Alfa Romeo Stelvio 2.0 Turbo (280 cv) Q4 First Edition
Alfa Romeo
Stelvio
2.0 Turbo (280 cv) Q4 First Edition
2017
SUV
5
Integral
2.0 Turbo
280/5250
230
5,7
161
65 000
Comportamento dinâmico, Prestações, Estética desportiva e distinta, Qualidade geral, Capacidade da mala, Equipamento
ESP não desligável, Consumo urbano
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 230 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 6,0 |
0-400 m | 14,3 |
0-1000 m | 26,1 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em D | 3,2 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em D | 3,9 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 36,3 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 7,1 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 8,8 |
Cidade | 11,9 |
Média ponderada (*) | 10,32 |
Autonomia média ponderada (km) | 627 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1410 |
Largura atrás | 1370 |
Comprimento à frente | 1150 |
Comprimento atrás | 750 |
Altura à frente | 990 |
Altura atrás | 980 |
É tal a “febre” dos SUV nos tempos que correm, que mesmo uma marca como a Alfa Romeo, que nos últimos anos muito se tem esforçado para recuperar o célebre cuore sportivo que define o seu ADN, de viu “obrigada” a lançar um modelo deste género para não ficar de fora de um dos mais apetecidos e rentáveis segmentos de mercado do momento. Mas fê-lo à sua própria maneira: através de um modelo que deslumbra pela sua estética, pouco aposta no potencial de utilização fora de estrada (sabendo que são raros os clientes deste tipo de proposta que realmente valorizam tal atributo) e assume-se como a referência da classe no capítulo da eficácia dinâmica e do prazer de condução.
Stelvio de seu nome, o novo e primeiro SUV da casa de Arese é proposto com vários motores Diesel, mas para este primeiro contacto caiu-nos em sorte a versão mais potente entre as animadas por motores a gasolina, pelo menos até que chegue ao mercado nacional o verdadeiramente desportivo Quadrifoglio, com o seu 2.9-V6 de origem Ferrari com 510 cv. Já o nosso Stelvio 2.0 Turbo fica-se pelos 280 cv, e está engalanado com o nível de equipamento e acabamentos First Edition, a edição especial de lançamento de que ainda é possível encontrar algumas unidades nos concessionários da marca.
Primeiro destaque: para os amantes dos SUV de pendor desportivo, o Stelvio será, no mínimo deslumbrante em termos estilísticos – pelo menos tanto quanto o Giulia no sector das berlinas. As suas formas exteriores não deixam quaisquer dúvidas quer quanto à sua origem quer quanto às suas pretensões, tendo ainda o condão de introduzir uma lufada de ar fresco face aos padrões estéticos impostos pelas marcas do norte da Europa que dominam a classe.
O interior é igualmente convincente. Pela decoração a preceito, pela simplicidade das soluções utilizadas e, não menos importante, pelo rigor construtivo e elevada qualidade dos materiais utilizados, e respectivos acabamentos, provando que a Alfa Romeo continua no caminho certo, iniciado com o Giulia, neste particular – e mesmo que, aqui e ali, o Stelvio fique aquém dos seus principais rivais neste domínio, já não restam dúvidas que a evolução e notória e a diferença menos significativa do que nunca.
Ao mesmo tempo, o habitáculo oferece um generoso espaço para quatro ocupantes, sem nada temer a comparação com a concorrência, e um fácil acesso. Digna dos mesmos encómios e a bagageira, com 525 litros de capacidade com os cinco lugares montados, e uma ampla “boca”, que muito facilita as operações de cargas de descargas. Nesta versão First Edition, a abertura e fecho eléctricos do portão traseiro são de série.
Assente na mesma plataforma modular do Giulia, o Stelvio ganhou 70 mm de altura ao solo e tem os bancos colocados numa posição 120 mm mais elevada do que na berlina da marca, por isso oferecendo um posto de condução que oferece um bom domínio sobre a estrada, mas nem por isso é menos correcto. Aliás, nem outra coisa seria de esperar num modelo que, para muitos, quando não para a própria Alfa Romeo, acabará por desempenhar o papel que, noutros tempos, estaria reservado a uma hipotética variante carrinha do Giulia.
Mas se já seria mais do que meritório o leque de atributos exibidos pelo Stelvio até este ponto, o melhor ainda está para vir, e revela-se por completo quando se prime o botão “Start” existente no volante. O motor que quatro cilindros em linha pode até nem ter a nobreza de um V6 ou V8, nem a respectiva sonoridade, mas os 280 cv e 400 Nm que disponibiliza, em conjunto com um peso de 1660 kg (conseguido também por via das portas e do capot em alumínio, e do veio de transmissão em carbono), traduzem-se numa relação peso/potência abaixo dos 6,0 kg/cv e, logicamente, em prestações de muito bom nível, seja os 230 km/h de velocidade máxima, os 6,0 segundos gastos no 0-100 km/h e as céleres recuperações asseguradas, também, pela caixa automática de oito velocidades, que se por vezes “baralha-se” um pouco nas solicitações mais exigentes, também oferece as patilhas no volante (de série nesta versão), para comando manual em sequência, que permitem obviar este handicap, além de disporem de dimensões e de uma colocação primorosas.
