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Ao volante do novo Toyota Aygo X. Já em Portugal desde €16 490

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Ao volante do novo Toyota Aygo X. Já em Portugal desde €16 490

A Toyota apresentou à imprensa portuguesa o novo Aygo X (deve ler-se Aygo Cross), e tudo faz para comprovar a vocação citadina e o carácter irreverente do seu novo citadino, que já amanhã estará
à venda no nosso país. Os jornalistas percorreram não só algumas das mais emblemáticas zonas do Porto e arredores, como outras marcadas pelas novas tendências da vida cosmopolita, nomeadamente no plano artístico, com o intuito de comprovarem, na prática, a adesão do conceito à realidade.

Antecipado pelo protótipo Aygo X Prologue (saiba mais aqui), o Aygo X foi concebido, e é produzido, na Europa (o design foi criado em França, o conceito foi desenvolvido na Bélgica, o motor é fabricado na Polónia, e a produção tem lugar na Republica Checa), e visa satisfazer as preferências da vida urbana e suburbana dos europeus. Este crossover de cinco portas e quatro lugares é anunciado como único no seu segmento, aspira ser o melhor produto da sua classe, e destina-se a clientes que procuram um automóvel elegante, compacto, ágil, económico e seguro.

É, ainda, o primeiro Toyota produzido na fábrica de Kolin desde que a antiga PSA abandonou a parceria que unia os dois construtores, o que levou ao descontinuar da produção do Citroën C1 e do Peugeot 108, com a unidade fabril a passar a ser detida unicamente pela marca japonesa. Situação que lhe conferiu total independência quando da concepção do Aygo X, seja em termos de filosofia de produto, de estilo, ou até em termos tecnológicos, como o prova o recurso à versão GA-B da plataforma modular global TNGA (Toyota New Global Architecture), estreada na mais recente geração do Yaris, e utilizada, também, pelo novo Yaris Cross.

O resultado é um automóvel bastante mais volumoso do que o seu antecessor: com 3700 mm de comprimento, 1740 mm de largura, 1525 mm de altura e 2430 mm de distância entre eixos, o Aygo X cresceu, face ao anterior Aygo, 235 mm em comprimento, 125 mm em largura, 50 mm em altura e 90 mm entre eixos, além de contar com uma altura ao solo superior em 11 mm, e jantes de 17” ou 18”. Apesar disso, o diâmetro de viragem é de somente 9,4 m, situando-se o peso entre 1065-1090 kg, consoante as versões, o que, segundo a Toyota, faz deste o modelo mais leve entre todos os que integram os segmentos dos citadinos e dos utilitários.

Como não podia deixar de ser, cabe, em boa parte, à estética a tarefa de confirmar um posicionamento de mercado que se pretende distinto do da concorrência. O visual exterior único e robusto bastante cativa, aqui se destacando a linha de tejadilho mais baixa ao centro e de formato em cunha, que incrementa o dinamismo visual e confere um certo toque de desportividade ao modelo; as ópticas dianteiras por LED em forma de asa; a grelha frontal de grandes dimensões; os faróis de nevoeiro e a protecção inferior da carroçaria dispostos em trapézio duplo; as protecções dos guarda-lamas em plástico; os característicos farolins e óculo traseiros.

Exceptuando nas versões de acesso, propostas em mais convencionais pinturas monocromáticas (branco, preto ou cinzento), tudo isto é realçado por uma decoração exterior assente em pinturas bicolores, que combinam cores marcantes, inspiradas por várias especiarias, com o preto sempre aplicado na traseira e no tejadilho, assim criando uma assinatura visual única. São propostas as tonalidades Verde Cardamom, mais elegante e discreta; Vermelho Chilli (com fina aspersão de flocos metálicos azuis), mais poderosa; Beige Ginger (beige), mas sofisticada e evocativa de um espírito de aventura; e Azul Juniper (azul), mais jovial e com um toque de masculinidade.

Este tema das especiarias estende-se ao habitáculo, graças aos vários detalhes na cor da carroçaria, como as aplicações nas portas e no volante, ou as molduras do painel de instrumentos e da alavanca de comando da caixa de velocidades, complementados pelo discreto “X” bordado nas costas dos bancos dianteiros. Mas não restam dúvidas de que o interior é bem menos arrojado e disruptivo do que o exterior, parecendo ter a Toyota preferido apostar aqui em valores seguros, como uma qualidade de construção de nível superior, assegurada por materiais bastante razoáveis para a classe e, sobretudo, por um grande rigor em termos de montagem e acabamentos.

Por seu turno, o substancial aumento das dimensões exteriores traduz-se numa habitabilidade bem mais generosa, ainda que os dois lugares traseiros sejam bastante menos desafogados que os dianteiros, continuando a dispor de janelas traseira de abertura apenas a compasso. Já a capacidade da mala aumentou nada menos do que 60 litros, para 231 litros, podendo ser ampliada até um máximo de 829 litros.

