Renault Clio 0.9 tCe 90 cv S&S Luxe
Renault
Clio
0.9 tCe 90 cv S&S Luxe
2014
Utilitários
5
Dianteira
0.9
90/5250
182
12,2
105
16 500/17 770
Equipamento, Dinâmica, Consumos aceitáveis
Qualidade geral inferior à da geração anterior, prestações do motor
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 182 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 13,3 |
0-400 m | 18,9 |
0-1000 m | 34,5 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 7,6 |
Em 4ª | 10,8 |
Em 5ª | 15,6 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 13,8 |
Em 5ª | 22,9 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 37 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,2 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,8 |
Cidade | 6,0 |
Média ponderada (*) | 5,6 |
Autonomia média ponderada (km) | 804 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1360 |
Largura atrás | 1330 |
Comprimento à frente | 1080 |
Comprimento atrás | 640 |
Altura à frente | 970 |
Altura atrás | 910 |
Numa altura em que o número de rivais directos não pára de crescer – vem aí o novo Opel Corsa e o Skoda Fabia “aterrou” agora mesmo -, importa cada vez mais revisitar o Renault Clio, aqui testado com o seu motor a gasolina mais “apetecível”, o 0.9 tCe com 90 cv, e dotado de uma versão de equipamento Luxe – a pseudo-versão topo-de-gama para o utilitário francês se descontarmos a existência da GT, que é uma espécie de versão de equipamento mais orientada para um visual desportivo.
Rever o Renault Clio é rever um utilitário excelente em inúmeros aspectos, quase todos relacionados com a experiência de condução. Muito se falou sobre a descida na qualidade dos materiais utilizados no interior, o que não deixa de ser um aspecto negativo já que cada nova geração deve melhorar, e não piorar, o que tem; tirando isso, o utilitário francês exibe-se com um motor relativamente poupado, ainda que lento, um interior moderno e, como já referido, uma experiência de condução referencial no segmento.
Comecemos exactamente por aí: a dinâmica excepcional. O Clio recorre a uma cremalheira substancialmente mais leve e rápida do que a anterior geração e, apesar de exibir uma artificialidade característica, é fidedigna e progressiva na resposta. Melhor ainda, e talvez interesse mais para o “palco” principal do Clio, a nova direcção torna possível fazer uma boa parte do trânsito urbano com pouco mais que meia volta de volante, tornando-se possível conduzir de forma exemplarmente fluída e sempre com as mãos às “nove horas e um quarto”. Falta alguma progressividade ao pedal de travão, é certo (o ataque inicial está muito “à flor” do pedal), mas o conjunto caixa-embraiagem e acelerador têm uma acção natural e progressiva, a caixa ligeiramente arcaica na resistência à passagem de caixa, mas com um tacto mecânico e à prova de “prego”. O modo “Eco”, acessível através de um botão à frente do travão de mão, funciona como uma espécie de placebo ao limitar a resposta do acelerador e ao castrar o funcionamento do ar condicionado, tornando ainda mais “frágil” o processo de ponto de embraiagem – o motor 0.9 tCe tem uma ligeira curva de aprendizagem que tem de ser ultrapassada até se conseguir conduzir de uma forma normal em cidade. A diferença, em termos de consumos é nula, especialmente se, tal como no modo “Eco”, desligar o ar condicionado…
Fora da cidade, os mesmos predicados: a mesma direcção que tão bem funciona em ambiente urbano, quando em velocidades de auto-estrada, exibe uma inserção em curva feita de forma praticamente telepática; inserção essa que também deve algum crédito ao trabalho de amortecimento que, em poucas palavras, é muito bom, apenas rivalizado pelo do VW Polo que oferece um acerto ligeiramente mais confortável. O rolamento de carroçaria do Clio é extremamente contido, a resistência à subviragem é elevada, e, apesar do ESP indesligável, o Clio oferece bons momentos de condução e uma traseira com algum grau de ajuste.
