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Mitsubishi Outlander PHEV Instyle Navi+

Artigo
Mitsubishi Outlander PHEV Instyle Navi+

Visão geral
Marca:

Mitsubishi

Modelo:

Outlander

Versão:

PHEV Instyle Navi+

Ano lançamento:

2013

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Integral

Motor:

Híbrido

Pot. máx. (cv/rpm):

n.d.

Vel. máx. (km/h):

170

0-100 km/h (s):

11,0

CO2 (g/km):

44

PVP (€):

48 000/48 500

Gostámos

Custos de utilização, Silêncio de funcionamento, Facilidade de condução, Sofisticação

A rever

"Só" cinco lugares, Ergononia, Velocidade máxima

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Qualidade geral
7.0
Interior
7.0
Segurança
7.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
8.0
Aptidões TT
7.0
Desempenho TT
6.0
Consumos e emissões
10
Conforto
8.0
Equipamento
9.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Tão surpreendente quanto convincente, a nova motorização híbrida que a Mitsubishi instlaou no Outlander PHEV – uma das mais refinadas do mercado, faz deste um SUV com uma economia de utilização notável, muito agradável de conduzir e que, não obstante, é proposto a um preço interessante

8.0
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Mesmo tendo por boa a teoria de que a “electrificação” do automóvel é ponto assente nos dias que correm, o facto é que, por vezes, as soluções neste domínio aparecem onde menos se esperaria, e não raro até são as mais interessantes e bem conseguidas. O novo Outlander PHEV é exemplo disso mesmo: ao invés de seguir o caminho habitual, instalando a sua evoluída motorização híbrida num modelo (novo, ou não) de aparência bizarra, que logo se destacaria na paisagem automobilística, a Mitsubishi elegeu para o efeito um SUV já bem conhecido de todos, e que também é proposto com motores convencionais.

Logo à partida, esta opção acarreta algumas vantagens práticas que vão para além da discrição visual, como seja toda a comprovada funcionalidade de um modelo que já está no mercado há algum tempo, mesmo tendo recentemente recebido uma actualização geral. Isso mesmo é salientado pela Mitsubishi, que afirma que o renovado Outlander já cumpre com a sua nova filosofia de produto de cada nova plataforma estar preparada para receber tanto motorizações térmicas como híbridas plug-in, sem que isso altere as características intrínsecas do produto.

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Ao contrário do que muitas vezes sucede, a Mitsubishi não elegeu um modelo “raro” para instalar a sua mais evoluída motorização híbrída, antes uma proposta com créditos firmados na sua categoria

No caso em apreço, isto é verdade só em parte: devido à instalação das baterias, o Outlander perdeu algo da sua versatilidade por não poder dispor de sete lugares (algo que não é de somenos na sua classe), além de que o piso de carga é 19 mm mais alto do que o habitual. Menos mal que a capacidade da mala (463 litros) é somente 14 litros inferior à dos restantes membros da gama (sob o respectivo piso, o espaço disponível para arrumação de objectos desceu de 73 litros para 35 litros).

Intocada manteve-se a ampla habitabilidade tanto à frente como atrás, o posto de condução correcto e uma qualidade de construção e materiais dentro da média do segmento. O mesmo acontecendo com uma ergonomia e funcionalidade interiores muito caras aos construtores japoneses, mas cujos critérios nem sempre são os mais perceptíveis.

No caso do Outlander, é particularmente gritante o excesso de botões espalhados em redor do condutor, alguns em locais de acesso complicado e visibilidade praticamente nula – como os que permitem alternar os menus do computador de bordo e desligar o ESP (atrás do volante, à esquerda), ou os que operam o alarme, o portão traseiro eléctrico, o assistente de manutenção na faixa de rodagem e o sistema de mitigação de embates frontais, ainda mais abaixo destes. Se a isto juntarmos um ecrã táctil para comando do sistema de infoentretenimento que também não é dos mais simples de operar, temos demasiados elementos que nefastamente contribuem para desviar a atenção do condutor da estrada sempre que pretende utilizá-los…

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O habitáculo não só fica marcado pela profusão de botões, como vários deles estão instalados em locais de acesso complicado e reduzida visibilidade

