CompararComparando ...

Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

Artigo
Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

Visão geral
Marca:

Jeep

Modelo:

Grand Cherokee

Versão:

3.0 CRD V6 Limited

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Todo-o-terreno

Nº Portas:

5

Tracção:

Integral permanente

Motor:

3.0-V6 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

250/4000

Vel. máx. (km/h):

202

0-100 km/h (s):

8.2

CO2 (g/km):

198

PVP (€):

78 188/81 050

Gostámos

Relação preço/equipamento, Habitabilidade, Versatilidade, Motor e prestações, Desempenho "TT", Imagem de marca

A rever

Qualidade, ergonomia e design interiores, Ruído do motor, Condução a ritmos mais "empenhados"

Nosso Rating
Rating Leitor
Para avaliar, registe-se ou inicie sessão
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
6.0
Consumos e emissões
6.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
9.0
Se tem pressa...

Profundamente renovado, o Jeep Grand Cherokee é uma alternativa válida aos tradicionais dominadores germânicos da sua classe, sobretudo pelo preço muito competitivo, pelas óptimas prestações e pelo bom desempenho quando numa utilização não excessivamente exigente.

7.5
Nosso Rating
Rating Leitor
You have rated this
WordPress Tables Plugin

O Jeep Grand Cherokee da nova geração não é, propriamente, um automóvel completamente novo, antes uma evolução importante do modelo que o precedeu. Mas assume redobrada importância por ser o primeiro a chegar ao mercado já contando com o envolvimento da Fiat no respectivo desenvolvimento, agora que o gigante transalpino gere os destinos do Grupo Chrylser.

Mesmo tendo os EUA como principal destino, o Grand Cherokee não deixa de apostar na Europa, onde foi pioneiro no seu segmento e goza de uma reputação bastante superior aquela de que usufrui no mercado doméstico. Daí a sua gama incluir uma variante a gasóleo, animada por um V6 turbodiesel de 3,0 litros e 250 cv, combinado com uma caixa automática de oito velocidades – aquela que aqui analisamos, no caso dotada do nível de equipamento Limited, o mais acessível da oferta em Portugal (do catálogo faz ainda parte o mais generoso – e oneroso – Overland).

Seja qual for a apreciação que se faça do Grand Cherokee, esta terá sempre de levar em linha de conta a sua origem assumidamente americana, e as características muito próprias do seu principal mercado. Talvez o domínio em que tal será menos determinante até seja a estética, com o SUV estadounidense a combinar elementos típicos do seu historial, e que de imediato permitem identificá-lo como um modelo da Jeep, com outros que constituem uma notória evolução face ao passado recente, nomeadamente a frente, com as suas formas quase “espaciais” – tudo contribuindo para um resultado por demais apelativo, e que não será o que constituirá óbice a uma eventual aquisição.

Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

Fora de estrada, o renovado Grand Cherokee superará as exigências da esmgadora maioria dos seus utilizadores, mas o pára-choques dianteiros demasiado baixo é uma limitação para os mais afoitos

As coisas começam a mudar radicalmente de figura uma vez no interior, principalmente quando se leva em linha de conta as propostas europeias com que o Grande Cherokee será forçosamente obrigado a bater-se. Aspectos como ergonomia, decoração ou qualidade de construção e materiais utilizados – decerto correctos para os padrões norte-americanos – estão longe do que melhor se faz no Velho Continente. Sendo impossível não notar a alavanca única do lado esquerdo do volante destinada a comandar uma multiplicidade de elementos (ao melhor estilo Mercedes – será ainda uma herança dos tempos do extinto grupo DaimlerChrysler?…) ou o grafismo do ecrã sensível ao toque do muito completo sistema de infoentretenimento, demasiado simplista e exactamente igual ao que se encontra, por exemplo, no Fiat Freemont e em alguns modelos do grupo destinados ao mercado americano.

