Audi TT Coupé 2.0 TDI ultra
Audi
TT Coupé
2.0 TDI ultra
2015
Coupés
2
Dianteira
2.0 Diesel
184/3500-4000
237
7,3
114
48 420/55 700
Comportamento ágil e eficaz, Travagem, Prestações, Consumos, Qualidade geral, Virtual Cockpit, Preço competitivo
Lugares traseiros de recurso, Capacidade da mala
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 235 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 6,9 |
0-400 m | 15,0 |
0-1000 m | 27,2 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | 3,6 |
Em 4ª | 5,1 |
Em 5ª | 7,8 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 5,2 |
Em 5ª | 6,9 |
Em 6ª | 9,1 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 32,9 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,0 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,2 |
Cidade | 6,5 |
Média ponderada (*) | 5,74 |
Autonomia média ponderada (km) | 871 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1380 |
Largura atrás | 1230 |
Comprimento à frente | 1090 |
Comprimento atrás | 550 |
Altura à frente | 1000 |
Altura atrás | 780 |
Faz parte da história recente do automóvel a pedrada no charco que foi o lançamento do primeiro Audi TT. Desde esse ano de 1998, muito mudou no mundo, no sector e, por consequência, na postura do próprio modelo. Hoje, o desportivo da Audi já não se imporá pela estética tão original e disruptiva, mas também há que reconhecer-lhe que a actual geração é, sem dúvida, a melhor do seu historial, em termos absolutos como, mais importante, relativos – isto é: por comparação com os seus potenciais competidores.
O que também se alterou significativamente neste hiato temporal foram as próprias preferências do consumidor (mormente o europeu) relativamente às motorizações. O que, à época, tenderia a ser considerado uma heresia (equipar coupés desportivos, descapotáveis e roadsters com motores Diesel), é hoje praticamente condição sine qua non para boa parte destas propostas poder aspirar ao êxito no Velho Continente. Por tudo isto, e por emocionantes que sejam as variantes TFSI do Audi TT, compreende-se seja a versão a gasóleo aquela que de maior importância se reveste para a sua carreira comercial no mercado luso. E poucas dúvidas restarão quanto à pertinência de avaliar o novo Audi TT Coupé 2.0 TDI ultra.
Visualmente, nada de relevante distingue o TT Coupé a gasóleo dos seus irmãos a gasolina. Com o passar do tempo, terão diminuído tanto os que se disporiam a adquirir o modelo apenas pelo seu impacto visual, como os que, pelo mesmo motivo, se recusariam a fazê-lo. Sem passar, propriamente, despercebido, e longe de o seu design poder ser considerado banal, o novo TT é, muito provavelmente, o mais consensual de sempre neste particular, primando pela aparência dinâmica, agressiva, mas bastante elegante e fluída, e na linha do que é a actual linguagem estilística do seu construtor.
Raciocínio semelhante aplica-se ao habitáculo. Qualidade perceptível e efectiva estão no mesmo patamar, o que é o mesmo que dizer que esta é uma das referências do mercado na sua categoria. Materiais e acabamentos de nível superior conjugam-se com uma correcta ergonomia e uma decoração primorosa para criar um excelente ambiente a bordo, em que se destaca o já célebre Virtual Cockpit da Audi, o painel de instrumentos totalmente digital, com diversas opções de configuração e personalização, e legibilidade praticamente irrepreensível.
Na frente, o posto de condução é perfeito (menção para os excelentes bancos desportivos incluídos no opcional pacote S line) e o espaço disponível correcto para uma proposta deste género. Já os lugares traseiros, de tão exíguos, são pouco mais do que simbólicos – é certo que, em determinadas circunstâncias, mais vale tê-los do que não tê-los, mas, no caso em apreço, o seu uso não se recomenda se não em situações muito eventuais, ou a crianças de tenra idade. Por isso, as mais das vezes, serão mais úteis, por exemplo, para rebater e incrementar a capacidade da mala, que não vai além dos 280 litros na sua configuração normal.
Mais do que defeitos, estas são características que não se estranham num coupé de dois lugares de vocação desportiva com pouco mais de quatro metros de comprimento. Importante será, por isso, avaliar o seu desempenho dinâmico, e o que com o mesmo se relaciona. A começar pelo motor, desenvolvido a partir do conhecido bloco de quatro cilindros e 1968 cc, aqui na sua versão de 184 cv.
Mal se acciona a ignição, destaca-se o bom trabalho realizado pelos técnicos germânicos tanto na insonorização do habitáculo como no ruído de funcionamento do próprio motor. Ao ralenti e a baixo regime praticamente não se faz ouvir no interior, e em situações de maior exigência, sobretudo com o modo de condução mais dinâmico seleccionado, o que se ouve é uma sonoridade bem mais grave e encorpada do que o habitual, agradável até.
