Skoda ao ataque: novos Superb, Superb iV e Citigoe iV
Momento marcante hoje protagonizado pela Skoda, que, por ocasião dos quartos de final do Campeonato de Mundo de Hóquei no Gelo, apresentou, de uma assentada, nada menos do que a nova geração do seu topo de gama Superb, a sua derivação Superb iV (o seu primeiro híbrido plug-in) e o Citigoe iV (o seu primeiro automóvel de propulsão exclusivamente eléctrica). A entrada inequívoca do fabricante checo numa nova fase da sua existência, e na era da mobilidade eléctrica, sendo que já no próximo ano será, igualmente, lançado a sua primeira proposta concebida com base na nova plataforma do Grupo VW destinada a modelos totalmente eléctricos.
Com um visual totalmente renovado, e um interior ainda mais amplo e sofisticado, devido aos novos pára-choques, o novo Superb cresceu, face ao seu antecessor, 8 mm, para um comprimento total de 4869 (6 mm no caso da Superb Break, em que o comprimento passa a ser de 4862 mm), mantendo-se inalteradas a largura, a altura e a distância entre eixos. A capacidade da bagageira continua a ser uma referência para o segmento (625 litros na berlina, 660 litros na carrinha), as principais novidades, no plano estético, assentam nos grupos ópticos dianteiros de novo desenho (sendo o Superb o primeiro Skoda a propor faróis LED Matrix); na grelha redesenhada; na aplicação cromada entre os farolins traseiros; nas aplicações cromadas no habitáculo; nos novos revestimentos dos bancos; e nas costuras contrastantes disponíveis em diversas cores.
Quanto à gama de motores, entre as opções Diesel incluem-se o 1.6 TDI de 120 cv (sempre combinado com a caixa pilotada DSG de dupla embraiagem e sete velocidades); o 2.0 TDI de 150 cv (disponível com caixa manual de seis relações ou DSG7); e o 2.0 TDI de 190 cv (caixa DSG7 de série, tracção integral disponível em opção). Já a oferta de propulsores a gasolina, todos dotados de filtro de partículas, inclui as unidades 1.5 TSI de 150 cv (caixa manual se seis velocidades ou DSG7); 2.0 TSI de 190 cv (caixa DSG7 de série); e 2.0 TSI de 272 cv (caixa DSF e tracção integral de série).
À excepção do mais acessível dos Diesel, todos estes motores podem ser combinados com o nível de acabamentos Sportline, na berlina como na carrinha, o qual inclui elementos como os acabamentos pretos ou escurecidos em diversos locais da carroçaria; a grelha frontal retocada; as jantes de 18”; os faróis dianteiros LED Matrix; a suspensão desportiva, rebaixada 10 mm; os revestimentos em pele e Alcantara dos bancos.
O mesmo acontece com o primeiro híbrido plug-in da casa de Mladá Boleslav, o Superb iV, cujo lançamento está marcado para o início de 2020, e também é proposto nas duas versões de carroçaria. Combina o motor a gasolina 1.4 TSI de 156 cv com a caixa DSG6 e um motor eléctrico de 115 cv, para um rendimento combinado de 218 cv e 400 Nm.
A bateria de iões de lítio está montada sob o piso, à frente do eixo traseiro, o que explica a redução do volume da mala para 485 litros na berlina, e para 510 litros na carrinha. Com 13 kWh de capacidade, garante uma autonomia de até 55 km em modo totalmente eléctrico, já no ciclo WLTP (o que ajuda muito a explicar as emissões de CO2 inferiores a 40 g/km), podendo ser recarregada na totalidade em 3h030m numa wallbox a 3,6 kW.
Pela primeira, a carrinha checa é também proposta numa derivação mais polivalente, naturalmente denominada Superb Scout, disponível exclusivamente com tracção integral. Como é da praxe, as protecções em plástico da carroçaria, e inferiores do châssis, são um dos seus principais elementos distintivos, a que se juntam uma cor exterior laranja exclusiva, a mesma grelha das versões Sportline, as jantes de 18” (de 19” em opção) e uma afinação de suspensão específica – denominada Rough-Road, é caracterizada por um aumento de 15 mm da altura ao solo (sendo o amortecimento pilotado DCC uma opção) e pela adição do modo de condução Off-Road.
A gama de motores inclui apenas as unidades mais potentes a gasolina e Diesel, sempre combinadas com a caixa pilotada DSG de sete velocidades: no primeiro caso, trata-se do 2.0 TFSI de 272 cv e 350 Nm; no segundo, do 2.0 TDI de 190 cv. Já no interior, menção para as aplicações decorativas e imitar madeira, com o logótipo Scout gravado, também presente nos bancos dianteiros aquecidos, revestidos num tecido exclusivo com costuras contrastantes (revestimento em pele e Alcantara, com costuras contrastantes castanhas, em opção); e para os menus adicionais do sistema de infoentretenimento destinados ao fora de estrada.
Por fim, mas não menos relevante, a chegada do Citigoe iV, primeiro modelo totalmente eléctrico do fabricante checo. A animá-lo está um motor elétrico de 83 cv e 210 Nm, alimentado por uma bateria de iões de lítio de 36,8 kWh, capaz de garantir uma autonomia de até 265 km no ciclo WLTP, sendo os 0-100 km/h cumpridos em 1205 segundos. Apto a receber vários tipos de recarregamento, para repor 80% da carga da bateria, o Citigoe iV necessita de uma hora quando ligado a um posto de carga rápida de corrente contínua a 40 kW; de 4h08m quando numa wallbox a 7,2 kW; e de 12h37m quando carregado numa tomada doméstica a 2,3 kW.