo a profusão de botões montados na consola central ultrafina (já um must das criações da marca sueca). O painel de instrumentos digital configurável é outro elemento merecedor de destaque, podendo o condutor optar entre três ambientes distintos, em que muda, não só a cor, mas também a informação prestada: Elegance, Eco (exibe um indicador de consumo instantâneo) e Sport (de cor vermelha, passa a incluir um conta-rotações) – em qualquer dos casos, a legibilidade não merece reparos.
A posição de condução é, propositadamente, um pouco mais elevada do que nas V40 “normais”, fazendo jus ao carácter da V40 CC. Rodada a chave na ignição, o motor desperta com um trabalhar suave, mas denota uma resposta pouco solícita ao acelerador abaixo do regime de binário máximo (1750 rpm), que nem a suave e rápida (sobretudo no modo manual, possível de operar na respectiva alavanca de comando) caixa pilotada consegue disfarçar por completo. A partir daqui, o seu desempenho é mais convincente, embora algo ruidoso, garantindo até prestações que não envergonham, em tudo equivalentes às da versão com caixa manual. Os consumos são sempre contidos a velocidades estabilizadas (superiores apenas em poucas décimas de litro aos da versão manual), mas não é difícil aproximarem-se dos 10,0 l/100 km quando se pretende impor um ritmo mais elevado, sobretudo quando a quantidade de passageiros e carga transportados aumenta
Mas é quando de pretende explorar um pouco mais a fundo o potencial dinâmico da V40 CC que se comprova em pleno que o rendimento do motor fica muito aquém da qualidade do châssis. A suspensão, apesar de mais elevada, é também mais firme do que nas versões convencionais, acabando por – em conjunto com os pneus de medida 225/50 – garantir uma eficácia ainda maior em curva, sobretudo por conseguir lidar de melhor forma com as forças laterais. Com um pisar de grande qualidade, a V40 CC oferece ainda um óptimo nível de conforto aos seus ocupantes, mesmo em pisos mais degradados.
Não obstante a sua aparência exterior, convém ter presente que a V40 CC aposta muito mais na imagem trialeira do que em verdadeiras capacidades para se aventurar fora de estrada. Aí, terrenos que não sejam os estradões amplos, e não muito esburacados, estão-lhe praticamente vedados – seja pela ausência de tracção integral; seja pelo facto de o controlo de estabilidade DSTC, quando no modo “desligado”, acabar por ser uma espécie de modo Sport (tornando-se apenas um pouco mais permissivo); seja porque é fácil furar ou rasgar um pneus de baixo perfil em traçados mais acidentados. O que não muda, independentemente do tipo de percurso, é a pouco informativa direcção: lenta na resposta, e de tacto e sensibilidade (muito) melhoráveis.
Capaz de fazer a diferença no actual panorama automobilístico do seu segmento, muito por culpa da sua imagem deveras atractiva, a V40 CC D2 Powershift assume-se como um automóvel funcional e despretensioso, muito equilibrado, que oferece aos amantes deste tipo de proposta o que eles mais apreciam: uma imagem mais radical sem que isso tenha, necessariamente, que se traduzir num desempenho fora do asfalto a condizer (parece um SUV, mas não o é…). Dinamicamente muito eficaz, apesar das prestações modestas, tem ainda a seu favor o preço competitivo, que é de €33 599 com a dotação de equipamento de série incluída no nível Momentum, não muito generosa mas onde se destaca um leque de dispositivos de segurança único a este nível (refiram-se, entre vários outros, os sistemas City Safety e Pedestrian Detection). Por exigir um dispêndio adicional que não chega a €2000, a caixa de dupla embraiagem pilotada é uma opção que se recomenda: muito suave e rápida, ajuda bastante a disfarçar as limitações da unidade motriz.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1560 |
Diâmetro x curso (mm) | 75,0×88,3 |
Taxa de compressão | 16,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 115/3600 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 270/1750-2500 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4370/2041/1458 |
Distância entre eixos (mm) | 2646 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1552/1540 |
Jantes – pneus série | 7Jx16″-205/60 |
Jantes – pneus instalados (FR-TR) | 7Jx17″-225/50 (Continental ContiSportContact 5) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1477 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 12,84 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 335/52 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | auto de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 14,7 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (320) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (280) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 20 000 km |
Airbag para condutor e passageiro
Airbags de cortina
SIPS (protecção contra embates laterais)+WHIPLASH (protecção contra embates traseiros)
Sistema City Safety
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Pedestrian Protection (protecção de peões)
Cruise-control+limitador de velocidade
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Bancos em tecido/T-tec
Banco do condutor com regulação altura+lombar
Banco do passageiro com regulação altura
Volante em pele com aplicações em alumínio
Volante multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Aplicações em Carvão
Rádio Performance com 2 altifalantes, ecrã a cores de 5″, leitor de CD/mp3+entrada Aux
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Sensor de chuva
Châssis Dynamic
Barras de tejadilho em alumínio
Deflector traseiro
Spoiler traseiro
Jantes de liga leve de 7Jx17”+pneus 225/50
Pack Business (€738 – inclui sensores de estacionamento traseiros+rádio High Performance com ecrã a cores de 5″, leitor de CD/mp3, entradas USB+iPod e Bluettoth mãos-livres)
Pack Style (€738 – painel de instrumentos digital com ecrã a cores de 8″; luzes diurnas LED; conjunto de luzes interiores; alavanca da caixa de velocidades iluminada; aplicações em alumínio)
Jantes de liga leve 7Jx17″ com pneus 225/59 (€726)
Sistema Pacos de desactivação do airbag do passageiro (€80)
Faróis bi-Xénon (€898)
Lava-faróis (€264)
Preparação RTI (€61)
Rádio High Performance 7 (€861 – inclui 8 altifalantes; ecrã a cores de 7″; entradas USB+iPod+Aux; leitor de CD/mp3; comandos no volante; mãos-livres Bluetooth)