Uma vez em marcha, volta a estar patente o refinamento desta unidade motriz, com uma boa resposta às solicitações do acelerador mesmo a baixa velocidade e a partir de regimes de funcionamento bastante baixos. Os consumos são, simplesmente, soberbos a velocidades estabilizadas e quando se adoptam ritmos moderados; e mesmo quando é total o desprezo pelo pedal da direita, não é fácil superar os 12,0 l/100 km de média, sendo que, na generalidade dos casos, uma condução já bem dinâmica deverá traduzir-se em médias na ordem dos 10,0 l/10 km.
O fulgor deste motor, em conjunto com uma caixa de velocidades bem escalonada (senhora, ainda, de um comando precioso, pela sua rapidez, precisão e suavidade) e com uma estrutura que muito beneficiou com um uso extensivo de alumínio no châssis e na carroçaria (traduzido num peso abaixo dos 1400 kg), tem correspondência, igualmente, nas prestações. Mais do que a velocidade máxima de 237 km/h (que não deixa de impressionar), sobressai a capacidade de aceleração do TT Coupé 2.0 TDI ultra, seja nos arranques (menos de sete segundos nos 0-100 km/h), seja nas recuperações.
Aliando a estes factores as suspensões muito bem afinadas, e temos um dos melhores, se não mesmo o melhor, coupé desportivo a gasóleo do momento. A direcção precisa permite tirar pleno partido da excelente motricidade do trem dianteiro, sendo com invejável facilidade que o TT Coupé 2.0 TDI ultra se deixa conduzir depressa mesmo quando nas mãos menos sabedoras. Todas as reacções primam pela honestidade e previsibilidade, e, nos limites, o autoblocante electrónico ajuda a reduzir substancialmente a tendência para a subviragem.
Quando sujeito a uma condução realmente empenhada, este TT também não faz má figura, embora a preocupação em tornar sua condução tão acessível, em detrimento da eficácia pura, não faça dele um desportivo particularmente envolvente. Se é um facto que tudo o que faz, faz minimamente bem, não o é menos que também não há, nesta área, nada em que deslumbre. Ainda assim, inibindo o funcionamento do controlo de estabilidade desligado (o ESP é totalmente desligável), não é assim tão difícil fazer rodar a traseira e, deste modo, usufruir de uma agilidade extra.
Para os mais puristas, isto poderá parecer uma vitória do pragmatismo sobre a emoção; da racionalidade sobre a eficácia pura. Mas a verdade é que, contas feitas, dificilmente se encontra nesta categoria uma proposta tão equilibrada e completa quanto o Audi TT 2.0 TDI ultra. Qualidade referencial, prestações de excepção, consumos de referência, comportamento eficiente e acessível à maioria, e um conforto que não deixa de ser apreciável para um desportivo, juntam-se a um preço abaixo dos 50 mil euros para tornar este um automóvel mais do que apetecível para o cliente tipo deste segmento. Para mais, o equipamento de série é bastante completo, sendo que, dos opcionais instalados na unidade testada (totalizando mais de 17 mil euros) são recomendáveis o pacote S line para os amantes de um carácter mais desportivo, se possível combinadas com as jantes de 19” com pneus 245/35.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1968 |
Diâmetro x curso (mm) | 81,0×95,5 |
Taxa de compressão | 15,8:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 184/3500-4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 380/1750-3250 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbocompressor VGT+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4177/1832/1355 |
Distância entre eixos (mm) | 2505 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1572/1552 |
Jantes – pneus (série) | 7 1/2Jx17″ – 225/50 |
Jantes – pneus (instalados) | 9Jx19″ – 245/35 (Hankook Ventus S1Evo2) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1360 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 7,39 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 280/50 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 14m,60 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (n.d.) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, tipo MacPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 4 anos ou 80 000 km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km ou 12 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Bancos dianteiros reguláveis em altura
Bancos dianteiros desportivos
Banco traseiro rebatível 50/50
Volante desportivo em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Rádio com leitor de CD/mp3
Audia Media Interface
Pacote Connectivity
Vidros eléctricos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos
Aplicações em alumínio
Sensores de estacionamento traseiros
Travão de estacionamento eléctrico
Faróis de Xénon Plus
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de pneus
Kit de primeiros socorros
Pacote desportivo S line (€2795 – inclui: jantes de liga leve de 18″ com pneus 245/40; suspensão desportiva; bancos desportivos com apoio lombar eléctrico; bancos em pele/tecido; aplicações em alumínio escovado; volante desportivo de três braços; pedaleira em alumínio; embaladeiras com logo S line; logo S line nas cavas das rodas dianteiras)
Jantes de liga leve de 19″ com pneus 245/35 (€1095)
Retrovisor interior electrocromático (€295)
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente (€390)
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros (€455)
Sistema de navegação plus com MMI touch (€2250)