Mas estes são pecadilhos comuns a todas as versões do SUV japonês, e o que realmente interessa neste Outlander PHEV são os seus atributos exclusivos. Nomeadamente a sua motorização híbrida, composta por um motor 2.0 a gasolina com 121 cv e 190 Nm; um motor eléctrico que anima as rodas dianteiras, com 82 cv e 137 Nm; um outro motor eléctrico que faz mover as rodas traseiras, com 82 cv e 195 Nm; e ainda um gerador eléctrico com 70 kW (montado, tal como o motor elétrico dianteiro, junto ao motor de combustão). Na secção central, sob o piso do veículo, estão instaladas as baterias de iões de Lítio (a 300 Volt e com uma capacidade de 12 kWh) e o depósito de gasolina com 45 litros. Embora a Mitsubishi não desvende qual o rendimento combinado dos três motores, é lícito calcular este se situe em torno de 200 cv e 400 Nm, já que a marca dos três diamantes afirma que o sistema nunca funciona na potência máxima dos três motores.

Ainda que tal seja irrelevante para o utilizador, já que a transição entre eles é sempre completamente automática, este grupo motopropulsor da Mitsubishi acaba por dispor de três modos de funcionamento. O EV é o eleito por defeito no arranque e aquele a que o sistema regressa sempre que possível – totalmente eléctrico, funciona até aos 120 km/h e anuncia uma autonomia de 52 km, que, na prática, com algum bom senso e contenção sobre o pedal da direita, andará pelos 40 km reais, o que será suficiente para as deslocações diárias da maior parte dos utilizadores. Quando existe uma necessidade súbita de potência, ou a velocidade supera os 120 km/h, ou é necessário limpar o catalisador, ou a carga das baterias baixa dos 23%, entra em acção o modo Série, em que os dois motores eléctricos fazem mover as rodas e o motor a gasolina arranca automaticamente para alimentar o gerador, que, por sua vez, carrega as baterias durante 3 a 10 minutos. Por fim, a velocidades mais elevadas, o motor de combustão torna-se na principal fonte de energia do veículo quando é accionado o modo Paralelo, tendo ainda os eléctricos a assisti-lo, sendo o excesso de binário aproveitado para carregar as baterias.

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O sistema de propulsão do Mitsubishi Outlander PHEV é, primordialmente, eléctrico, e só em situações muito específicas o motor de combustão é a principal fonte de energia

Ainda no que aos atributos técnicos do Outlander PHEV diz respeito, é imperioso referir que o sistema de propulsão não dispõe de caixa de velocidades ou veio de transmissão, contando apenas com uma relação directa, o que limita a velocidade máxima a 170 km/h; mas, em compensação, os 0-100 km/h foram por nós cumpridos em 10,0 segundos – ou seja, um valor inferior aos obtidos pelas versões 2.0 CVT 4WD e 2.2 DiD A/T 4WD. A comparação é válida porque, na prática, o Outlander PHEV não só funciona como um veículo de transmissão automática, como dispõe de tracção integral, controlada pelo sistema S-AWD, que integra os dispositivos 4WD (oriundo do Lancer), ASC (controlo de estabilidade), ABS, 4WD Lock (ao toque num botão, a tracção integral é activada de forma permanente) e o novo AYC (gere a repartição da potência entre os dois eixos e entre as rodas de cada eixo).

Quanto ao carregamento das baterias, é assegurado em andamento pela travagem regenerativa (pode ser aumentada seleccionando-se a posição B no manípulo da caixa ou actuando sobre as patilhas no volante, o que também auxilia numa condução mais empenhada, por garantir maior travão motor) ou pelo motor a gasolina, quando o sistema assim o entende. Quando imobilizado o veículo, a forma mais comum de assegurar esta função é através do modo plug-in: quando ligado o Outlander a uma tomada de 230 V, uma recarga completa demora cerca de cinco horas; em alta tensão, o carreganento rápido garante 80% da carga em meros 30 minutos.

Existe ainda uma outra opção: o modo Charge, seleccionável pelo condutor através de um botão existente junto ao punho da transmissão, em que, estando o veículo parado, o motor a gasolina garante uma recarga de 80% das baterias quando a funcionar a um regime de 1000 rpm durante 40 minutos. Ao lado deste botão existe um outro, com a inscrição Save, que, quando seleccionado, poupa a carga das baterias para utilização do Outlander PHEV no modo EV – por exemplo, em zonas reservadas a veículos com emissões zero. Obviamente que também não falta a aplicação que permite controlar remotamente os carregamento e o estado das baterias através de um smartphone.

