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Peugeot RCZ R

Artigo
Peugeot RCZ R

Visão geral
Marca:

Peugeot

Modelo:

RCZ

Versão:

R

Ano lançamento:

2013

Segmento:

Desportivos compactos

Nº Portas:

2

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.6

Pot. máx. (cv/rpm):

270/6000

Vel. máx. (km/h):

235

0-100 km/h (s):

5,9

CO2 (g/km):

145

PVP (€):

44 580/46 780

Gostámos

Motor, Prestações, Comportamento ágil, eficaz e previsível

A rever

Espaço atrás e acesso à traseira

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
10
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
5.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Um dos melhores desportivos de tracção dianteira da actualidade, é difícil apontar defeitos ao Peugeot RCZ R: motor poderoso, prestações de referência e comportamento muito eficaz. Prazer e emoção ao volante garantidos – afinal, tudo o que se exige a um desportivo de raça.

7.5
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Este é um daqueles automóveis que mereceria ser enaltecido nem que fosse pela coragem do seu construtor em lançar uma proposta deste género no período que o sector actualmente atravessa na Europa. Só por isso, o RCZ R já teria de ser considerado uma espécie de “bálsamo” para os apaixonados pelo mundo automóvel em geral, e pelos modelos de altas performances em particular. Mas os atributos do mais radical Peugeot do momento não se ficam por aqui, e mais importante será o facto de contar também com uma mecânica de grande nível, cujo resultado prático é uma utilização digna de encómios.

Tendo por base a versão 1.6 THP de 200 cv, o RCZ R tem no motor o seu principal atributo diferenciador. Graças a elementos como o turbo twin-scroll com maior débito (1,5 bar de pressão máxima de sobrealimentação), a distribuição variável sobre a admissão e escape ou os pistões específicos, realizados através de uma tecnologia oriunda da alta competição, consegue cumprir já a norma Euro 6 e, ao mesmo tempo, oferecer 270 cv de potência e um binário máximo de 330 Nm, constante entre as 1900 rpm e as 5500 rpm – fazendo deste o mais potente modelo de produção em série de sempre da casa de Sochaux.

Peugeot RCZ R

Face à versão de 200 cv, o Peugeot RCZ R distingue-se, no exterior, essencialmente, pelas jantes exclusivas, pelo logo “R” colocado na traseira e na grelha e, sobretudo, pelo deflector traseiro fixo de maiores dimensões

Para os mais desatentos, valerá a pena destacar que estamos perante uma potência específica de praticamente 170 cv/l, a melhor da classe e uma das mais elevadas do mercado… E que, tendo o RCZ R 1280 kg (é 17 kg mais leve que a versão de 200 cv), a relação peso/potência é de somente 4,74 kg/cv. Ao mesmo tempo, a caixa manual de seis velocidades – rápida, precisa e nem por isso pouco suave – conta com um óptimo escalonamento, com as duas relações não excessivamente curtas (permitindo que a segunda supere os 100 km/h), as três seguintes bem definidas e a última um pouco mais desmultiplicada, para poupar nos consumos. Juntando tudo isto, temos prestações verdadeiramente referenciais para este segmento: 0-100 km/h cumpridos em menos de 6,0 segundos e velocidade máxima electronicamente limitada a 250 km/h, mas extremamente fácil de atingir em linha recta (sendo que o velocímetro rapidamente esgota os 260 km/h da sua graduação ao menor declive…).

Com uma sonoridade relativamente discreta até às 3000 rpm, e uma resposta rápida mas linear nesta faixa de regimes (o que permite praticar uma condução mais pacata com grande facilidade e despreocupação, acompanhada de consumos bastante comedidos – tendo em conta o patamar de rendimento em questão), este motor é muito menos pontudo do que os seus dados técnicos poderiam fazer crer. O que não significa que não se transfigure por completo acima deste valor quando pressionado a fundo o acelerador, demonstrando um enorme fulgor, patente na forma como a agulha do conta-rotações “dispara” até às 6800 rpm do regime de corte, o que é ainda acompanhado por um “rugido” impressionante, por vezes até custando a crer que é só um “pequeno” 1.6. que está debaixo do capot Claro que, aqui, os consumos sobem para valores menos simpáticos, mas, apesar de tudo, continuam a ser dos mais apelativos entre os modelos desta categoria com semelhante nível de rendimento.

Peugeot RCZ R motor

O novo turbo será a alteração mais marcante operada num motor que oferece agora 270 cv e conta com uma das potências específicas mais elevadas do mercado

Já o châssis, face à variante de 200 cv, conta com vias mais largas e uma suspensão revista, com ligeiras alterações de geometria e uma afinação mais firme dos elementos elásticos, assim como com rodas de 19” e pneus mais largos. Em mau piso, obviamente que não é possível aos ocupantes não sentirem os ressaltos do asfalto, ainda que a absorção das irregularidades seja mais competente do que o esperado, não sendo, por isso, o RCZ R tão massacrante para os seus passageiros quanto se poderia antecipar.

Em compensação, esta firmeza da suspensão é decisiva para o excelente desempenho do coupé da Peugeot quando conduzido da forma para que foi desenvolvido. Muito estável a alta velocidade, o RCZ R é, também, extremamente reactivo às solicitações do acelerador e da direcção (por sinal dotada de um óptimo feeling e deveras informativa, mesmo que um pouco “pesada” em cidade), contando ainda com um sistema de travagem com generosos discos, por demais competente, em termos de potência como de resistência à fadiga.

