A sinistralidade rodoviária no presente ano
Como largamente tem vindo a ser difundido nos principais Órgão de Comunicação Social, este ano existe um aumento da sinistralidade rodoviária e consequências associadas, em Portugal. Porém, tem também sido um ano de exceção no que diz respeito ao número de campanhas de sensibilização e operações de fiscalização realizadas sobre as principais causas identificadas deste tipo de sinistralidade.
Estamos, no entanto, num ponto de viragem e esperamos que em breve se consiga debelar os índices registados. Para tanto há que contar com a participação ativa dos próprios condutores.
Da análise realizada sobre os acidentes registados, o excesso de velocidade e as ultrapassagens irregulares surgem em lugar cimeiro no que concerne aos acidentes com vítimas mortais. Só existe uma forma de mudar este cenário. Ou por via de um aumento da atividade fiscalizadora; ou uma inequívoca, e de uma vez por todas, mudança de comportamento por parte de alguns condutores.
Para reflexão, deixamos uma verdade insofismável: nem sempre uma velocidade maior nos leva em menos tempo do ponto A ao ponto B. Nem sempre uma manobra de ultrapassagem nos põe à frente de outro condutor.
Como já temos afirmado em artigos anteriores, é imprescindível trazer para o lado da solução dos acidentes de trânsito os principais atores sociais: condutores, peões, entidades concessionárias das vias, Juízes, Associações civis, Escolas de Condução e a Sociedade civil em geral. Temos é que parar um fenómeno que traz pesados custos, sociais e económicos, para todos nós.
O país não pode, continuadamente, lamentar os seus mortos na estrada.
Uma mudança de ação, precisa-se!
Gabriel Mendes
Comandante da Unidade Nacional de Trânsito da Guarda Nacional Republicana