Vhils, Seat e Arona pioneiros do novo MARCC de Cascais
A criação de Vhils, desenvolvida a partir do desafio lançado pela Seat, de construir e partilhar a sua visão do Arona, é a primeira obra do futuro Museu de Arte Urbana e Contemporânea de Cascais (MARCC), onde pode ser já vista. A peça, assinada pelo artista urbano Alexandre Farto, assenta na premissa de que a arte pode estar em todo o lado, inclusive em qualquer elemento no espaço urbano, tendo na sua concepção sido utilizadas técnicas pioneiras: necessitou de seis meses para planeamento e concepção, envolveu o uso de quinze toneladas de cimento e foi criada através de um molde composto por ferro, EPS, silicone e fibra de vidro – só a produção do molde levou seis semanas e envolveu uma equipa de oito pessoas na sua construção.
Segundo Vhils, “a ideia foi conceber uma peça inspirada no design do Arona, que fosse capaz de eternizar no tempo os elementos únicos que foram pensados para esta linha de veículos. Queria, de algum modo, eternizar o automóvel enquanto objecto, com as suas linhas de design intemporais. É uma obra que eu espero possa ser redescoberta daqui a cem anos quase como um fóssil, um artefacto da sociedade contemporânea em que vivemos, capaz de levar a uma reflexão sobre a nossa condição actual, sobre o momento de desenvolvimento humano de hoje”. Já Teresa Lameiras, Directora de Marketing e Comunicação da Seat, destaca: “Temos um historial de ligação às artes, especialmente ao design, característica intrínseca da marca. Esta ligação foi evoluindo até chegar a um diferente estilo de design: a arte urbana. Depois de, há três anos, numa parceria feita com Pedro Pires, a Solid Dogma e Alexandre Farto, termos homenageado Cascais através de uma escultura que imortaliza a figura típica do pescador, agora, esta nossa parceria com o Vhils resultou numa peça de 15 toneladas, que ficará exposta em permanência nesta vila”.