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Peugeot 108 Active 1.0 VTi 68 CVM5 3P

Artigo
Peugeot 108 Active 1.0 VTi 68 CVM5 3P

Visão geral
Marca:

Peugeot

Modelo:

108

Versão:

Active 1.0VTi 68 CVM5 3P

Ano lançamento:

2014

Segmento:

Citadino

Nº Portas:

3

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.0

Pot. máx. (cv/rpm):

68/6000

Vel. máx. (km/h):

160

0-100 km/h (s):

13,0

CO2 (g/km):

95

PVP (€):

11 700/12 775

Gostámos

Conforto, Consumos, Capacidade da bagageira, Preço

A rever

Alguns pormenores de equipamento, Relações de caixa demasiado longas

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Qualidade geral
6.0
Interior
7.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
9.0
Conforto
8.0
Equipamento
6.0
Garantias
7.0
Preço
8.0
Se tem pressa...

Apesar de manter a plataforma do 107, o Peugeot 108 representa uma enorme evolução face ao seu antecessor, destacando-se pelo elevado nível de conforto e pelos consumos comedidos do seu motor 1.0. Pena que a marca francesa tenha optado por escalonar a caixa de velocidades como se estivesse 300 cv debaixo do pé direito.

7.4
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Estávamos em 2005 quando o Grupo PSA se uniu à Toyota na criação dos trigémeos Citroën C1, Peugeot 107 e Toyota Aygo que vieram mexer com um segmento que estava, até então, algo esquecido. Ainda que os citadinos já existissem, o triunvirato da aliança franco-japonesa trouxe uma nova forma de encarar o segmento, apostando na simplicidade de construção, esquecendo a maioria dos elementos de conforto e, consequentemente, garantindo baixos custos de aquisição e manutenção. Ainda que bastante básicos, não deixaram de garantir números de vendas bastante interessantes, provando que há ainda muitos compradores a dispensar os luxos e a privilegiar os preços e as questões meramente práticas. O problema é que, desde então, passaram-se nove anos e o mercado automóvel não parou., o que fez com que o trio ficasse bastante desactualizado face à concorrência, que surgiu de todos os lados. Consciente disso, o grupo francês e a marca nipónica decidiram renová-los, apostando na mesma plataforma, reforçando a identidade estilística de cada um e melhorando os pontos em que estavam deficitários.

O primeiro a chegar até nós é o Peugeot 108, que aqui se apresenta na sua configuração mais acessível – o nível de equipamento Active -, o motor 1.0VTi de 68 cv, e apenas três portas. Não sendo arrebatador, o 108 está muito mais apelativo no capítulo estético em relação ao 107, que já acusava muito o peso dos anos e já nem sequer se encontrava alinhado com a actual linguagem estilística da marcha de Sochaux. As rodas colocadas nos extremos da carroçaria e o portão traseiro integralmente em vidro, também para poupar peso e custos, são os pontos de maior ligação entre o 107 e o 108.

Esteticamente, a evolução face ao 107 é enorme, mas alguns pormenores mantêm-se, como é o caso do portão traseiro em vidro

Já o habitáculo regista uma enorme evolução, seja no design, na qualidade, na ergonomia, ou na disponibilização de equipamento. Continua a haver chapa à vista, mas em muito menor quantidade, e todos os acabamentos apresentam um grau de qualidade bastante superior, ainda que a simplicidade continue a ser a nota dominante. Infelizmente, a unidade ensaiada não oferecia nenhum dos pacotes de personalização disponíveis, que deixam o habitáculo do 108 muito mais alegre. No entanto, dispunha do ecrã táctil de 7”, capaz de acentuar ainda mais a diferença para a geração anterior, que apresentava um sistema multimédia completamente básico. Agora, pode ouvir música através das entradas USB e auxiliar, ou por intermédio da ligação Bluetooth, e, caso esteja disposto e libertar-se de 350 euros ou a optar pela versão Allure, o ecrã táctil permite-lhe controlar todas estas funcionalidades e ainda observar os gráficos dos consumos obtidos. Com um smartphone Android ou iOS, surge a possibilidade de instalar aplicações para várias valências. O problema é o preço das mesmas e, principalmente, o facto de nunca as ter conseguido pôr a funcionar no meu iPhone. Outras das novidades associadas ao sistema multimédia é o facto de ser, finalmente, possível controlá-lo a partir do volante, mesmo neste nível Active. Tão ou mais importante é o aparecimento de dois botões, na porta do condutor, para comandar os vidros dianteiros, que já não nos obriga a soltar o cinto de segurança quando queremos abrir a janela do passageiro. Talvez para manter acesa a expectativa para a próxima geração, esta solução continua a não compreender a função de “um só toque” nem qualquer tipo de iluminação.

