Volvo XC90 B5 AWD Inscription
Volvo
XC90
B5 AWD Inscription
2019
SUV
5
Integral
2.0 Diesel
235/4000
220
7,6
6,4-75 (Combinado WLTP)
167-195 (Combinado WLTP)
88 946/99 965 (Unidade testada)
Conforto, Qualidade geral, Consumos, Habitáculo amplo e versátil, Facilidade de condução
Ausência de patilhas de comando da caixa, Ausência de rebatimento dos bancos a partir da bagageira
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 220 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 8,4 |
0-400 m | 16,0 |
0-1000 m | 30,1 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 4,7 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 6,0 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 35,6 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 5,9 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 6,7 |
Cidade | 9,1 |
Média ponderada (*) | 7,98 |
Autonomia média ponderada (km) | 877 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1500 |
Largura atrás | 1470 |
Largura 3ª fila | 1195 |
Comprimento à frente | 1160 |
Comprimento atrás | 660-790 |
Comprimento 3ª fila | 580-710 |
Altura à frente | 990 |
Altura atrás | 930 |
Altura 3ª fila | 780 |
Com o XC90 B5 AWD Inscription aqui em análise, dotado do nível de equipamento mais completo da gama, a Volvo passa a dispor de uma oferta totalmente “electrificada” no seu SUV de topo, uma vez que esta renovada versão turbodiesel, com tecnologia mild hybrid, vem juntar-se à variante T8, com motorização híbrida plug-in a gasolina. A oportunidade foi aproveitada pela marca sueca também para operar algumas alterações de pormenor tanto na estética exterior do modelo, como no seu posicionamento comercial, nomeadamente ao nível do equipamento proposto de série.
E ainda que as modificações operadas não sejam muito substantivas, há que reconhecer que a renovação estilística, principalmente a cargo da grelha frontal mais imponente e das jantes de novo desenho, acaba por convencer. Não restando dúvidas de que estamos em presença de um XC90, mas com um visual mais actual e ainda mais distinto, porventura menos dinâmico que o original, mas seguramente mais luxuoso e requintado. Certo é que o seu porte impositivo e a bem conseguida aparência exterior continuam a convencer a maioria dos que se cruzam com o maior dos SUV da Volvo.
O habitáculo também não tem novidades de maior para apresentar. A qualidade de construção, dos materiais utilizadas e dos respectivos acabamentos continua a permitir ao XC90 ombrear, neste particular, com os seus rivais germânicos, por tradição as referências do segmento neste capítulo, o que se traduz num ambiente a bordo por demais acolhedor. O posto de condução também não merece grande reparos: a postura ao volante é elevada o suficiente para agradar aos apreciadores deste tipo de proposta; a ergonomia é excelente: o painel de instrumentos totalmente digital é muito legível e informativo, mesmo sem oferecer grandes possibilidades de personalização; e o ecrã vertical, ao melhor estilo de um tablet, do sistema de infoentreteninento Sensus mantém todos os seus predicados no que diz respeito a facilidade de utilização, funcionamento intuitivo e acesso a inúmeras funcionalidade.
Com quase cinco metros de comprimento, por praticamente dois de largura, o XC90 dispõe, igualmente, de um interior deveras espaçoso, em que os seus sete lugares se distribuem por três filas de bancos. Os dianteiros primam por um conforto e uma ergonomia soberbos, ao passo que os três bancos individuais da segunda fila oferecem uma ampla regulação longitudinal, que permite ajustar a habitabilidade às necessidades do momento – sendo de sublinhar que, aqui, o lugar central é nitidamente menos acolhedor do que os laterais. E o melhor é que mesmo nos dois lugares adicionais da terceira fila não se viaja nada mal, ainda que, aqui, o espaço disponível seja, obviamente, um pouco mais acanhado, acabando os mesmos por estar mais destinados a crianças e jovens, ou a adultos de estatura não muito elevada.
Pena é que, apesar das múltiplas combinações possíveis para a configuração dos bancos, a garantia de uma muito bem vinda versatilidade interior, nenhuma das operações de rebatimento dos mesmos possa ser realizada a partir da bagageira, havendo que ir junto de cada lugar adoptar a posição que para o mesmo se pretende, algo que até modelos bastante mais acessíveis já conseguem evitar. Quanto à capacidade da bagageira, é, como se esperaria, algo exígua com os sete lugares montadas, excelente na configuração de cinco lugares, ficando praticamente ao nível da de um furgão quando se rebatem todos os bancos da segunda e terceira filas.
