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Renault Mégane TCe 160 EDC R.S. Line

Artigo
Renault Mégane TCe 160 EDC R.S. Line

Visão geral
Marca:

Renault

Modelo:

Mégane

Versão:

TCe 160 EDC R.S. Line

Ano lançamento:

20210

Segmento:

Familiares compactos

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

1.3

Pot. máx. (cv/rpm):

160/5500

Vel. máx. (km/h):

205

0-100 km/h (s):

8,3

Consumos (l/100 km):

6,2-6,4 (Combinado WLTP)

CO2 (g/km):

141-15 (Combinado WLTP)

PVP (€):

€31 400/€34 278

Gostámos

Motor, Prestações e consumos, Comportamento eficaz, Conforto, Agrado de utilização, Equipamento, Nível R.S. Line

A rever

ESP não desligável, Ausência de patilhas para comando da caixa, Pormenores de construção interiores

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
9.0
Desempenho dinâmico
9.0
Consumos e emissões
8.0
Conforto
8.0
Equipamento
8.0
Garantias
7.0
Preço
7.0
Se tem pressa...

Com o novo Mégane TCe 160 EDC R.S. Line, a Renault propõe uma muito interessante versão do seu renovado familiar compacto, a mais aguerrida da família entre as que não assumem uma vocação verdadeiramente desportiva (Mégane R.S. e Mégane R.S. Trophy). A par das suas competências dinâmicas, em termos de comportamento, prestações e consumos, o modelo, agora apenas disponivel com caixa pilotada EDC de sete velocidades, e com o novo e bem configurado nível de equipamento R.S. Line, condicente com a respectiva nomenclatura, quando animado por esta derivação de 160 cv do motor 1.3 TCe, conta ainda com um preço mais do que justo face aos seus atributos

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Três importantes vertentes do renovado familiar compacto da Renault são incorporadas no Mégane TCe 160 EDC R.S. Line aqui em análise detalhada. Uma delas, incluir as evoluções que a mais recente actualização do modelo acarretou, de uma forma geral, para toda a gama. Outra, montar o motor que melhor se ajusta às pretensões dos adeptos de uma condução dinâmica que não conseguem chegar às mais exclusivas, dispendiosas e verdadeiramente desportivas variantes R.S. E, por fim, mas não menos importante, estar dotado do novo nível de equipamento mais desportivo da família, o qual até registou uma mudança de nomenclatura, sendo agora denominado R.S. Line e contando com um “toque” dos técnicos da Renault Sport, a divisão desportiva da casa de Billancourt.

Aliás, estes dois últimos atributos, quando conjugados, também constituem uma novidade em si mesmos. Agora disponibilizado apenas com 270 Nm de binário máximo e caixa pilotada EDC de dupla embraiagem e sete velocidades, quando anteriormente era combinado, de série, mas com 260 Nm, com a caixa manual de seis relações (vide o respectivo teste aqui), sendo a EDC uma opção, o motor 1.3 turbo de 160 cv estava, até aqui, apenas destinado ao então nível de equipamento de topo Bose Edition, mais orientado no sentido do requinte e do conforto. Lacuna que a marca francesa colmatou, passando a conjugá-lo, exclusivamente, com o nível de acabamentos que lhe faz melhor jus, e que passou a ser o mais dotado da oferta do modelo.

Visualmente, e como referido em anteriores oportunidades, o actualizado Mégane, no exterior, recebeu apenas modificações “cirúrgicas”, que pouco mudaram a sua aparência exterior, sendo a mais relevante, muito provavelmente, as ópticas dianteiras por LED, tecnologia igualmente adoptada pelos farolins traseiros. Já o progresso do antigo nível de equipamento GT Line para o actual R.S. Line é mais acentuado, como o prova este Mégane TCe 160 EDC R.S. Line, que ganha um outro apelo visual por via de elementos como o pára-choques traseiro mais volumoso, com ponteiras de escape quadrangulares integradas nos extremos do difusor posterior; o pára-choques dianteiro específico, dotado da célebre lâmina F1; ou o logótipo R.S. Line aplicado nos guarda-lamas dianteiros e no portão traseiro. As jantes também são de novo desenho, mas de 17” de série, e revestidas por pneus de medida 205/50, ao passo que a unidade testada montava umas opcionais e atraentes jantes de 18” com pneus 255/40 (€600).