Na prática, este conjunto de elementos traduz-se num comportamento dinâmico exemplar. O eixo dianteiro muito incisivo insere-se com toda a precisão em curva, com a traseira a segui-lo fielmente e sem reacções inesperadas. No final das curvas, a enorme tracção permite sair das mesmas em potência com grande elegância e ímpeto, até porque a subviragem surge tardiamente.

Peugeot RCZ R din

O excelente châssis, agora com suspensões mais firmes e diferencial dianteiro autoblocante Torsen, garante um desempenbho em curva digno dos maiores encómios

Para incrementar ainda mais a emoção ao volante, nada como desligar o controlo de estabilidade, para o que basta premir um botão na consola central (em seguida surge, durante alguns segundos, a informação no painel de instrumentos de que o sistema foi desligado, mais não restando do que uma pequena luz piloto no referido botão a recordar a opção do condutor – afinal, tudo o que se pretende num desportivo digno desse nome!). Aqui, as reacções do trem dianteiro passam a ter que ser controladas exclusivamente pelo condutor, ainda que auxiliado pelo autoblocante mecânico do tipo Torsen, o que aumenta em muito a eficácia do RCZ R em curva.

Dinamicamente, o único ponto menos enaltecível talvez seja, para os mais acrobatas, o facto de, mesmo com a electrónica desligada, a enorme tração do trem da frente e as vias bastante largas não facilitarem, de todo, as derivas de traseira para usufruir de uma outra agilidade, havendo, para isso, que jogar bem com os apoios, e nem sempre se usufruindo do resultado pretendido. Por outras palavras, a Peugeot poderá não ter apostado as cartas toda na eficácia pura, mas nem por isso o RCZ R é menos convincente: mesmo não sendo tão terrivelmente eficaz quanto o Renault Mégane RS (sem dúvida a referência da classe neste particular), é mais fácil de conduzir e controlar nos limites, graças à enorme progressividade das suas reacções; oferece melhores prestações; e os seus consumos não são tão elevados quanto os do seu rival quando se pretende extrair o máximo da mecânica (andarão na casa dos 16,0 l/100 km, enquanto o Renault facilmente supera os 20,0 l/100 km).

Peugeot RCZ R din2

Para se diferenciar dos restantes RCZ, esta proposta conta, como seria expectável, com alguns elementos exclusivos, na carroçaria como no habitáculo. Exteriormente, além das jantes específicas e do lgo “R” colocado na traseira e na grelha frontal, o grande destaque vai para o deflector traseiro fixo de maiores dimensões, que não só incrementa a carga sobre o eixo posterior, como contribui para a redução do peso, já que dispensa o motor eléctrico que opera o deflector retráctil presente nas restantes versões do modelo.

No interior, o logo “R” volta a marcar presença numa placa montada junto ao travão de mão e nas costas dos bancos. Contudo, aqui, a nota de destaque tem mesmo que ir para as excelentes baquets em pele e Alcantara, com encostos de cabeça integrados e capazes de proporcionar um excelente encaixe, decisivas para que o posto de condução seja soberbo, merecendo como único reparo o alinhamento perfectível dos pedais, nomeadamente os do acelerador e travão.

Indubitavelmente um dos melhores desportivos de tracção dianteira da actualidade, o Peugeot RCZ R exige pelo seu invejável leque de atributos o dispêndio de €44 580, uma verba que acaba por ser relativamente competitiva face aos seus mais directos opositores, tanto mais que é acompanhada por um completo equipamento de série. Porém, estamos não só perante €11 000 de diferença para o RCZ de 200 cv, como há que não esquecer que a referência da categoria em termos de eficácia – o Renault Mégane RS –, mesmo que menos exclusivo e vistoso, não só pratica um preço significativamente inferior, como não tem as limitações de acesso à traseira e de exiguidade de espaço atrás típicas do coupé da marca do leão.

Peugeot RCZ R int

Num interior vincadamente desportivo e bem construído, marcam presença de destaque as soberbas baquets em pele e Alcantara

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Controlo electrónico de estabilidade
Diferencial autoblocante mecânico do tipo Torsen
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Bancos dianteiros desportivos em couro/Alcantara+reguláveis em altura+regulação apoio lombar
Banco rebatível 50/50
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência electromecânica variável
Rádio com leitor de CD/mp3+6 altifalantes+entradas USB/RCA
Sistema de navegação
Mãos-livres Bluetooth
Vidros eléctricos
Sensores de estacionamento traseiros
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Cruise-control
Pedaleira+apoio pé esquerdo+soleiras portas em alumínio
Sensor de luz/chuva
Luzes diurnas por LED
Faróis de Xénon direccionais com lava-faróis
Jantes de liga leve de 19″
Kit anti-furo

Pintura metalizada (€415)
Sensores de estacionamento dianteiros (€200)
Navegação WIP com 3D (€1010 – inclui ecrão a cores de 7″ escamoteável; cartografia Europeia 3D; disco rígido 10 GB; rádio com CD+mp3+DVD; tomada USB/RCA/video; leitor de cartões SD; telefone GSM integrado; mãos-livres Bluetooth)
Hi-fi JBL (€495 – inclui 2 woofers+2 tweeters+2 médios+amplicafador 240 W de oito canais)
Caixas dos retrovisores exteriores em preto (€80)

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Sobre o autor
zyrgon