Mercedes Vision AVTR: tudo pela conectividade
O CES 2020 foi o local eleito pela Mercedes para revelar o Vision AVTR, protótipo desenvolvido em parceria com a Avatar, uma das mais inovadoras mardcas da indústria do entretenimento. Inspirado no mundo de Pandora, o modelo pretende materializar a visão dos designers, engenheiros e investigadores da marca da estrela, do que poderá ser o seu futuro no domínio da mobilidade, representar uma forma de interacção totalmente nova entre humanos, máquinas e a própria natureza.
O conceito assenta numa experiência do utilizador enquanto elemento central comparável a um organismo simbiótico, e numa forte componente familiar, ou seja, com o Vision AVTR a adaptar-se tanto às necessidades de uma família no seu conjunto, como às de cada um dos seus membros individualmente. Para tal, está apto a reconhecer cada passageiro através do contacto com a mão, pois, ao invés de um volante convencional, o elemento de controlo multifuncional na consola central permite que humanos e máquinas se fundam – ao colocar a mão na unidade de controlo, o interior ganha vida e o veículo identifica o condutor.
Ainda neste domínio, menção para os bancos hápticos, aptos a registar dados vitais, como a respiração do condutor, permitindo ao veículo ajustar o ambiente ao estado emocional tanto de quem o conduz, como de quem nele viaja. Por isso, também é possível aos passageiros fazer uso de diversas funções de modo intuitivo, mediante projecções na palma das suas mãos, ou apreender o ambiente que os rodeia através de ecrãs, com várias opções de perspectiva.
A animar o Vision AVTR estão quatro motores eléctricos (um por roda) de alta performance, com uma potência combinada superior a 475 cv, e os quais, graças a um evoluído sistema de vectorização de binário, no só garantem a tracção integral, como optimizam a dinâmica do veículo às várias condições que este tenha de enfrentar. Por outro lado, como ambos os eixos são direcionais, o Vision AVTR é capaz demover-se lateralmente numa trajectória de cerca de 30°, além de oferecer mais de 700 km de autonomia, graças a uma bateria particularmente potente e compacta, com 110 kWh de capacidade, que prescinde por completo de materiais raros, por basear-se na química orgânica das células de grafeno – sendo todos os seus componentes totalmente recicláveis.