Mas nada disto é novo no maior dos SUV da Volvo. O que, de facto, faz a diferença neste XC90 B5 AWD Inscription é a sua mecânica. Mais concretamente, o motor turbodiesel de quatro cilindros e 2,0 litros, agora com 235 cv de potência e um binário máximo de 480 Nm, constante entre as 1750-2250 rpm, ou seja, mais 10 cv e mais 10 Nm do que na anterior versão D5. A que se juntam o motor eléctrico que também actua como motor de arranque/alternador integrados, apto a fornecer um adicional de 13 cv e 40 Nm, uma bateria de iões de lítio cuja capacidade a Volvo se escusa a desvendar e um sistema eléctrico de 48 Volt.
No que aos números diz respeito, e mau grado o aumento de rendimento do motor, assim como o facto de este ter que fazer mover um peso de praticamente 2,2 toneladas, é forçoso referir que o novo XC90 B5 AWD Inscription consegue ser, ao mesmo tempo, mais célere e mais económico do que o seu antecessor, mesmo que por escassa margem – assim ficando comprovada a valia do sistema mild hybrid. Em termos de consumos, a velocidades minimamente estabilizadas e dentro do permitido por lei, os registos alcançados são de nível superior, havendo já que contar com médias próximas dos 8,0 l/100 km a ritmos mais intensos, ou mesmo na casa dos 12,0 l/100 km quando se pratica uma condução realmente empenhada, sem qualquer preocupação para com o pedal da direita. Em cidade, sem grandes constrangimentos, mas também sem grandes abusos, a média tenderá a rondar os 9,0 l/100 km, mas os descuidos com o acelerador facilmente levam os valores obtidos a aflorar os 11,0 l/100 km.
Inequívoco é que este é um grupo motopropulsor muito agradável de utilizar, desde logo pela sua solicitude a baixo e médio regime, acabando por animar de modo convincente os 2172 kg anunciados pela Volvo para o XC90 B5 AWD Inscription. A sua resposta pronta garante uma apreciável facilidade de condução na generalidade das circunstâncias, e em estrada aberta fácil e rapidamente se consegue alcançar velocidades de cruzeiro da ordem dos 160-180 km/h – sendo, a partir daqui, a progressão mais lenta, mas efectiva, até aos 220 km/h anunciados como velocidade máxima.
Ao mesmo tempo, o maior refinamento da unidade motriz, em conjunto com a construção cuidada e o óptimo isolamento do habitáculo, garantem que esta mal se faz ouvir na generalidade das circunstâncias, pois só nos regimes mais elevados, ou em situação de carga mais intensa ou de maior esforço, acaba por fazer-se sentir a sua presença. Quanto à caixa automática de oito velocidades, as mais das vezes tem um desempenho meritório, primando pela suavidade, mas revela-se algo lenta quando se pretende impor uma toada mais intensa, especialmente em percursos com maiores variações velocidade, como nos traçados mais sinuosos, pelo que o ideal, nestes casos, para tirar pleno partido da mecânica, é recorrer ao seu comando manual em sequência – lamentando-se que este apenas esteja disponível no respectivo manípulo de comando, e num modo lateral, pelo que continua a não ser entendível, para mais a este nível de preço, não existirem para o efeito patilhas no volante, nem mesmo como opção.
Não obstante, e tendo o utilizador ao seu dispor os modos de condução Eco, Normal, Dynamic e Off road, é da mais elementar justiça sublinhar que este XC90 B5 AWD Inscription é um SUV muito fácil e agradável de conduzir. Apesar do porte e do peso generosos, curva bem, é estável tanto em curva como a alta velocidade, e, mesmo não sendo um primor de agilidade, acaba por surpreender pela forma fácil e elegante com que enfrenta o tráfego urbano ou os traçados com curvas mais intrincadas, inclusive a ritmos mais acelerados.
A direcção é precisa e rápida q.b., a travagem é muito boa e o evoluído châssis, apesar da massa substancial, garante que os movimentos da carroçaria são sempre bem controlados, além de que a sua afinação, nitidamente a privilegiar tal atributo, assegura que o conforto de marcha é extremamente elevado em qualquer situação ou tipo de piso. Nos limites, e praticando-se uma condução que tem pouco que ver com a vocação nitidamente familiar de um automóvel deste género, surge uma natural tendência para a subviragem, que a electrónica e a tracção integral acabam por contrariar, as mais das vezes rectificando eventuais excessos de optimismo com naturalidade e eficácia.
No fora de estrada, é possível evoluir com relativo à vontade mesmo em condições que vão para lá dos estradões de terra, desde que se não exija do veículo aquilo para que não está destinado nem foi concebido. Os ângulos característicos, a altura ao solo de 223 mm e o sistema de tracção total acabam por permitir superar obstáculos que a maioria dos seus compradores duvidarão estarem ao seu alcance, mas é imperioso ter em conta que a ausência de redutoras e de bloqueio de diferenciais, assim como o recurso a pneus de vocação estradista, recomendam que se evitam situações demasiado radiciais.
Assumidamente orientado no sentido da segurança, do conforto e da facilidade de condução, e senhor de uma qualidade e de um luxo de nível superior, o XC90 B5 AWD Inscription exibe os seus melhores trunfos quando sujeito a uma condução de acordo com aquilo para que foi concebido, aqui se revelando um dos melhores exemplos da classe em que se insere. Demonstrando que a qualidade é algo por que continua a ter que pagar-se, o preço de quase noventa mil euros deixa-o ao alcance de não muitas bolsas lusas, e mesmo que nesta verba se inclua já um equipamento de série extremamente completo, a verdade é que é sempre possível ir um pouco mais longe. Prova disso, a unidade testada, orçada em quase uma centena de milhar de euros, por via da introdução de vários extras, nomeadamente o excelente sistema de som Bowers & Wilkins com amplificador digital de 1400 Watt e 19 altifalantes, sem dúvida um excelente companheiro de viagem nas tiradas mais longas.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1969 |
Diâmetro x curso (mm) | 82,0×93,2 |
Taxa de compressão | 15,8:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 235/4000 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 480/1750-2250 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | 2xturbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4953/1923/1776 |
Distância entre eixos (mm) | 2984 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1676/1679 |
Jantes – pneus | 9 1/2Jx20″ – 275/45 (Michelin Latitude Sport 3) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 2172 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 9,24 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 314-692-1868/71 |
Transmissão | |
Tracção | integral |
Caixa de velocidades | automática de 8+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência electrohidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 12,1 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (345) |
Traseiros (ø mm) | Discos ventilados (320) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, com triângulos sobrepostos |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Aptidões TT | |
Ângulos de ataque/saída/ventral (º) | 21,4/23,3/21,3 |
Inclinação lateral máx./pendente máx.(º) | n.d./n.d. |
Altura ao solo/passagem a vau (mm) | 223/450 |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 2 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 12 meses ou 30 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Airbag para os joelhos do condutor
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão e detecção de peões e ciclistas
Assistente activo à manutenção na faixa de rodagem
Assistente aos arranques em subida
Controlo automático de descidas (HDC)
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Painel de instrumentos digital de 12,3"
Aplicações em madeira de nogueira
Bancos em pele
Bancos dianteiros com regulação em altura/apoio lombar
Bancos dianteiros eléctricos com memória para o condutor
Bancos traseiros rebatíveis
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Sistema de infoentretenimemto com ecrã táctil de 8″+tomadas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Direcção com assistência electrohidráulica variável
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Cruise control adaptativo+limitador de velocidade
Sensores de estacionamento traseiros
Sensor de luz+chuva
Faróis por LED com lava-faróis
Assistente de máximos
Faróis de nevoeiro
Portão traseiro de operação eléctrica
Tomada de 12 Volt na bagageira
Barras de tejadilho cromadas
Jantes de liga leve de 20″
Kit de reparação de furos
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pintura metalizada (€1027)
Sistema de monitorização do ângulo morto BLIS (€615)
Pack Lighting (€1082 – inclui: ópticas dianteiras LED High; lava-faróis)
Pack Lounge (€5068 –inclui: ar condicionado automático de quatro zonas; tejadilho panorâmico em vidro; Air Quality com purificador de ar; câmara de visão panorâmica de 360°; head-up display; sensores de estacionamento dianteiros+traseiros; sistema de som Harman Kardon)
Sistema de som Bowers&Wilkins com amplificador digital de 1400 Watt e 19 altifalantes (€3044)