Renault Eco Plan: incentivo ao abate, oferta de portagens e carregamentos. E ainda mais
Há 22 anos consecutivos na liderança do mercado automóvel português (e ainda marca mais vendida em Portugal em 35 dos últimos 40 anos), a Renault decidiu ser sua responsabilidade contribuir activamente para a renovação de um parque circulante já com uma idade média superior a 12 anos – questão que não parece preocupar sobremaneira as entidades governamentais. Desiderato que, é indiscutível, a ser alcançado, só poderá acarretar indesmentíveis benefícios em termos ambientais, de segurança e, até, de custos para o utilizador.
A iniciativa da filial lusa do construtor de Billancourt, no sentido de incrementar a mobiliade sustentável no nosso país, assentam, essencialmente, no chamado Eco Plan, programa orientado, em especial, para os clientes particulares, mas não só, e que assenta em cinco pilares fundamentais, denominados Eco Abate, Classe Zero, Eco Charge, Eco Tour e Eco Mobility.
O Eco Abate é a principal aposta da Renault para a renovação do parque automóvel português, que contará com nada menos do que 2,5 milhões de veículos com mais de 12 anos de idade. Em termos ambientais, trata-se de automóveis homologados ainda segundo as normas Euro 2, Euro 3 ou Euro 4, com emissões muito superiores às dos actuais: em média, um modelo matriculado entre 1996 e 1999 (Euro 2) emitirá, pelo menos, 16 vezes mais partículas do que um equivalente actual; um automóvel com motor Diesel de 2000 (Euro 3), emitirá 6,25 vezes mais NOx do que um actual do mesmo segmento; a média de emissões dos automóveis com mais de 12 anos será, pelo menos, de 180 g/km, contra os 130 g/km de um automóvel equivalente actual.
No que à segurança concerne, a questão é ainda mais dramática, e é preocupante pensar o que poderia contribuir para a redução da sinistralidade um parque circulante mais jovem. Bastará realizar que, face às actuais imposições legais, a esmagadora maioria dos automóveis com mais de 12 anos, hoje, não poderia hoje sequer ser comercializada: poucas estarão equipadas com ABS, devendo mesmo ser residual o número das que contam com assistente à travagem de emergência ou ESP – nos dias que correm, dos sistemas mais básicos, e obrigatórios, em termos de segurança, para um automóvel novo poder ser vendido no espaço europeu.
Para combater o que pode ser considerado um flagelo, e destinado exclusivamente a clientes particulares, o Eco Abate estabelece um apoio à aquisição de automóveis novos, independentemente do modelo ou da motorização (é válido para todos os ligeiros de passageiros, com motores gasolina, Diesel, GPL, híbridos ou 100% eléctricos). Com a Renault a assumir o compromisso que todos os automóveis entregues com esse fim, ao abrigo deste programa, serão, efectivamente abatidos, logo, retirados do parque circulante.
Quanto a valores, e no caso da Renault, é oferecido um apoio de €1000 na aquisição de um modelo a gasolina (excepto no caso do Twingo, em que a verba é de €500); de €1250 na aquisição de um modelo a GPL; de €1750 na aquisição de um modelo a gasóleo; de €2000€ na aquisição de um modelo híbrido; e de 3.000€ na aquisição de um modelo totalmente eléctrico (no caso dos eléctricos e híbridos, o apoio é acumulável com os que possam vir a ser dados pelo Estado, ou outras campanhas que a marca venha a desenvolver, não estando previsto um limite ao número de automóveis retomados). Relativamente à Dacia, o apoio será de €800€ na aquisição de um modelo a gasolina; €600 na aquisição de um modelo a GPL; e de €450€ na aquisição de um modelo a gasóleo.
Mas há mais. No que aos eléctricos diz respeito (sendo, aqui, de sublinhar que, para além do Zoe, em Novembro a Renault passará a contar com um novo modelo 100% eléctrico), não é de somenos referir que a Renault Portugal irá oferecer uma Via Verde com um carregamento de €300 não só aos que adquirirem um seu modelo eléctrico durante 2020, mas também a todos quantos o fizeram desde o lançamento do Zoe em Portugal – desde que se tratem, mais uma vez, de clientes particulares.
Já o programa Eco Charge pretende contribuir para a criação de uma rede nacional de postos de carregamento de veículos eléctricos mais abrangente. Para tal, a Renault vai montar 60 postos de carregamento em estabelecimentos da sua rede de concessionários de todo o país, incluindo os arquipélagos da Madeira e dos Açores, todos de carga acelerada (22 kW) ou rápida (43 kW), e acessíveis a todos os utilizadores, 24 horas por dia. O ano de 2020 será, ainda, o do alargamento para 42 do número de Centros Expert Z.E., especializados em venda e assistência de automóveis 100% elétricos, e da abertura de um centro de reparação de baterias, no novo concessionário Renault Loures que a marca vai inaugurar nessa localidade.
Passando ao Eco Tour, e com o intuito de quebrar barreiras e preconceitos, nomeadamente através de um superior grau de esclarecimento, este programa assentará, essencialmente, em duas iniciativas: organização de exposições em centros comerciais de treze cidades do país, com início já em Fevereiro deste ano; e promoção de seminários para empresas, com as mais variadas entidades ligadas à mobilidade eléctrica, parceiros da Renault e proprietários de automóveis eléctricos, em que procurará debater e esclarecer tudo o que se relaciona com a mobilidade inteligente.
Por fim, o programa Eco Mobility pretende acompanhar a mudança de mentalidades que se vem registando, e em que é dada cada vez maior importância ao uso, e não à posse. Para tal, a Renault vai estender o aluguer operacional a todos os seus modelos e da Dacia, pelo que também os clientes particulares poderão aceder um produto que se tem tornado numa das soluções de financiamento automóvel preferidas pelas empresas há vários anos.