Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

O interior espaçoso e bem construído é, no nível Allure, complementado por um equipamento de série generoso

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

A aglutinação de alguns comandos numa consola retráctil colocada sob o extremo esquerdo do tablier é dos poucos pormenores menos conseguidos em termos de ergonomia

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Apesar dos 180 cv anunciados, as acelerações medidas pela Absolute Motors ficaram bastante aquém do anunciado pela Peugeot

Por via de algumas hesitações evidenciadas no modo Sport, a melhor forma de tirar todo o partido da mecânica numa condução mais empenhada é utilizar as patilhas do volante para comando manual da caixa de velocidades

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

O portão traseiro de abertura e fecho eléctricos é um opcional que custa €600

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Peugeot 508 SW Allure 2.0 BlueHDi 180

Já foi oficialmente anunciado pela Peugeot (como a Absolute Motors noticiou em devido tempo – saiba tudo aqui) que a família 508 conhecerá a sua primeira actualização em Setembro próximo. Mas como as alterações serão fundamentalmente estéticas (a par da introdução de alguns novos equipamentos), e o actual modelo nem por isso deixou de receber algumas melhorias, vale a pena atentar melhor na versão 2.0 BlueHDI de 180 cv do familiar francês, ainda recém-chegada ao mercado, e aqui analisada na configuração carrinha e dotada do nível de acabamentos e equipamento Allure.

Naturalmente que o principal motivo de interesse desta Peuegot 508 SW 2.0 BlueHDI reside na sua dotação mecânica. O motor, já capaz de cumprir as normas Euro6, é uma evolução do bloco anterior, tendo recebido um mais evoluído sistema de tratamento dos gases de escape, a par de algumas alterações no sistema de injecção, nos pistões e nos segmentos, registando ainda uma diminuição do peso de 7 kg, por via do recurso a materiais mais leves. O rendimento anunciado é de uns muito salutares 180 cv/4000 rpm e 400 Nm/2000 rpm.

No motor 2.0 BlueHDi de 180 cv reside o principal motivo de interesse desta versão. Económico e pujante, em conjunto com a nova caixa de velocidade automática e o excelente sistema start/stop da PSA, garante uma experiência de condução de nível superior

Conjugada com esta unidade motriz surge ainda uma nova caixa automática de seis relações, fornecida pela Aisin, com patilhas no volante para comando manual sequencial, bem como o conhecido sistema start/stop do Grupo PSA.

O resultado prático desta combinação é bastante feliz. O motor não só mostra uma grande disponibilidade em todas as situações, como se pauta por um funcionamento suave e silencioso, o que, complementado pelo bom isolamento do habitáculo, o torna quase imperceptível para quem segue a bordo. Por seu turno, a caixa de velocidades também prima, globalmente, pelas trocas de mudanças suaves e rápidas, contribuindo decisivamente para a elevada qualidade da experiência de condução.

Bem escalonada, rápida e suave, a nova caixa automática de seis velocidades é uma grande aliada do motor turbodiesel de 180 cv

Francamente convincente em cidade (onde o excelente sistema start/stop é outro elemento a reter) como em estrada, inclusive ao nível dos consumos, este conjunto motor/transmissão já não o é tanto quando se pretende imprimir um ritmo mais acelerado, não só porque as acelerações por nós medidas ficaram bastante aquém do anunciado, mas também porque a caixa de velocidades, acima de reparos nos modos Normal e Winter, mostrou-se mais hesitante no modo Sport. Nestas circunstâncias, o melhor mesmo é optar pelas patilhas no volante para seleccionar a mudança mais adequada a cada momento.

O resto? Bom, o resto está ao nível do que é desde sempre conhecido do 508. Bem instalado no seu lugar, o condutor tem todas as condições para usufruir de um óptimo châssis, capaz de garantir uma grande eficácia dinâmica (logo, um elevado prazer de condução), se bem, que nos limites, o elevado peso do conjunto se traduza num “arrastar” da frente em curva, tendência que os Michelin Primacy HP (instalados na unidade testada) não são o melhor aliado para contrariar.

É sobretudo em estrada que a carrinha 508 SW 2.0 BlueHDI faz valer melhor todos os seus atributos, garantindo bom ritmos conjugados com óptimos consumos, uma elevada eficácia e um grande conforto de marcha

Por seu turno, o conforto de marcha é quase exemplar, não fosse o amortecimento algo seco, que leva a que as irregularidades mais notórias do piso acabem por ser sensíveis para quem segue a bordo – nada de muito perturbante, mas não deixam de se fazer notar -, algo que as jantes de 18” com pneus de baixo perfil também não ajudam a disfarçar. Neste particular, e tendo em conta as medidas das jantes e pneus escolhidas, talvez a melhor solução fosse optar por umas borrachas verdadeiramente performantes, e apostar tudo na eficácia.

Enquanto proposta familiar, dos trunfos da 508 SW, independentemente do motor que a anime, fazem ainda parte a generosa habitabilidade, a ampla bagageira e um interior funcional e ergonómico, dotado de bons materiais e acabamentos. O equipamento de série, no nível Allure, inclui tudo o que se possa exigir, o que é também uma forma de incrementar a competitividade de um automóvel que, no nosso país, nunca poderia ser barato, orçando em €42 865. Quando comparado este valor com o das versões que dominam as vendas entre nós, obviamente que não se pode afirmar que seja o mais apelativo, mas vale sempre a pena lembrar que, para quem o possa suportar, a experiência de condução é, verdadeiramente, de outra dimensão!