Renault Captur E-Tech Hybrid Plug-in Exclusive
Renault
Captur
E-Tech Hybrid Plug-in Exclusive
2020
SUV
5
Dianteira
1.6 Híbrido plug-in
158/5600
173
10,1
1,4 (Combinado WLTP)
32 (Combinado WLTP)
50
33 590
Consumos, Facilidade de utilização, Suavidade do sistema híbrido em condução moderada, Comportamento eficaz, Conforto de marcha, Habitabilidade
Prestações modestas, Ruído do motor a alto regime
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 173 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 10,1 |
0-400 m | 17,5 |
0-1000 m | 31,9 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 5,3 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 6,2 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 38,4 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 3,6 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,1 |
Cidade | 3,2 |
Média ponderada (*) | 3,66 |
Autonomia média ponderada (km) | 1065 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1400 |
Largura atrás | 1350 |
Comprimento à frente | 1030 |
Comprimento atrás | 720-780 |
Altura à frente | 970 |
Altura atrás | 930 |
Com o Captur E-Tech Hybrid Plug-in Exclusive, a Renault faz, enfim, a sua entrada no segmento dos automóveis animados por motorizações híbridas plug-in, depois de alguns anos de liderança na Europa entre os modelos de propulsão exclusivamente eléctrica. Atributo que, por si só, seria, já, motivo suficiente para uma análise detalhada a uma proposta que redobra de interesse por ser a primeira versão avaliada pela Absolute Motors da segunda geração do SUV de pequenas dimensões mais vendido em Portugal, crónico líder de vendas da sua classe.
Comum a todos os novos Captur, a renovada aparência exterior, garantida por um porte mais impositivo, decorrente do ligeiro aumento das dimensões exteriores, por linhas mais modernas e dinâmicas, e pela iluminação exterior integralmente por LED em todas as versões da gama. De imediato identificável como um Captur, não restam dúvidas de que o modelo está, esteticamente, mais actual e maduro, além de oferecer mais possibilidades de personalização.
Esta variante híbrida plug-in destaca-se, também, pelos emblemas com a inscrição “E-Tech Plug-In Hybrid” aplicados nos pilares centrais e na secção inferior direita do portão traseiro. Não havendo, de resto, por fora, nada mais que a distinga de um qualquer outro Captur que não a segunda portinhola lateral traseira, de acesso à tomada de carregamento da bateria de alta tensão.
Uma vez no interior, os primeiros pontos a reter serão a decoração mais evoluída e o progresso registado no capítulo dos materiais utilizados, globalmente de bom nível para o segmento, em boa parte devido ao aumento substantivo da quantidade de plásticos macios e agradáveis ao toque. Assim sendo, é pena alguns ruídos parasitas que se fazem sentir em mau piso, mormente os provenientes da fixação dos bancos traseiros.
Por ter por base a nova geração da plataforma CMF-B, ter crescido 110 mm em comprimento e 20 mm entre eixos, e beneficiar de um melhor aproveitamento do espaço, outros dos trunfos do Captur da nova geração é a sua generosa habitabilidade, nomeadamente a oferecida às pernas dos ocupantes do banco traseiro, em especial quando este se encontra na sua posição mais recuada, já que continua a oferecer regulação longitudinal do assento, numa extensão de 160 mm. A capacidade da mala também aumentou notoriamente, se bem que, nesta variante híbrida plug-in, a diferença seja menos notória, dado que a instalação da bateria do sistema híbrido ditou uma perca de pouco mais de 40 litros por comparação com as versões a gasóleo, e de cerca de 60 litros relativamente às variantes equipadas com motores a gasolina.
Outro factor a ter aqui em conta é o duplo piso da bagageira, que no caso em apreço para pouco mais dá do que para albergar os cabos eléctricos para carregamento da bateria do sistema híbrido, mais uma vez devido à colocação da mesma sob o banco traseiro. Em compensação, são inúmeros os locais destinados à arrumação de pequenos objectos espalhados um pouco por todo o habitáculo.
Digno de elogios é, igualmente, o posto de condução, elevado o suficiente para oferecer um bom domínio da estrada, mas não excessivamente que torne a posição ao volante menos envolvente. Ao mesmo tempo, a ergonomia é muito correcta (destaque para os botões do tipo teclas de piano e para os comandos da climatização mais intuitivos), os bancos dianteiros oferecem um apreciável apoio lateral e o painel de instrumentos digital é deveras legível e informativo.