Mais discutível é a ausência do conta-rotações, só disponível na versão mais equipada. Se é verdade é que se tornou num elemento completamente banal nos dias de hoje, não é menos verdade que o comprador habitual deste tipo de automóvel não dê grande utilidade a este elemento. A solução apresentada para compensar a ausência do taquímetro passa por um avisador de passagem de caixa, o que até parecia suficiente à primeira vista. O problema é que está mal configurado, dando indicações quase sempre erradas em relação às capacidades do pequeno motor 1.0, e, acima de tudo, não tem em conta as relações de caixa extremamente longas.

O 108 não tem um simples conta-rotações, mas já conta com um útil, e completo, computador de bordo

Com três cilindros e 68 cv, o bloco 1.0 transita do 107, continuando a pautar-se por uma salutar suavidade de funcionamento e, agora, por consumos extremamente comedidos, principalmente a velocidade estabilizada. O óbice desta surge na forma como estes valores são obtidos. As referidas relações de caixa, completamente desajustadas das capacidades do motor, obrigam o condutor a recorrer ao comando da mesma com demasiada frequência. Felizmente, é precisa, rápida e suave. O resultado obtido entre a potência, o peso e as relações de caixa é, no entanto, um pouco estranho. O 108 rola a velocidades elevadas com uma naturalidade surpreendente, sendo notável a forma fácil como esgota o velocímetro. Depois, no seu habitat natural, a fluidez não é a nota dominante, dando a ideia de ser um motor pequeno num automóvel grande, o que não é exactamente verdade. É, ainda, quando circulamos pelas urbes do nosso país que nos apercebemos de enorme evolução ocorrida sobre a suspensão. Muito divertido de conduzir, o 107 caracterizava-se por um acerto de suspensão demasiado firme, com muitas dificuldades para lidar com as irregularidades. Nada disso acontece com o 108, que está bastante confortável, ainda que à custa de uma redução na agilidade. Continua a não ser particularmente eficaz, até porque os pneus com 165 milímetros de largura não fazem milagres, mas é fácil de perceber e, acima de tudo, bastante seguro, até porque o controlo de estabilidade faz parte do equipamento de série de toda a gama. Curiosamente, tirando os Peugeot desportivos, o 108 é o único que o permite desligar na totalidade.

Voltando ao habitáculo, o espaço disponível continua a ser suficiente para a sua lotação de quatro lugares, ainda que os passageiros do banco traseiro tenham pouco espaço para as pernas. Mas a maior novidade surge na capacidade da bagageira. Aproveitando o aumento do comprimento e largura da bagageira, a Peugeot conseguiu um acréscimo de quase 100 litros na sua volumetria. Os exíguos 131 litros do 107 passaram a 227 no 108. É a diferença entre de fazer compras semanais e passar a poder fazê-las apenas uma vez por mês.

O 108 apresenta níveis de conforto muito convincentes e nada comparáveis ao seu antecessor

11 700 euros é o valor pedido pelo mais acessível dos Peugeot 108, o que se pode considerar totalmente justo, tendo em conta o equipamento de série oferecido e aquilo que podemos encontrar na concorrência. No caso da unidade ensaida, o preço ascende aos 12 775 euros, o que acaba por colocá-la numa posição pouco lógica, já que a versão Allure começa nos 12 650 (mais pintura), mas já inclui jantes de liga leve, ecrã táctil, retrovisores eléctricos e volante forrado a couro, entre outros pormenores.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbag de cortina
Cintos dianteiros com pré-tensores+limitadores de esforço
Controlo electrónico de estabilidade
Assistência ao arranque em subida
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Bancos do condutor com regulação em altura
Banco traseiro rebatível 50/50
Volante regulável em altura
Luzes diurnas em LED
Faróis de nevoeiro dianteiros
Rádio com 4 altifalantes+Bluetooth+tomada USB e Jack e comandos no volante
Vidros eléctricos FR/TR
Jantes em aço de 14″

Pintura metalizada (€325)
Touch Screen de 7” com 4 altifalantes + Bluetooth® + função Mirror Screen + tomada USB e Jack e comandos no volante (€350)
Jantes em liga leve 15″ – Thorren (€400)

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Sobre o autor
zyrgon