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Tão prolongada descrição pode levar a crer que conduzir este Outlander PHEV é tarefa complicada, mas nada poderia estar mais longe da realidade. A verdade é que, na esmagadora maioria das situações, ao condutor basta acelerar, travar e rodar o volante para desfrutar de um dos mais refinados  e convincentes sistemas de propulsão híbrida do momento, extremamente “inteligente” e com uma resposta sempre notável às solicitações do acelerador. Sendo tudo isto acompanhado por um grande silêncio de funcionamento, a que também não será alheio o facto de o isolamento acústico ter sido melhorado (pára-brisas com 4 mm, mais 0,5 mm do que o normal; revestimento adicional no piso, no compartimento do motor e nas cavas das rodas; escovas do limpa pára-brisas específicas), pelo que os ruídos que se fazem sentir provêm mais da aerodinâmica e do rolamento, a não ser quando se rola perto da velocidade máxima por períodos de tempo mais prolongados – aí, o ruído algo esforçado do motor a gasolina a funcionar perto da red-line já faz sentir a sua presença…

Quotidianamente, um dos grandes trunfos do Outlander PHEV será a sua autonomia eléctrica, pois, respeitando-se os limites legais, mesmo em estrada não é difícil cumprir cerca de 30 km sem gastar uma gota de gasolina. Em termos de comportamento, nota muito positiva, e surpreendente, para a precisão da direcção e para a sensibilidade do pedal do travão, que se juntam a uma suspensão de afinação macia, mas competente, para garantir uma condução fácil e sempre com um elevado nível de conforto, e em que apenas os mais afoitos lamentarão alguma perda de eficácia em curva devido à brandura do amortecimento – isto num tipo de utilização para a qual este Outlander PHEV não foi, decididamente, pensado.

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Graças à tracção integral, e mesmo não sendo um “trialeiro”, o Outlander PHEV podee aventurar-se por outros terrenos que não o asfalto, onde revelou uma apreciável competência. Em estrada, destacam-se o conforto e a facilidade de condução

Para além de ser um excelente companheiro de viagem, e um económico meio de locomoção em cidade, o Outlander é, ainda, um SUV com tracção integral que não faz nada má figura fora de estrada. Com a mesma altura ao solo das versões 4×4 convencionais (190 mm), mas com um centro de gravidade mais baixo, uma repartição do peso de 55-45 e um châssis reforçado, quando se selecciona o modo 4WD Lock surpreende pela força que é transmitida às rodas, e mesmo que exibindo alguma tendência para a traseira empurrar a frente para fora das curvas nos limites, é importante realçar que as suas maiores limitações acabarão por provir dos pneus, já que os seus ângulos característicos até são interessantes, e o sistema de tracção total competente. Claro que o ESP é desligável, mas já a afinação do ABS pode causar alguns sobressaltos em “TT”, pela sua sensibilidade e precocidade de actuação.

Fácil e agradável de conduzir, veloz e económico (pena a velocidade máxima limitada), e com toda a versatilidade que lhe é conferida pelos diversos modos de carga, o Outlander PHEV é, sem dúvidas, um dos híbridos do momento. O preço de €48 000 pedido pela versão Instyle Navi+ acaba por ser bastante interessante, não só pela economia de utilização proporcionada (o custo de uma carga completa de bateria ficará por menos de €1,5), como por toda a sofisticação tecnológica do veículo e por um equipamento de série extremamente completo, em que apenas a pintura metalizada é opcional. Quem pretender uma proposta mais económica, naturalmente menos equipada, tem à disposição a variante Intense+, por €43 000.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais
Aribags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de alerta de colisão frontal
Cintos dianteiros+traseiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control adaptativo+limitador de velocidade
Sistema de navegação
Estofos em pele+aquecidos
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele/regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica
Sistema de som Rockford Fosgate (710 Watt) com leitor de CD/mp3+entradas Aux/USB
Mãos-livres Bluetooh
Vidros eléctricos FR+TR
Retrovisores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Tecto de abrir eléctrico
Sensor de luz+chuva
Faróis bi-Xénon
faróis de nevoeiro
Câmara de estacionamento traseira
Barras de tejadilho em preto
Jantes de liga leve de 18”
Portão traseiro eléctrico
Mitsubishi Remote Control
Aquecedor eléctrico

Pintura metalizada (€500)

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zyrgon