Mini Cooper D 1.5 116 cv Auto
Mini
3 Portas
Cooper D 1.5 116cv Auto
2014
Utilitários
3
Dianteira
1.5 Diesel
116/4000
204
9,2
99
25 910/34 890
Dinâmica, Imagem, Qualidade de construção
Preço, Equipamento de série, Conforto
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 204 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,5 |
0-400 m | 16,8 |
0-1000 m | 31,3 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 5,7 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 7,9 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 35,4 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,4 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,1 |
Cidade | 6,6 |
Média ponderada (*) | 5,86 |
Autonomia média ponderada (km) | 751 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1320 |
Largura atrás | 1230 |
Comprimento à frente | 1110 |
Comprimento atrás | 600 |
Altura à frente | 1040 |
Altura atrás | 930 |
A reinterpretação moderna no icónico Mini foi, em 2001, um sucesso tão grande, que superou as melhores expectativas da própria BMW. Inicialmente associado a motores de origem Chrysler e disponível em poucas versões e derivações de carroçaria, rapidamente se começou a diversificar. Recebeu, na geração nascida em 2006, motores PSA, com vários níveis de potência, uma versão Clubman e, mais tarde, nasceram as carroçarias Coupé, Cabriolet, Countryman e Paceman. Nesta altura, tudo o que fosse Mini, significava sucesso. Graças a isto, o Mini manteve-se praticamente inalterado, na essência, durante 13 anos. A sua renovação teria sempre de ser operada com pinças, para não defraudar os muitos entusiastas da marca. As expectativas sobre o nova geração do Mini, denominada internamente como F56, eram, portanto, muito elevadas.
A BMW começou por pegar na mesma plataforma do Série 2 Active Tourer e seguiu uma abordagem estilística colada à do seu antecessor, permitindo que qualquer pessoa identifique este como o “novo Mini”. Não é preciso ser muito atento para perceber que esta geração cresceu em todos os sentidos, mas os números não deixam dúvidas: são mais 98 milímetros em comprimento, 44 milímetros em largura, 7 milímetros em altura,sendo que a distância entre eixos cresceu 28 milímetros e as vias dianteiras e traseiras estão, respectivamente, 42 e 34 milímetros mais largas.
No habitáculo, as maiores dimensões exteriores sentem-se, como seria expectável. O condutor fica bastante mais afastado do pára-brisas, há mais espaço em largura e os passageiros já não precisam de cortar as pernas para ocupar o banco traseiro. A capacidade da bagageira cresceu 51 litros, mas continua a não ser propriamente uma referência. Dá para uma semana de férias a dois, quando anteriormente apenas chegava a um fim-de-semana. Ainda dentro do Mini, é inegável que a qualidade de todos os materiais subiu uns quantos degraus. Toda a zona superior do tablier é agora revestida num material bastante agradável ao toque, nunca chega a haver plásticos medíocres e os pilares A receberam um revestimento em tecido.
Já o desenho consegue criar uma mescla de sentimentos. O foco continua a estar no mostrador central, que agora apenas agrega as funções do sistema multimédia, seja ele qual for, tendo o velocímetro passado para a coluna de direcção. É mais ergonómico, de facto, mas o seu desenho completamente banal afasta-o bastante da cultura Mini. Felizmente, os botões semelhantes aos dos aviões mantiveram-se e aqueles que comandam os vidros e fecho das portas passaram para o lugar onde sempre deveriam ter estado: nas portas, precisamente.
Totalmente Mini continua a ser a posição de condução, com uma enorme variedade de regulações e um volante quase na vertical, permitindo ao condutor conduzir de pernas esticadas e braços flectidos, como num bom desportivo. Vamos um pouco mais altos, é verdade, mas isso é compensado pela presença dos excelentes bancos desportivos, algo que a anterior geração nunca conseguiu oferecer, a não ser com as bacquets Recaro.
Uma das novidades da geração F56 do Mini é o surgimento de motores três cilindros, como é o caso desta versão Cooper D, motorizada pelo bloco de 1,5 litros de capacidade e 116 cv. Ainda que surpreendentemente contido para um motor de arquitectura “imperfeita”, é sempre perceptível que o capot esconde um tricilíndrico, principalmente pelos níveis de vibração sentidos no piso e na coluna de direcção. Em andamento, tal facto desvanece-se um pouco, até porque a imensa disponibilidade do motor nunca nos obriga a utilizar os regimes menos favoráveis aos blocos de menor dimensão. No entanto, neste aspecto, a caixa automática de seis velocidades não é a sua maior aliada, já que demora muito tempo a “embraiar” sempre que a velocidade é reduzida, deixando-nos perceber em demasia os movimentos da cambota. No mais, há que destacar a sua enorme suavidade de funcionamento e mais do que suficiente rapidez para um motor com estas características. Não sendo perfeita, a troco de 1800 euros, a caixa automática acaba por tornar a condução do Mini bastante mais fácil e, dessa forma, fá-lo chegar a um maior leque de potenciais clientes.