Mais uma vez vale a pena sublinhar que, não obstante contar com tracção integral de série, a pouca apetência deste Stelvio 2.0 Turbo Q4 para enfrentar o todo-o-terreno, para além de umas escapadelas por estradões de terra, é mais feitio do que defeito, e até as jantes de 20”, com pneus de perfil 45, são prova disso mesmo. A Alfa preferiu, aqui, potenciar a eficácia dinâmica, como o modelo a revelar-se absolutamente soberbo, e a nova referência do seu segmento, neste particular.
Muito eficaz e preciso em curva, com um sistema 4×4 que só envia binário para o eixo dianteiro quando estritamente necessário, comporta-se, as mais das vezes, como um tracção traseira, revelando uma agilidade digna de registo para um automóvel deste porte, e sempre com um apreciável nível de conforto. À sua disposição, o condutor tem o selector DNA dos modos de condução, com o modo Dynamic a ser o que melhor se ajusta a uma toada mais intensa, até por permitir algumas derivas de traseira. Pena é que o ESP, apesar de só intervir nos limites, não permita desligar mais do que o controlo de tração, assim impedindo que se usufrua de uma maior agilidade, e de um outro grau de diversão e emoção ao volante, uma situação que, tudo indica, será alterada a breve trecho, ficando mais condigna com a postura de um SUV tão orientado em prol da eficácia e da dinâmica.
Ainda assim, o Stelvio 2.0 Turbo Q4 de 280 cv tem argumentos mais do que suficientes para convencer os adeptos do conceito do SUV para o asfalto, capaz de enfrentar sem receios uma toada mais intensa, inclusivamente em traçados sinuosos, e de oferecer um prazer de condução único a este nível. Os consumos são aceitáveis a velocidades estabilizadas, ou pouco menos contidos em cidade, mas nada que preocupe sobremaneira quem se propõe adquirir um automóvel com estas características. Com o muito completo nível de equipamento Fist Edition, os 65 mil euros pedidos pela Alfa Romeo são mais do que ajustados, até porque existem sempre as opções a gasóleo, disponíveis a partir de cerca de 50 mil euros na versão 2.2 Diesel de 150 cv.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha, longit., diant. |
Cilindrada (cc) | 1995 |
Diâmetro x curso (mm) | 84,0×90,0 |
Taxa de compressão | 10,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 280/5250 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 400/2250 |
Alimentação | injecção directa |
Sobrealimentação | turbocompressor+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4687/1903/1671 |
Distância entre eixos (mm) | 2818 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1613/1653 |
Jantes – pneus (série) | 9Jx19″ – 235/55 |
Jantes – pneus (instalados) | 9 1/2Jx20″ – 255/45 (Michelin Latitude Sport) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1660 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 5,9 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 525/64 |
Transmissão | |
Tracção | integral |
Caixa de velocidades | automática de 8+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência electrohidráulica |
Diâmetro de viragem (m) | 12,0 |
Travões | |
discos maciços (n.d.) | discos maciços (n.d.) |
discos maciços (n.d.) | discos maciços (n.d.) |
Suspensões | |
Dianteira | Independente, com triângulos sobrepostos |
Traseira | Independente, com triângulos sobrepostos |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 8 anos |
Intervalos entre manutenções | 30 000 km |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Sistema de auxílio à manutenção na faixa de rodagem
Sistema de monitorização do ângulo morto
Sistema de travagem autónoma de emergência
Controlo automático de descidas (HDC)
Selector de modos de condução DNA
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo TFT a cores de 7″
Bancos em pele
Banco dianteiros aquecidos/reguláveis electricamente (com memória para o condutor)
Banco traseiro rebatível 60/40
Volante multifunções em pele, regulável em altura+profundidade
Patilhas de comando da caixa no volante
Rádio com leitor de mp3+ecrã táctil de 8,5″+oito altifalantes+tomada Aux
Mãos-livres Bluetooth
Sistema de navegação
Direcção com assistência eléctrica variável
Pedaleira em alumínio
Vidros eléctricos FR/TR
Vidros traseiros escurecidos
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis electricamente
Retrovisores exteriores+interior electrocromáticos
Cruise control+limitador de velocidade
Sensores de luz/chuva
Sensores de estacionamento dianteiros+traseiros
Câmara de estacionamento traseira
Faróis bi-Xénon adaptativos+lava-faróis aquecidos
Faróis de nevoeiro
Assistente de máximos
Portão traseiro com abertura/fecho eléctricos
Jantes de liga leve de 20″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus