DS 4 CrossBack 2.0 BlueHDi 180 Sport Chic
DS
4 Crossback
2.0 BlueHDi 180 Sport Chic
2015
Familiares compactos
5
2.0 Diesel
180/3750
205
9,3
115
40 293/41 193
Motor, Prestações, Consumos, Aparência exterior cativante, Ambiente interior acolhedor, Equipamento
Caixa automática "indecisa", Direcção "vaga", Nulas aptidões "TT", Vidros traseiros fixos
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 205 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 9,1 |
0-400 m | 16,8 |
0-1000 m | 30,1 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 4,9 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 6,2 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 36,2 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,2 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,5 |
Cidade | 7,4 |
Média ponderada (*) | 6,38 |
Autonomia média ponderada (km) | 940 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1420 |
Largura atrás | 1370 |
Comprimento à frente | 1110 |
Comprimento atrás | 730 |
Altura à frente | 930 |
Altura atrás | 910 |
A passagem da DS de uma espécie de divisão de luxo da Citroën a marca autónoma dentro do Grupo PSA não se traduziu, ainda, num produto completamente novo, antes tem versado a actualização dos modelos já anteriormente existentes no seu portfólio. Pelo que acaba por ser o DS 4 Crossback (aqui analisado na sua mais dotada variante Diesel 2.0 BlueHDi de 180 cv , dotado do nível de equipamento de topo Sport Chic), para já, a proposta mais original da nova marca gaulesa, ainda que, na prática, mais não seja do que uma versão do renovado DS 4 com um ar mais versátil e irreverente.
Não que isso seja, em si mesmo, criticável. Muito pelo contrário. A aparência exterior cativante acaba mesmo por ser um dos principais trunfos do Crossback, destacando-se, neste particular, a altura ao solo 30 mm mais elevada; o pára-choques dianteiro exclusivo, com moldura inferior preta e aplicações em preto; as abas dos guarda-lamas e as caixas dos retrovisores também em preto; as barras do tejadilho; e os logos específicos. Tudo se conjugando para um resultado final feliz, que a poucos deixa indiferente – para tal contribuindo, igualmente, o vistoso laranja em que estava pintada a carroçaria da unidade ensaiada.
O ambiente a bordo também é bastante agradável, graças a uma escolha de materiais suficientemente criteriosa, e ao rigor dos acabamentos, em ambos os casos de acordo com a postura mais exclusivista da DS e dos seus modelos. Para este resultado concorrem ainda a bem conseguida decoração; o pára-brisas panorâmico a 45°, capaz de proporcionar uma visibilidade e uma luminosidade interiores invulgares; os tapetes e as soleiras das portas exclusivos; e os confortáveis bancos, capazes, até, na dianteira, de oferecer um apreciável encaixe.
Por oposição, a habitabilidade está longe de ser generosa, em particular atrás. Aliás, no DS 4 Crossback, são mesmo os ocupantes traseiros os que mais são penalizados por algumas opções conceptuais, no mínimo, perfectíveis, como sejam o acesso melhorável aos respectivos lugares, ou a impossibilidade de abrir os vidros traseiros. Menos mal que quem aí viaja se senta num plano mais elevado do que o habitual, assim usufruindo de uma visibilidade para o exterior, também ela, superior ao normal.
Sob o capot do “nosso” DS 4 Crossback estava montado o (re)conhecido motor 2.0 turbodiesel de 180 cv e 400 Nm, só possível de combinar com a caixa automática de seius velocidades de origem Aisin. Refinado, suficientemente suave e silencioso, prima por uma excelente resposta e pela sua enorme disponibilidade num amplo leque de regimes, o que tem óbvias consequências em termos de agrado de utilização e prestações. Os consumos também são dignos de nota, em especial a velocidades estabilizadas e moderadas, já que, quando não há cuidados de maior com o pé direito, também não é difícil que as médias se aproximem dos 9,0 l/100 km.
A caixa automática acaba por contribuir de forma positiva para este resultado, sendo ainda digno de menção o seu funcionamento suave e, as mais adas vezes, minimamente rápido, em particular no modo Sport, bem ajustado a ritmos mais dinâmicos. Contudo, quando sujeita às exigências dos condutores realmente empenhados, exibe alguns atrasos e hesitações que convém contornar através do recurso ao comando manual sequencial, infelizmente disponibilizado apenas pela respectiva alavanca – sendo esta uma das situações em que mais se sente a falta de patilhas no volante.
De qualquer modo, e não obstante uma direcção algo vaga (demasiado pesada a baixa velocidade, excessivamente leve a alta velocidade), a condução deste DS 4 Crossback 2.0 HDi acaba por se mostrar interessante, por via de um comportamento eficaz, caracterizado por reacções, na sua maioria, honestas e previsíveis. Já quem pretender praticar uma condução mais exigente deverá levar em linha de conta um trem dianteiro que exibe algumas dificuldades em lidar com o generoso binário disponibilizado pelo motor, patentes no efeito de torque steering (a exigir alguma firmeza no segurar do volante nas acelerações mais impetuosas à saída das curvas) e nas carências de motricidade que levam o ESP (desligável apenas abaixo dos 50 km/hj) a actuar com excessiva frequência.
Também não se recomenda o DS 4 Crossback a quem pretenda embrenhar-se por outros terrenos que não o asfalto. Apesar do look exterior, do ligeiro aumento da altura ao solo e da presença do Intelligent Traction Control (controlo de tracção que visa tirar o máximo partido da roda motriz com maior motricidade nas situações de aderência mais reduzida, por sinal presente também no DS 4 “normal”), as próprias jantes de 18”, com pneus 225/45, pouco mais permitem do que subir passeios ou circular por estradões de terra não muito exigentes. Dúvidas houvesse, veja-se que até a escolha de pneus (uns performantes Miclhelin Pilot Sport 3) prova que o principal destino do modelo é mesmo o alcatrão, de preferência liso.
O conforto, esse, é de bom nível na maioria das situações, pese embora o eixo semi-rígido traseiro não seja dos melhores a lidar com o mau piso, e em especial com as irregularidades de alta frequência, situação em que o DS 4 Crossback tende a tornar-se algo “saltitão” e, por consequência, a chocalhar quem segue a borbo – voltando a ser os passageiros traseiros os mais prejudicados. A rever, ainda, a insonorização, nitidamente aquém do conhecido de outros modelos que utilizam este mesmo motor (como o 508 ou o 308), e permitindo que não só a sua sonoridade a alto regime, como o próprio ruído de rolamento, invadam o habitáculo.
Assim sendo, e por nada de significativo acrescentar ao modelo que lhe serve de base, a aparência exterior atraente e original acaba mesmo por ser o elemento mais marcante do DS 4 Crossback. O preço também não é dos mais competitivos, embora haja que reconhecer que ao mesmo surge aliado um equipamento de série muito generoso, que nesta versão de topo inclui tudo o que se pode exigir a este nível, e até um pouco mais. Algo que, todavia, é válido para qualquer outro membro da família do novo DS 4.
Motor | |
Tipo | 4 cilindros em linha Diesel, long., diant. |
Cilindrada (cc) | 2143 |
Diâmetro x curso (mm) | 83,0×99,0 |
Taxa de compressão | 16,2:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 204/3800 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 500/1600-1800 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | Turbocompressor VGT+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4686/1831/1405 |
Distância entre eixos (mm) | 2840 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1563/1546 |
Jantes – pneus (série) | 7Jx17″ – 225/50 |
Jantes FR-TR (instaladas) | 7 1/2Jx19″ – 8 1/2Jx19″ |
Pneus FR-TR (instalados) | 225/40 – 255/35 |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1645 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 8,06 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 400/66 |
Transmissão | |
Tracção | traseira |
Caixa de velocidades | automática de 9+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 11,22 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (318) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (300) |
Suspensões | |
Dianteira | Multilink com amortecimento adaptativo |
Traseira | Multilink com amortecimento adaptativo |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 30 anos (se assistência realizada na marca) |
Intervalos entre manutenções | 25 000 km (ou 24 meses) |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida
Sistema de monitorização do ângulo morto
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulação em altura+apoio lombar
Banco rebatível 60/40
Pedaleira em alumínio
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Acesso+arranque mãos-livres
Auto-rádio com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 7″+6 altifalantes+tomadas Aux/USB
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Vidros eléctricos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Pára-brisas panorâmico
Pack Conectividade (inclui: sistema de navegação+DS Connect Box)
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Sensor de luz+chuva
Faróis de Xénon+LED direccionais
Faróis de nevoeiro por LED
Jantes de liga leve de 18″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Barras de tejadilho
Sobressalente de emergência
Pintura metalizada (€500)
Câmara de marcha-atrás (€400)