Mas não há como evitar que o principal motivo de interesse do novo Captur E-Tech Hybrid Plug-in seja a sua motorização, a primeira do género lançada pela Renault. Aqui se combinando um motor 1.6 a gasolina atmosférico de ciclo Atkinson, com 91 cv e 144 Nm; uma caixa mecânica de quatro velocidades; um motor eléctrico de tracção, com 67 cv e 205 Nm; e um segundo motor eléctrico, com 34 cv e 50 Nm.
Este segundo motor eléctrico funciona, por um lado, enquanto gerador/motor de arranque, mas é também responsável quer por operar o selector da caixa, quer por garantir a sincronização da velocidade de rotação dos respectivos veios com a do volante do motor. Assim se justificando a designação de caixa multimodo para esta inédita transmissão, que dispensa embraiagem e sincronizadores, e oferece dezasseis combinações possíveis, entre as quatro relações da caixa e as duas eléctricas.
De tudo isto resulta uma potência combinada de 141 cv, e um binário máximo combinado que a Renault se exime de anunciar oficialmente, mas que será da ordem dos 280 Nm. Quanto à bateria de iões de lítio, oferece 9,8 kWh de capacidade, a que corresponde uma capacidade útil de 7,5 kWh, graças à qual a marca do losango anuncia uma autonomia de 45 km já no ciclo WLTP. Com o carregador de bordo de 3,7 kW, a respectiva recarga completa varia entre 3h00 numa Wallbox ou tomada de 16 A, 3h30m numa tomada a 14 A, 5h00 numa ligação a 10 A ou 6h00 numa tomada a 8 A.
Com a bateria totalmente carregada, e o depósito de gasolina completamente reabastecido, ainda antes de iniciar a marcha, o sistema de bordo a anuncia uma autonomia de 48 km no modo de funcionamento totalmente eléctrico (disponível até aos 135 km/h) e uma autonomia total de 550 kms. Ao seu dispor, o condutor tem os modos de condução Pure (exclusivamente eléctrico), Sport (mais dinâmico) e My Sense (híbrido), podendo este último ter activada, ou não, a função E-Save, que preserva pelo menos 50% da carga da bateria para utilização posterior.
Oferecendo um funcionamento suave e muito linear, e passagens de caixa praticamente imperceptíveis quando numa condução calma e moderada, este grupo motopropulsor pauta-se ainda, por excelentes consumos de combustível quando feito bom uso da autonomia eléctrica. Em cidade, numa condução convencional, facilmente se cumprem 50 km sem recurso ao motor de combustão, e até um pouco mais, com reforçado empenho, contenção e já algum condicionamento.
Daqui resultando um consumo médio de 3,2 l/100 km na primeira centena de quilómetros, estando a bateria totalmente carregada, ou de 6,4 l/100 km recorrendo apenas ao motor a gasolina. De sublinhar que, dado a bateria nunca utilizar a totalidade da respectiva capacidade, e estar sempre a receber carga por via da regeneração de energia em desaceleração e travagem, mesmo quando, em teoria, a autonomia eléctrica já se esgotou, continuam a existir muitas situações, nomeadamente no início dos arranques e em circulação a baixa velocidade, em que o veículo é total ou parcialmente movido apenas pelo motor eléctrico, o que muito ajuda a explicar os valores obtidos.
Em estrada, a autonomia eléctrica fica liminarmente aquém dos 40 km, o que significa um consumo médio de 3,6 l/100 km na primeira centena de quilómetros, ou, no extremo oposto, de 5,9 l/100 km se o motor térmico for o único a fazer mover o veículo. Aplicando o mesmo raciocínio, mas em auto-estrada, os valores obtidos são de 5,1/100 km e 7,7 l/100 km.
Confirmada a competência desta motorização para garantir uma condução muito económica, e não menos agradável, numa utilização regrada e tipicamente familiar, importava conhecer o seu desempenho quando sujeita a uma toada mais dinâmica e menos centrada na eficiência de combustível. Para tal, nada melhor do que seleccionar o modo Sport, em que o motor a gasolina está permanentemente ligado, e o qual garante, efectivamente, uma resposta mais pronta ao acelerador, reflectida em acelerações um pouco mais intensas, mas que estão longe de deslumbrar – além de que tornam evidente não ser o motor a gasolina, de todo, dos mais silenciosos, sobretudo a alto regime, não obstante o evidente progresso registado pelo Captur em termos de isolamento do habitáculo.