O motor 0.9 tCe de 90 cv tem start/stop e apresenta um nível de emissões de CO2 abaixo das 100 g/km. É um motor que gosta de rodar (a potência máxima surge às 5250 rpm) e está acoplado a uma caixa manual de cinco velocidades, mas… é inacreditavelmente lento para a potência que tem. Os mais de 13 segundos que compõe o processo de arranque 0-100 km/h parecem uma eternidade, e as recuperação 80-120 km/h, então, parecem afundar-nos num buraco espaço-temporal. Salva-o uma média de consumo de 5,5 l/100 km que, para um motor a gasolina, é um valor bastante aceitável.
Face à versão de equipamento Dynamique S, a Luxe oferece um visual com pormenores em preto no interior e no exterior, retrovisores com rebatimento eléctrico, ar condicionado automático (o da Dynamique S é manual), volante em couro, jantes de 16″ e a possibilidade de se adquirir o sistema R-Link por mais €590, (tem informação de trânsito em tempo real e um sem-número de aplicações). Tudo somado, ultrapassa, por muito, o custo de 1200 euros a que o upgrade obriga. E como aquilo que acrescenta tem toda a validade, das escolhas estéticas, passando pelo volante em couro (muito superior) e terminando no ar condicionado automático, não há dúvida de que a Luxe, apesar de dispendiosa, é a versão de equipamento a escolher quando se compra um Clio. Resta saber que tipo de campanhas fará agora a marca para combater o preço ultra-competitivo do Opel Corsa 1.0 Turbo 115 cv Cosmo que, pelo mesmo preço, oferece um motor incomensuravelmente superior e equipamento em barda…
Motor | |
Tipo | 3 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 898 |
Diâmetro x curso (mm) | 72,2×73,1 |
Taxa de compressão | 9,5:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./12 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 90/5250 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 135/2500 |
Alimentação | injecção directa |
Sobrealimentação | turbocompressor |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4062/1732/1448 |
Distância entre eixos (mm) | 2589 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1506/1506 |
Jantes – pneus | 6×16″ – 195/55 (Michelin Energy Saver) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1084 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 11,7 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 300/45 |
Transmissão | |
Tracção | Dianteira |
Caixa de velocidades | Manual de 5+m.a. |
Direcção | |
Tipo | Cremalheira com assistência eléctrica variável |
Diâmetro de viragem (m) | 10,6 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (258) |
Traseiros (ø mm) | Tambores (203) |
Suspensões | |
Dianteira | McPherson |
Traseira | Barra de torção |
Barra estabilizadora frente/trás | não/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 5 anos/150 000 km (2 primeiros anos sem limite de km) |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km/2 anos |
Airbags dianteiros
Airbags laterais dianteiros
Sistema de assistência ao arranque em subida
Controlo de tracção e controlo de estabilidade
Cruise-control
Fixações Isofix nos bancos traseiros e no banco do passageiro dianteiro
Pára-choques dianteiro e traseiro na cor da carroçaria
Jantes de alumínio 16″ Passion
Kit antifuro
Barras de tejadilho em cromado acetinado
Bancos em tecido acolchoado carbono escuro e inserções em tecido cinza com serigrafia
Acabamentos em preto brilhante no volante, ventiladores, selector da caixa de velocidades,
e frisos interiores das portas dianteiras
Acesso sem chave
Direcção assistida eléctrica e variável
Volante em couro regulável em altura e profundidade
Indicador de mudança de velocidade
Faróis de nevoeiro
Sensores de luz e chuva
Luzes diurnas LED
Faróis de halogéneo
Retrovisores exteriores eléctricos + aquecidos + sonda de temperatura + rebatíveis electricamente
Ar condicionado automático com filtro de habitáculo
Sistema Media Nav + ecrã 7″ táctil + navegação + Bluetooth + entradas USB e Aux
Sistema de trancamento automático das portas em movimento
Tomada 12 V
Sistema R-Link + tablet multimédia com ligação Internet + ecrã táctil 7″+ comandos por voz + navegação TomTom + streaming de áudio + Bluetooth + entradas USB e Aux + processador de som Auditorium «3D» by Arkamys (€590)
Sensores de estacionamento traseiros (€120)
Pneu suplente (€70)
Jantes 16″ em cor preta (€90)
Pintura metalizada (€400)