Volkswagen Golf comemora 40 anos
O mais emblemático modelo da Volkswagen comemora, este ano, o seu quadragésimo aniversário. Nas suas sete gerações, foram vendidas mais de 30 milhões de unidades. Tudo começou na fábrica de Wolfsburgo, a 29 de Março de 1974, de onde saiu o primeiro Golf, destinado a substituir o icónico Carocha. Foi altura de grande mudança, onde o motor e a tracção saíram da zona traseira para a dianteira, transformando a dinâmica, o conforto e as prestações. Dois anos depois, assinalou-se a produção de um milhão de unidades. Em 1979, apareceu o Golf Cabrio.
Em 1983, a geração desenhada por Giugiaro terminou a sua carreira, para dar a lugar ao Golf II, já capaz de responder às necessidades de espaço presentes na altura. Esta geração representou um saltos em termos tecnológicos, por ter sido a primeira a ter ABS, fecho-centralizado, catalisador e direcção assistida.
Oito anos depois surgiu a terceira geração, uma das menos marcantes, mas que não deixou de assinalar algumas novidades, como o aparecimento do primeiro motor TDI e do airbag. Nesta altura, começaram as preocupações com a segurança passiva, com o surgimento das estruturas de deformação programada. A dinâmica não era um dos pontos-fortes, tal como as prestações dos motores, numa altura em que a concorrência já tinha injecção multiponto e quatro válvulas por cilindro.
A quarta geração do Golf surgiu em 1997 e prolongou-se até 2003. Destacou, principalmente na Europa, pela febre dos motores TDI, capazes de uma relação consumos/prestações, para a época, quase imbatível. Aliás, nos dias de hoje, o mercado de usados vive dessa imagem, com os Golf TDI, mesmo com muitos anos e quilometragens elevadas, a serem vendidos por preços altos. Outro dos pontos em que esta geração se destacou foi na qualidade de construção, muito acima do que se conseguia encontrar na concorrência. Bons materiais, excelente montagem.
Em 2003, surgiu a quinta geração, que se demarcou, principalmente, pelo aparecimento dos motores a gasolina, com injecção directa e dupla sobrealimentação – por turbo e compressor – os TSI. Conseguiu-se extrair 170 cv de um motor com apenas 1,4 litros de capacidade. A caixa automática de dupla embraiagem, DSG, democratizou-se e, finalmente, o primeiro Golf GTI teve um digno sucessor.
Quatro anos depois, apareceu a sexta geração, que não é mais do que um restyling da anterior. Visualmente idênticos, os avanços em termos de conforto e dinâmica são residuais. Conseguiu, pela primeira vez, cinco estrelas nos testes do EuroNcap e, acima de tudo, os motores TDI abandonaram a ultrapassada solução injector-bomba, para adoptarem a muito mais suave injecção por rampa-comum, que conhecemos como common-rail. Foi também esta geração a conhecer o primeiro motor Diesel de baixa cilindrada, com 1,6 litros e 105 cv.
O ano de 2012 marcou mais uma viragem, com a sétima geração, saída de uma plataforma completamente nova, a MQB, aplicada a muitos outros modelos, mesmo de outras marcas que, na altura do Golf I, nem sequer faziam parte do Grupo Volkswagen. Apesar das melhorias evidentes em termos de conforto e comportamento, destacou-se pela negativa, ao recorrer a um eixo de torção nas versões até 122 cv de potência. Uma solução barata e menos eficaz, que não se coaduna com a história do modelo. Recentemente, a Volkswagen apresentou o primeiro Golf totalmente eléctrico, o e-Golf e um GTI também eléctrico, o GTE.