Se o renovado Mégane por pouco mais se distingue, exteriormente, do que através das ópticas dianteiras por LED, já o novo nível de equipamento R.S. Line não só regista uma evolução muito mais notória, como está bem mais de acordo com a sua nomenclatura

Se o renovado Mégane por pouco mais se distingue, exteriormente, do que através das ópticas dianteiras por LED, já o novo nível de equipamento R.S. Line não só regista uma evolução muito mais notória, como está bem mais de acordo com a sua nomenclatura

Já o habitáculo regista progressão bem mais notória, mesmo que alguns atributos fundamentais, como a habitabilidade apenas aceitável, ou a capacidade da mala não mais do que mediana, se tenham mantido inalterados. O mesmo acontecendo com a qualidade geral, apenas razoável, e em nítido contraste com a convincente decoração, merecendo o modelo uma melhor dotação neste particular, até porque, em especial em mau piso, são suficientemente audíveis os sempre dispensáveis ruídos parasitas.

Menos mal que o interior conta com suficientes elementos condicentes com a designação eleita para baptizar o novel nível de equipamento. Desde logo, os óptimos bancos do tipo baquet: revestidos a tecido cinzento e vermelho, complementado por costuras contrastantes vermelhas, contam com encostos de cabeça integrados e um generoso apoio lateral, tanto na frente como nos lugares laterais traseiros, sendo o seu único senão tornar ainda menos convidativo o lugar central posterior.

O ambiente desportivo é assegurado por elementos como os óptimos bancos dianteiros, o volante com excelentes dimensões e pega, a pedaleira metálica, os vários apontamentos a vermelho ou as aplicações a imitar fibra de carbono

O ambiente desportivo é assegurado por elementos como os óptimos bancos dianteiros, o volante com excelentes dimensões e pega, a pedaleira metálica, os vários apontamentos a vermelho ou as aplicações a imitar fibra de carbono

Estes bancos são mesmo um dos principais predicados que contribuem para um posto de condução deveras acolhedor, baixo, mas com uma apreciável visibilidade para o exterior, a não ser para trás, em que esta é mais condicionada. Para o mesmo concorrem, ainda, a pedaleira metálica, o volante desportivo com base plana e excelentes dimensões e pega, ou a ergonomia muito correcta. Merecendo, igualmente, nota os detalhes que tornam o ambiente a bordo mais desportivo e distinto, seja o logótipo R.S. Line presente no volante, nos tapetes e nos bancos dianteiros; os cintos de segurança pretos com lista central vermelha; as aplicações a imitar carbono presentes no tablier e nos painéis interiores das portas; ou o forro do tejadilho em preto.

Também em destaque, mesmo que não exclusiva das versões R.S. Line, a melhorada forma como o condutor passa a poder interagir com o veículo. Por via do muito legível e informativo painel de instrumentos totalmente digital de 10,2”, já com algum grau de personalização, e uma decoração que varia em função do modo de condução selecionado. E, também, da mais recente evolução do sistema de infoentretenimento Easy Link, com um novo ecrã vertical de 9,3”, repleto de funcionalidades, e senhor de um grafismo que pode ser considerado algo simplista e pouco sofisticado, mas não deixa de garantir uma operação mais simples e intuitiva, pese embora nem sempre o acesso a determinadas funções seja o mais fácil e imediato.

Senhor de uma óptima legibilidade, o painel de instrumentos totalmente digital permite alguma personalização e a respectiva decoração muda em função do modo de condução seleccionado

Senhor de uma óptima legibilidade, o painel de instrumentos totalmente digital permite alguma personalização e a respectiva decoração muda em função do modo de condução seleccionado

Ainda assim, é em acção que o novo Mégane TCe 160 EDC R.S. Line exibe alguns dos seus melhores argumentos. A começar pelo motor de 1332 cc, desenvolvido em parceria com a Daimler, com injecção directa de gasolina a 250 bar, turbocompressor de geometria variável, câmara de combustão de desenho específico, distribuição variável, soluções várias que permitiram reduzir significativamente o atrito interno e filtro de partículas. Combinado com a caixa EDC, disponibiliza 160 cv/5500 rpm e um binário máximo de 270 Nm logo às 1800 rpm.

Antes de outras apreciações, nada como os números: por comparação com a versão Bose Edition da anterior geração, animada pela mesma unidade motriz e dotada de caixa manual, a velocidade máxima anunciada baixou de 212 km/h para 205 km/h, mas há a registar, nas medições por nós efetuadas, um ganho de 1,4 segundos nos 0-100 km/h (8,1 segundos), de 0,1 segundos nos 0-400 m (16,0 segundos) e de 0,4 segundos no quilómetro de arranque (29,0 segundos), a isto se juntando recuperações mais do que convincentes (em boa parte decorrentes do mencionado regime a que é atingido o binário máximo).

Em termos de consumos, esta combinação com caixa pilotada é ligeiramente mais gastadora em estrada e auto-estrada do que a anterior, com caixa manual; mas, também, mais económica em cidade, não sendo as diferenças, em qualquer dos casos, de grande monta. O que significa que, na prática, os consumos são sempre mais do que interessantes quando praticada uma condução convencional; e que convém não ficar surpreendido se, a ritmos realmente intensos, as médias aflorarem os 10,0 l/100 km, o que é mais do que aceitável, passando a rondar os 15,0 l/100 km quando adoptada uma condução realmente desportiva, o que também não espanta.

Numa toada familiar, a par de um elevado conforto de marcha, e de consumos medidos, o Mégane TCe 160 EDC R.S. Line pauta-se, ainda, por uma facilidade e por um agrado de condução inequívocos

Numa toada familiar, a par de um elevado conforto de marcha, e de consumos medidos, o Mégane TCe 160 EDC R.S. Line pauta-se, ainda, por uma facilidade e por um agrado de condução inequívocos

Uma vez em marcha, os primeiros elogios destinados ao motor 1.3 TCe de 160 cv vão para o seu funcionamento extremamente suave e bastante silencioso, praticamente isento de vibrações, e só se fazendo notar, de forma ligeira, a alto regime, mas sem nunca se tornar incómodo (pena que, no modo de condução Sport, a sonoridade que chega ao habitáculo seja algo artificial). À disposição do utilizador estão ainda os modos de condução My Sense (personalizável), Comfort e Eco, permitindo, assim, ajustar o funcionamento do motor, da caixa e da direção ao estilo de condução praticado.

Por outro lado, e mesmo que o conjunto motor/caixa aposte mais numa elevada competência nos vários tipos de condução possíveis, e não especialmente no modo mais desportivo (desiderato que alcança com assinalável eficácia), a verdade é que o desempenho de ambos os elementos pauta-se sempre por uma assinalável rapidez de resposta. A capacidade do pequeno quatro cilindros para rolar a baixo regime, e rapidamente subir de rotação quando a tal instado, ajusta-se plenamente a uma condução calma e descontraída, típica de um familiar. Do mesmo modo que, sem nunca ser explosivo, a vivacidade extra que exibe por volta das 4500 rpm, evoluindo rápida e decididamente até às 6000 rpm, e evidenciando uma invejável elasticidade, proporcionam bons momentos ao volante quando se impõem toadas mais dinâmicas.

A caixa, igualmente muito suave, e rápida q.b. na maioria das circunstâncias, acaba por exibir algumas hesitações e, sobretudo, um escalonamento que comprova que houve uma preocupação no sentido de um compromisso entre prestações bom nível, uma utilização agradável e consumos comedidos, ou seja, a sua actuação não é a mais célere em percursos com recorrentes e mais acentuadas variações de velocidade. Para obviar, em parte, estas condicionantes, é possível recorrer ao comando manual em sequência, para antecipar as trocas de mudança (dado que o sistema reduz sempre no kickdown, e desmultiplica sempre quando atingida a redline), e só é pena que este esteja disponível apenas na alavanca de comando da transmissão, já que nem mesmo opcionalmente é possível dispor de patilhas no volante.

Menos criticável é o desempenho dinâmico, que continua a ser uma das principais referências da classe, pela forma como alia conforto e eficácia. Na maioria das situações, a suspensão absorve as irregularidades com grande competência, e se, nos desníveis mais acentuados, o eixo traseiro denota alguma secura, traduzida num certo chocalhar dos passageiros traseiros, a contrapartida está num comportamento que é um deleite para um familiar compacto. O eixo dianteiro é muito rápido, incisivo e preciso, garantindo grande previsibilidade de reacções e obediência às solicitações condutor, ao mesmo se juntando uma apreciável elevada agilidade, que só não é um pouco mais efectiva por não ser possível intervir de forma alguma sobre o controlo electrónico de tracção e estabilidade, o que acaba por condicionar um modelo dinamicamente tão convincente, e que ostenta a sigla R.S. Line, mesmo não podendo este ser considerado um verdadeiro defeito num automóvel que, acima de tudo, é um familiar compacto.

O comportamento dinâmico é uma referência para o segmento, fazendo deste um familiar compacto extremamente interessante de conduzir a rtimos mais acelerados

O comportamento dinâmico é uma referência para o segmento, fazendo deste um familiar compacto extremamente interessante de conduzir a rtimos mais acelerados

Referência, igualmente, para a direcção muito competente, e mais ainda quando seleccionado o modo de condução Sport, ao contrário do que sucede com os travões, que não estão especialmente fadados para uma utilização realmente intensiva, o que se traduz num indesejado alongamento das distâncias de travagem ao fim de relativamente poucos quilómetros quando sujeito o sistema a um recurso verdadeiramente exigente. Nada que, ainda assim, manche de forma irreversível a prestação global de um automóvel marcada por uma grande desenvoltura, e por uma facilidade e um agrado de condução inequívocos.

Atributo adicional do Renault Mégane TCe 160 EDC R.S. Line, o posicionamento comercial, patente num preço de €31 400 (€34 278 no caso da unidade ensaiada, por via dos vários extras instalados), mas do que justificado tanto por incluir a caixa EDC, como por ao mesmo estar associado um generoso equipamento de série. Decerto um argumento importante para os que pretende aceder a uma variante mais aguerrida do compacto francês, bem menos dispendiosa do que as suas derivações de pendor efectivamente desportivo.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de peões
Alerta de saída involuntária da faixa de rodagem
Sistema de leitura de sinais de trânsito com alerta de velocidade|
Alerta de fadiga do condutor
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Assistente aos arranque em subida
Travão de estacionamento eléctrico
Cruise control+limitador de velocidade
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Banco dianteiros com regulação em altura+apoio lombar para o condutor
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante em pele multifunções regulável em altura+profundidade
Direcção com assistência eléctrica variável
Painel de instrumentos digital de 10,2"
Sistema de infoentretenimento Easy Link com rádio digital DAB/leitor de mp3+ecrã táctil 7"+tomadas 2x2USB/Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Vidros eléctricos FR+TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisor interior electrocromático
Acesso+arranque sem chave
Sensores de luz+chuva
Luzes diurnas por LED
Faróis de nevoeiro
Assistente de máximos
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Jantes de liga leve de 17"
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Kit de reparação de furos

Pintura metalizada Vermelho Flamme (€750)
Pack Driving (€1500 – inclui: cruise control adaptativo; sistema de assistência à condução em auto-estrada e trânsito; assistente à manutenção na faixa de rodagem; sistema de chamada de emergência; sistema de monitorização do ângulo morto; assistente de estacionamento Easy park Assist; alerta de tráfego pela traseira)
Jantes em liga leve de 18" (€600)

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zyrgon