Uma das maiores críticas de que o Mini dos tempos modernos sempre foi alvo recaía sobre a afinação demasiado firme da sua suspensão, que o tornava, em algumas versões, um martírio para as costas dos seus ocupantes. A nova geração atenua, mas não resolve o problema. Sem suspensão pilotada e com jantes de 17”, o Mini é um automóvel firme, podendo estar no limiar do desconfortável para alguns. O ideal será optar pelo amortecimento pilotado e/ou escolher jantes mais pequenas. Vale-se, contudo, pela excelente solidez de todo o conjunto.
No polo oposto sempre esteve a dinâmica, grande responsável pelo enorme sucesso referido no início do texto. Muitas vezes comparado a um kart, o primeiro Mini do século XXI era um automóvel extremamente divertido de conduzir, pela forma ágil como o chassis devorava traçados sinuosos, coadjuvado por uma direcção extremamente directa e informativa. Como reverso da medalha, algumas reacções eram algo intempestivas, capazes de provocar sustos nos mais incautos. A geração F56 continua a ser, simplesmente, Mini. Quer isto dizer que a maior distância entre eixos e maior largura de vias, juntamente com todos os novos apoios da suspensão e afinação menos firme tornaram o Mini muito mais benigno, mas sem abandonar a excelência. A direcção electro-mecânica, com servotronic de série, continua a ser brilhante, assim como o controlo de todos os movimentos da carroçaria. A curva aproxima-se, o pé direito, ou esquerdo, ataca o pedal travão, aponta-se a frente e deixa-se a traseira rodar ligeiramente, para logo se reacelerar e aproveitar a boa motricidade do eixo dianteiro. Não há, no segmento, nenhum automóvel que possa ser conduzido desta forma. Mas é nesta altura que damos por nós a pedir mais motor, já que o pequeno Diesel acaba por saber a pouco e a caixa automática também não tem um comportamento particularmente entusiasmante. Dirão alguns que esse é o papel do Cooper S e eu, em parte, concordo. Aqui, saúda-se antes a facilidade de condução, já que os consumos não são especialmente frugais, principalmente em cidade. Medidos 6,6 l/100 km em ciclo urbano, o que o coloca bem acima de alguns automóveis do segmento superior, com motores de características semelhantes.
Economia é uma palavra vã quando nos referimos a um Mini, tenha, ou não, um motor poupado. A opção pelo utilitário inglês implica sempre uma lista de equipamento de série que nem chega a ter o essencial, o que obriga, naturalmente, a recorrer à extensa, e onerosa, lista de equipamento opcional. Os 25 910 euros pedidos por um Cooper D Auto até podem não parecer escandalosos, mas facilmente se acrescentam uns milhares a este valor. No caso, são precisos 34 890 euros para configurar uma unidade igual à que observar nas fotos, o que já pode fazer pensar em automóveis de outros segmentos. Haverá, no entanto, quem argumente que é o preço a pagar pela exclusividade e qualidade de alguns equipamentos e soluções.
Dissertações económicas de lado, o Mini está incomparavelmente mais evoluído, sem ter perdido nada da sua irreverência, fazendo dele uma solução muito mais capaz de funcionar como um automóvel para todas as situações.
Motor | |
Tipo | 3 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1496 |
Diâmetro x curso (mm) | 84,0×90,0 |
Taxa de compressão | 16,5:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./12 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 116/4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 270/1750-2250 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbo VTG+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 3821/1727/1414 |
Distância entre eixos (mm) | 2495 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1501/1501 |
Jantes – pneus (série) | 5 1/2Jx15″ – 175/65 |
Jantes – pneus (instalados) | 7Jx17″ – 205/45 (Michelin Primacy 3) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1225 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,56 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 211-731/44 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | Automática 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência electro-hidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 10,8 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 24 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Indicador da pressão dos pneus
Ar condicionado manual
Computador de bordo
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Rádio Mini Boost+4 altifalantes+entradas USB/Aux
Vidros eléctricos FR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Jantes de liga leve de 15″
Faixas Capot em Preto (€120)
Câmara traseira (€350)
Vidros com proteção solar (€290)
Sistema ISOFIX (€90)
Forro do teto em antracite (€170)
Design Interior Dark Cottonwood MINI Yours: Superficie Interior Dark Cottonwood; MINI Excitement Package; Pack de luzes (€400)
JLL Tentacle Spoke Silver 17″ 205/45R17 (€620)
Pack assistente de estacionamento:Sensores estacionamento dianteiros/traseiros; Assistente de estacionamento; Traffic Information; (€790)
Pack Wired: Volante multifunções; Apoio de braços frontal; Sistema de navegação Professional; Bluetooth Avançado; Mini Connected; Mini Connected XL; (€1750)
Pack Chili: Pack espelhos retrovisores exteriores; Tapetes; Banco do Passageiro Ajustável em Altura; Bancos dianteiros desportivos; Pacote compartimentos arrumação; MINI Driving Modes; Sensores de Chuva e de luz; Ar condicionado automático; Cruise Control com função de travagem; Computador de bordo; Pack de luzes; (€2600)
Luzes de nevoeiro em LED (€100)
Faróis LED (€750)