Mazda 2 1.3 75 cv Advanced Navi
Mazda
2
1.3 75 cv
2014
Utilitários
5
Dianteira
1.3
75/6000
168
13,6
119
12 900
Equipamento, Comportamento dinâmico, Preço absolutamente imbatível
Consumo do motor 1.3, Nova geração já a caminho
O aparecimento da versão de equipamento Advanced Navi na gama do Mazda 2 faz-se em boa hora. A segunda geração do modelo – a primeira nestes prantos mais utilitários e menos monovolumescos – está prestes a sair de cena e isso significa que, mais que nunca, a Mazda quererá despachar o actual stock de viaturas a bom ritmo. Isto implica, regra geral, que se pratiquem excelentes preços e, claro, que se ofereça meio mundo de equipamento. Esta é exactamente a essência do Mazda 2 1.3 Advanced Navi, uma autêntica versão full-extras que coloca o 2 num patamar tecnologicamente assinalável, uma das principais lacunas face à concorrência: ele é sistema multimédia com bluetooth integrado, ele é cruise control, ar condicionado, assim como iluminação e limpa pára-brisas com activação automática. Estes são, hoje, pormenores essenciais num utilitário, e a Mazda oferece-os num bonito embrulho – jantes específicas, de 16 polegadas, retrovisores cromados -, que, por sinal, é altamente competitivo. E por competitivo, leia-se um preço de 12 900 euros, que sob qualquer perspectiva é uma maquia extremamente acessível e que, evidentemente, tem gerado um enorme interesse. É o carro anti-crise (quase) perfeito.
Onde o 2 já não está, claramente, em sintonia com a maioria dos colegas de segmento é na escolha de motores. Para esta edição especial há apenas o 1.3 com 75 cv movido a gasolina, que é mediano em praticamente todos os aspectos. A começar pelo arranque, que deve ser feito “com pinças”, correndo-se o risco de engasgar o motor ou de sobre-acelerar o motor sem necessidade, como se fosse um recém-encartado, muito por culpa do acelerador com gestão electrónica ditatorial. Isto converte-se, em termos práticos, numa utilização menos agradável do que seria de esperar de um utilitário no seu ambiente principal, a cidade, especialmente naqueles dias em que é dia de jogo da Liga dos Campeões e todos os acesso da Segunda Circular parecem parques de estacionamento. De todo o conjunto, a caixa manual de cinco velocidades é o elemento “mais” do conjunto: tem uma acção bastante mecânica, mas bem-oleada, e a embraiagem é leve. Mas o mais crítico deste motor é, sem dúvida, o consumo consideravelmente alto que se obtém em praticamente todos os ambientes, da cidade à auto-estrada. O consumo combinado de 6,6 l/100 km acaba por ser lisonjeiro face aos mais de sete litros que consome por cada cem quilómetros percorridos em cidade, e até esconde de certa forma os 6,5 l/100 km que gasta a uma velocidade a que a maioria dos rivais de segmento gasta, em média, menos de 5 l/100 km. Este motor 1.3 de 75 cv é, sem sombra de dúvida, gastador. A tendência gastadora é compensada por um regime de utilização relativamente alargado, e também por prestações aceitáveis atendendo ao restante parque automóvel com motores “mil e duzentos”.

As jantes de 16 polegadas e as capas dos retrovisores exteriores compõem o ramalhete estética desta versão Advanced Navi
No inteiror espera-nos uma panóplia de materiais relativamente soturnos, uma qualidade de construção aceitável e um design relativamente datado; é aqui, no habitáculo, que as maiores revolução têm sido operadas no segmento, e é precisamente aqui que o pequeno 2 está, mais que nunca, ultrapassado. Os 250 litros de bagageira estão abaixo da média do segmento (o Renault Clio tem 300 litros de capacidade e o Peugeot 208 tem 285 litros), mas não é uma diferença que seja suficientemente significativa para deixar – ou não – de passar aquele fim-de-semana no Algarve.
O que continua a surpreender no Mazda 2 é o seu comportamento dinâmico. É divertido, envolvente, e o facto da posição de condução ser muito correcta em termos de amplitude só ajuda a que toda a experiência seja exarcebada. Não tem a eficácia dinâmica de, por exemplo, a nova geração do Clio, mas continua a ser uma das propostas mais interactivas do segmento. A direcção tem uma cremalheira rápida, o posicionamento do manípulo da caixa de velocidades torna a acção mais rápida e o chassis pede para ser trabalhado com afinco, fruto de uma frente incisiva e de um eixo traseiro consideravelmente ajustável.
Tudo somado, os pequenos pormenores em “falha” colocam o 2 num patamar admitidamente abaixo dos actuais rivais de mercado. É certo. Mas é também por isso que a nova geração do Mazda 2 já está finalizada, e trará motores novos e muito mais tecnologia. Portanto, a versão Advanced Navi está longe de ser um caso de vender “gato por lebre”. Muito pelo contrário: se o preço é mais do justo e ajustado à realidade, também as expectativas o devem ser.
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida
Ar condicionado manual
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Sistema multimédia com navegação e Bluetooth
Leitor de DVD
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores eléctricos
Espelhos retrovisores exteriores em prateado
Luzes diurnas
Faróis de nevoeiro com luzes de curva estáticas
Sistema de monitorização da pressão de pneus
Pneu sobressalente com jante em aço