Antigo executivo da joint-venture chinesa da VW condenado a prisão perpétua por suborno
Shi Tao, ex-director geral adjunto da FAW-VW, a joint-venture chinesa detida pela VW (40%) e pelo Grupo FAW (60%), foi sentenciado a prisão perpétua por um tribunal da província de Jilin, no nordeste da China, por ter sido considerado culpado de ter aceite subornos no valor de 33 milhões de yuans (cerca de 5 milhões de euros). A notícia foi veiculada pelo Shangai Daily (original disponível aqui), diário propriedade do estado chinês, que refere ainda que o antigo executivo terá aceite, desde 2016, subornos de 48 empresas e indíviduos, em troco dos quais ajudou anunciantes e concessionários a obter ordens de encomenda por parte da FAW-VW.
Em declarações efectuadas por escrito, a VW referiu que estava a par do caso (descoberto em 2013, na sequência de uma auditoria), e que, globalmente, é estritamente contra qualquer tipo de conduta ilegal, atribuindo valor primordial a todas as leis anti-corrupção aplicáveis, onde quer que seja. Por seu turno, a Comissão Central para a Disciplina do Partido Comunista Chinês já tinha feito saber há algum tempo que o agora condenado estava a ser investigado por “violar a disciplina do partido”, sendo a mais recente “vítima” da campanha levada a cabo pelo presidente Xi Jinping para reformar as empresas do estado e lutar contar a corrupção no seio das mesmas.