Em jeito de compensação, o Grand Cherokee oferece um espaço amplo tanto no habitáculo como na mala, e algumas soluções que incrementam a versatilidade, o bem estar a bordo e o agrado de utilização: costas dos bancos traseiros reguláveis em inclinação; banco traseiro rebatível assimetricamente através de uma simples alavanca lateral; portão traseiro de operação eléctrica, passível de comandar tanto a partir do posto de condução como do comando à distância.

A isto convém juntar o extenso equipamento de série que o importador nacional da Jeep decidiu instalar no Grand Cherokee, mesmo nesta sua versão “de acesso”, e que inclui alguns elementos que contribuem decisivamente para um ambiente a bordo acolhedor, caso dos bancos em pele (os dianteiros aquecidos, reguláveis electricamente, tal como o volante, e dotados de duas memórias de posição). Bancos que, além do mais, combinam um apreciável conforto com um bom encaixe e apoio lateral, ajudando a encontrar uma posição de condução bastante correcta, ainda que elevada – como se esperaria de um modelo desta natureza.

Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

Ergonomia, qualidade de materiais e design interior nitidamente aquém dos melhores rivais. Mas a habitabilidade é óptima e a versatilidade também está em alta

Mecanicamente, o Grand Cherokee 3.0 CRD apresenta um lote bastante interessante de argumentos: suspensão independente às quatro rodas; motor 3.0-V6 com 250 cv/4000 rpm e 570 Nm/2000 rpm; caixa automática de oito velocidades com comando manual em sequência; sistema de tracção integral Quadra-Trac II gerido electronicamente. Este último dispõe de caixa de transferências (a repartição do binário entre os eixos é variável até um máximo de 100% para cada qual nas relações altas, e fixa de 50% para um nas “baixas”), oferece cinco modos de funcionamento seleccionáveis pelo condutor (Auto; Neve; Areia; Lama; Pedras) e dispõe ainda de controlo electrónico de descidas HDC.

No que à condução diz respeito, volta a ser imperioso recordar a origem do Grand Cherokee para melhor entender a sua postura. Por exemplo, as aptidões “TT” são claramente excessivas para aquilo que a esmagadora maioria dos seus clientes europeus necessita, ou alguma vez estará disposto a explorar, mesmo que aqui nem esteja instalado o mais sofisticado e eficiente dos sistemas de tracção integral que a Jeep propõe neste modelo. Logo, fora de estrada, as limitações estarão mais do lado do condutor, e da sua predisposição para levar aos limites um automóvel deste nível de preço, embora seja de referir que o pára-choques dianteiro embate com demasiada facilidade no solo na superação de obstáculos mais exigentes (aqui, seria bem vindo um melhor ângulo de aqtaque), e que a caixa de velocidades seleccionar automaticamente a mudança seguinte, mesmo no modo manual, também não é o melhor argumento para enfrentar troços mais radicais (a este propósito, refira-se que também o funcionamento do joystick de comando da caixa não é o mais prático ou intuitivo…).

Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

O motor 3-0-V6 de 250 cv é um dos maiores trunfos do Grand Cherokee, apenas pecando por um ruído de funcionamento demasiado elevado

Já em estrada, a primeira nota vai para o elevado conforto de marcha, ainda que ensombrado por um ruído de funcionamento do motor mais elevado do que o exigível num veículo desta categoria. Motor que é pujante e responde com prontidão às ordens do acelerador, assim garantindo boas prestações e uma condução agradável, tudo combinado com consumos aceitáveis… desde que não se exija demasiado da unidade motriz, altura em que disparam para valores bem menos simpáticos, facilmente superando os 16 l/100 km. O funcionamento da caixa é suave e as passagens suficientemente rápidas, as patilhas de comando manual no volante ajudam a contornar algumas indecisões que se verificam quando se adoptam ritmos mais empenhados, e só é pena alguma lentidão evidenciada no arranque, por via do delay entre o pressionar do pedal da direita e o Grand Cherokee colocar-se, efectivamente, em marcha.