Referência obrigatória para o sistema de infoentretenimento Toyota Smart Connect, baseado num ecrã central táctil de 9″, e que conta, entre outros atributos, com navegação conectada, carregamento por indução para smartphones, ligações Android Auto e Apple CarPlay, com ou sem fios, actualizações remotas e serviços conectados. Ao passo que a solução Toyota Safety Sense é de série em todos os mercados, o que acontece pela primeira no segmento, combinando uma câmara monocular e um radar de ondas milimétricas, e incluindo sistema de pré-colisão com detecção de peões de dia e de noite, e de ciclistas durante o dia; cruise control adaptativo; assistente de condução inteligente (LTA); sistema de econhecimento de sinais de trânsito e assistente de máximos. Opcional é tejadilho em lona, retráctil electricamente e com pala defletora de vento, uma estreia num crossover citadino, dirigida aos amantes da condução de cabelos ao vento.

Passando à ação, sob o capot está o conhecido três cilindros a gasolina 1KR-FE de 998 cc, revisto para poder cumprir as normas europeias de protecção ambiental, e oferecer elevados níveis de fiabilidade e desempenho. Com 72 cv/6000 rpm e 93/4400 rpm, tem acoplada, de série, uma caixa manual de cinco velocidades, podendo, em opção, ser combinado com uma transmissão S-CVT de variação contínua. As prestações anunciadas indicam 14,9 segundos nos 0-100 km/h, 158 km/h de velocidade máxima, um consumo combinado de 4,8-4,9 l/100 km, e emissões de CO2 de 108-110 g/km (14,8 segundos, 151 km/h, 5,0 l/100 km e 113 g/km para a versão de caixa S-CVT).

Numa experiência ao volante necessariamente curta, não foi possível aquilatar todas as melhorias registadas pelo Aygo X em termos dinâmicos, nomeadamente por via de uma superior rigidez torcional, das suspensões revistas (MacPherson na frente, por eixo semi-rígido atrás) e com nova afinaçãos dos elementos elásticos, para reduzir o adornar em curva, e da direcção especialmente afinada para a condução urbana e suburbana na Europa. Mas foi possível comprovar, por exemplo, que o posto condução 55 mm mais elevado, conjugado com o aumento de 10% do ângulo de inclinação dos pilares dianteiros, para 24º, garante uma melhor visibilidade para o exterior; da mesma forma que a utilização de maior quantidade de materiais fonoabsorventes, e respectiva optimização, contribui para criar um ambiente a bordo mais acolhedor, com níveis de ruído mais reduzidos.

Outros factores a ter em conta: o apreciável conforto de marcha, mesmo quando o Aygo X teve que enfrentar as ruas da Invicta que mais exigem das suspensões; e uma inequívoca agilidade, patente tanto na forma como se desenvencilhou no trânsito da hora de ponta, como na facilidade de manobra em espaços mais apertados, inclusive de estacionamento.

Quanto ao comportamento em estrada e auto-estrada, só um teste mais prolongado permitirá tirar conclusões realmente fiáveis nesta matéria, ao passo que o motor não revelou dificuldades de maior para, na maioria das circunstâncias, conjugar uma boa capacidade de resposta com consumos deveras contidos, no que é bem auxiliado por uma caixa suave e senhora de um escalonamento correcto tendo em conta as pretensões do modelo. O ruído de funcionamento é que não é o mais discreto nos regimes mais elevados, mas, graças ao progresso registado em termos de insonorização do habitáculo, acaba por não ser perturbante, ou condicionar de forma definitiva a qualidade de vida a bordo.

Quanto a preços, por €16 490 é proposto o Aygo X play, que já inclui, entre outros, retrovisores eléctricos e aquecidos; ar condicionado; câmara de estacionamento traseira; vidros dianteiros eléctricos; sistema de infoentretenimento com ecrã de 7”; e volante em pele. Já o Aygo X play está disponível por €17 379 (€18 520 com caixa S-CVT), acrescentando ao oferecido pela versão base jantes em liga de 17”; tejadilho em preto; vidros traseiros escurecidos; luzes diurnas por LED; sistema de infoentretenimento com ecrã de 8”. A tudo isto, o Aygo X envy adiciona, por €20 600, jantes em liga de 18” maquinadas; tejadilho em lona; ars condicionado manual; bancos parcialmente em pele; sistema de infoentretenimento com ecrã de 9” e navegação integrada; carregamento sem fios para smartphones; arranque e acesso sem chave; sensor de chuva; e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros.

Por fim, e como é da tradição, o Aygo X irá ser, recorrentemente, proposto em versões de especiais de produção limitada. A primeira dá pelo nome de Aygo X Limited, estará disponível só durante os seis primeiros meses de comercialização, e exclusivamente na cor Verde Cardamom e com tejadilho rígido pintado de preeto, custando €20 780 e acrescentando ao oferecido pelo Aygo X os bancos dianteiros aquecidos, e pormenores adicionais em laranja nas jantes em liga de 18″ mate, nos painéis interiores das portas e nos forros dos bancos.

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zyrgon