Mesmo com o modo Sport seleccionado, são notórias as dificuldades de progressão do Captur E-Tech Hybrid Plug-in a partir dos 150 km/h, pelo que mais lógico seria, porventura, que este modo de condução se designasse Dynamic, ou semelhante. As próprias prestações por nós obtidas confirmam esta asserção: velocidade máxima modesta, acelerações medianas, reprises acima da média, comprovando que é algo mais caracterizado pela facilidade de condução do que, propriamente, pela desportividade.
Por oposição, e apesar de um aumento do peso da ordem dos 200 kg face às versões convencionais, nem por isso a versão híbrida plug-in do novo Captur é menos digna de encómios em termos de desempenho dinâmico, mesmo que registando distâncias de travagem um pouco mais longas. Muito fácil e agradável de conduzir, conjuga um óptimo nível de conforto em qualquer circunstância com um comportamento bastante eficaz para um automóvel deste género, e, não obstante um apreciável adornar em curva, sobretudo nas solicitações mais vigorosas, os movimentos da carroçaria são muito bem controlados, ajudando a tornar as suas reacções sempre bastante previsíveis.
Contabilizando prós e contras, há que reconhecer que o novo Captur E-Tech Hybrid Plug-in Exclusive cumpre com brio os propósitos a que se propõe, assumindo-se como uma excelente opção para quem procura um SUV de dimensões contidas e inequívoca agilidade no tráfego urbano capaz de garantir uma apreciável economia de utilização tanto em meio urbano como em viagens mais longas. O preço de €33 590, não estando ao alcance da maioria, pode considerar-se correcto, tendo em conta a tecnologia que o modelo encerra e um equipamento de série já muito interessante, e em que se destaca um completo leque de sistemas avançados de assistência à condução. Ainda assim, e se é verdade que está o nível do praticado por rivais com motorização apenas híbrida, não recarregável, também é forçoso realçar que a diferença para a versão equivalente, com motor a gasolina de 155 cv e caixa pilotada EDC, seguramente menos frugal, mas decididamente mais dinâmica, é superior a €7000…
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1598 |
Diâmetro x curso (mm) | 78,0×83,6 |
Taxa de compressão | n.d. |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 91/5600 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 144/3200 |
Alimentação | injecção electrónica multiponto |
Motor eléctrico I | |
Tipo | Síncrono de iman permanente |
Potência máxima (cv/rpm) | 67/n.d. |
Binário máximo (Nm/rpm) | 205/0 |
Motor eléctrico II | |
Tipo | Síncrono de iman permanente |
Potência máxima (cv/rpm) | 34/n.d. |
Binário máximo (Nm/rpm) | 50/0 |
Bateria | |
Tipo | Iões de lítio |
Voltagem (V) | 400 |
Capacidade (kWh) | 9,8 |
Tempo de recarga | 6h00 (tomada doméstica 1,8 kW/8 A), 5h00m (tomada doméstica 2,4 kW/10 A), 3h30 (tomada doméstica 3,2 kW/14 A), 3h00 (tomada doméstica/Wallbox 3,7 kW/16 A ou Wallbox 7,4 kW/16 A) |
Rendimento combinado | |
Rendimento combinado | 141/5600 |
Binário máximo combinado (cv/rpm) | n.d. |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4227/1797/1576 |
Distância entre eixos (mm) | 2639 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1560/1547 |
Jantes – pneus | 6 1/2Jx17″ – 215/60 (Goodyear Efficient Grip Performance) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1564 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 9,89 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 379-557-1275/39 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | Automática multimodo (15 combinações)+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 11,1 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (296) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (290) |
Suspensões | |
Dianteira | Pseudo MacPherson |
Traseira | Multilink |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Garantia da bateria do sistema híbrido | 8 anos ou 160 000 km (para 73% da capacidade) |
Intervalos entre manutenções | 12 meses ou 30 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de peões+ciclistas
Sistema de assistência à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de leitura de sinais de trânsito
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranque em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control+limitador de velocidade
Selector de modos de condução Multi-Sense
Ar condicionado automático
Computador de bordo
Banco dianteiros com regulação em altura+apoio lombar para o condutor
Banco traseiro rebatível 60/40+regulação longitudinal 160 mm
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Painel de instrumentos digital de 7"
Sistema de infoentretenimento Easy Link com leitor de mp3+ecrã táctil 7"+tomadas USB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Vidros eléctricos FR+TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Iluminação ambiente por LED
Acesso+arranque sem chave
Sensores de luz+chuva
Iluminação exterior integralmente por LED
Assistente de máximos
Sensores de estacionamento traseiros
Jantes de liga leve de 17"
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos