Renault lança Clio E-Tech e Captur E-Tech Plug-in em Bruxelas
O Salão de Bruxelas serviu de palco para a Renault apresentar publicamente os seus dois novos híbridos, Clio E-Tech e Captur E-Tech Plug-In, esperados no mercado nacional em Junho – a que se seguirá, pouco depois, o Mégane E-Tech Plug-in. São os primeiros passos para que, em 2022, o grupo francês possa contar na sua oferta, como planeado, com oito propostas de propulsão totalmente eléctrica, e doze modelos híbridos (convencionais e plug-in).
Como os seus próprios nomes indiciam, e a Absolute Motors teve oportunamente ocasião de noticiar, o Clio E-Tech é um híbrido convencional, o Captur E-Tech Plug-In um híbrido plug-in. Ambos recorrem a tecnologias originalmente desenvolvidas para a Fórmula 1, seja em termos de gestão e regeneração de energia, ou da inovadora caixa de velocidades multimodal com dentes direitos e desprovida de embraiagem, pela primeira vez utilizada em automóveis de produção em série.
É disto exemplo o facto de o motor 1.6 a gasolina atmosférico de ciclo Atkinson (com 140 cv no Clio E-Tech, e 160 cv no Captur E-Tech Plug-In), à semelhança do que ocorre na F1, ser combinado com dois motores elétricos e com uma bateria de iões de lítio. Um deles, mais potente na arquitectura plug-in, é de maiores dimensões e mais poderoso, destinando-se a fazer mover o próprio veículo e a regenerar a energia de travagem/desaceleração; o outro, mais pequeno, funciona como motor de arranque/alternador integrado de alta voltagem, e tem ainda por missão gerir as trocas de mudança da caixa de velocidades mecânica de quatro relações, quer operando o respectivo selector, quer assegurando a sincronização da velocidade de rotação dos seus veios com a do volante do motor. A transmissão será mesmo um dos segredos desta solução, pois, combinando as quatro relações da caixa com as duas eléctricas, a Renault garante a disponibilização de quinze combinações possíveis de relação de transmissão, ao mesmo tempo que dispensa a embraiagem e os sincronizadores, e assegura que o arranque é sempre efectuado no modo 100% eléctrico
Quanto à bateria, conta com 230 Volt e 1,2 kWh no Clio E-Tech, para uma redução do consumo da ordem dos 40%, sendo possível circular em modo eléctrico até aos 70-75 km/h. Já no Captur E-Tech Plug-In, a bateria é 400 Volt e 9,8 kWh, para uma autonomia, em modo exclusivamente eléctrico (em que é possível circular até aos 135 km/h) de 50 km em ciclo misto, já segundo a norma WLTP, mas podendo chegar a 65 km em perímetro citadino. De sublinhar, igualmente, que as motorizações E-Tech Plug-in permitem que, no modo Sport, seleccionável através do sistema multi-Sense, toda a potência, térmica e eléctrica, seja utilizada em simultâneo, para garantir a máxima aceleração.
Visualmente, o Cio E-Tech distingue-se pelo para-choques traseiro específico, pelo logótipo E-Tech colocado no pilar central, no portão traseiro e no punho da alavanca de comando da caixa de velocidades; e pelo botão que acciona o modo eléctrico, em substituição do que permite activar ou iniibir o sistema start/stop nas convecionais variantes animadas por motores de combustão. No caso do Captur E-Tech Plug-In, esperado no mercado nacional em Junho, além do já referido para o Clio E-Tech, fazem a diferença, no plano estilístico, o emblema E-Tech Plug-In Hybrid colocado no punho da alavanca de comando da caixa de velocidades; a portinhola de acesso ao depósito de gasolina montada no lado esquerdo do veículo; e a tomada de carregamento da bateria de alta voltagem existente no lado direito do veículo.