Talvez porque os limites de velocidade nos EUA não são os mais liberais, e o desrespeito pelos mesmos severamente punido, menos vocacionado está o Grand Cherokee para suportar uma condução mais agressiva. A suspensão macia e de longo curso permite que a carroçaria adorne bastante em curva, e não lida da melhor forma com as transferência de massa, não sendo as trocas de apoio mais impetuosas a utilização a que melhor se adapta. Para mais, a direcção, mais do que pouco informativa, acaba por oferecer pouco mais do que uma “vaga ideia” daquilo que se passa com as rodas, carecendo notoriamente de maior precisão e, porventura, menor nível de assistência.

Jeep Grand Cherokee 3.0 CRD V6 Limited

Se o comportamento é honesto numa utilização moderada, o châssis está bem menos ajustado a utilizações mais exigentes

Perante isto, se o objectivo for impor um ritmo de condução mais elevado, a melhor forma de o fazer será mesmo não travar nos limites, descrever as curvas com um mínimo de suavidade e, depois, fazer uso da elevada disponibilidade do poderoso motor. Caso contrário, travagens nos limites, inserções mais impetuosas em curva, movimentos bruscos sobre o volante e reacelerações ainda com as rodas viradas tenderão a traduzir-se em notórios desequilíbrios, que obrigam o ESP a intervir constantemente (porventura daí não existir a opção de o desligar por completo, mas apenas o controlo de tracção), por vezes parecendo até um pouco “confundido” com o que dele se exige, o que não proporciona especial prazer de condução mesmo aos mais virtuosos, e dificilmente se traduzirá em ganhos de tempo efectivos por comparação a uma condução mais moderada.

Aqui chegados, será legítimo questionar se o Grand Cherokee terá efectivamennte argumentos para concorrer de forma directa com propostas como o Audi Q7, BMW X5 ou Mercedes ML – sem dúvidas as referências desta classe. Para o tipo de utilização que o condutor europeu dá aos SUV de grande porte, é evidente que está alguns furos abaixo destes em domínios coma qualidade de geral, a sofisticação interior ou o desempenho dinâmico. Mas não deixa de ser um modelo distinto, competente desde que dele não se exija um desempenho “desportivo”, com óptimas prestações e o único entre os citados proposto abaixo dos 70 mil euros, com a  vanatagem adicional de nesta verba se incluir um equipamento de série bastante complete. Boa opção, portanto, para quem pretende um SUV de prestígio, com linhas modernas, tenha um orçamento limitado e – não menos importante – tenha afinidade com a cultura  automobilística norte-americana.

WordPress Tables Plugin

Airbag para condutor e passageiro
Airbags laterais
Airbags de cortina
Airbags para os joelhos
Controlo electrónico de estabilidade
Controlo electrónico do rolamento (Electronic Rollover Mitigation)
Controlo electrónico de descidas (Hill Descent Control)
Assistência aos arranques em subidas (Hill Start Assist)
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Fixações Isofix
Bancos de criança integrados
Encostos de cabeça activos
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control
Banco rebatível 60/40
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulação eléctrica+memória+aquecidos
Volante em pele regulável electricamente em altura+profundidade
Volante multifunções+aquecido
Acesso sem chave
Rádio Meridian com leitor de CD/mp3/tomadas USB+Aux+iPod
Mãos-livres Bluetooth
Retrovisores exteriores eléctricos electrocromáticos+aquecidos+rebatíveis
Retrovisor interior electrocromático
Câmara de estacionamento traseira
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Faróis bi-Xénon+lava-faróis
Faróis de nevoeiro
Luzes diurnas LED+farolins traseiros LED
Sensores de luz+chuva
Portão traseiro de abertura/fecho eléctricos
Tapete da mala reversível
Jantes de liga leve de 18”
Indicador da pressão dos pneus
Alarme
Barras de tejadilho cromadas

Pintura metalizada (€500)
Sistema de navegação (€1250)
Vidros traseiros escurecidos (€400)
Tecto de abrir eléctrico (€1400)

Qual é a sua reação?
Excelente
50%
Adoro
50%
Gosto
0%
Razoavel
0%
Não gosto
0%
Sobre o autor
zyrgon