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Ao volante dos novos Honda Jazz e Crosstar. Só híbridos e desde €23 500

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Ao volante dos novos Honda Jazz e Crosstar. Só híbridos e desde €23 500

Já podem ser adquiridos em Portugal os novos Honda Jazz e Crosstar. Dois modelos que confirmam a forte aposta do construtor nipónico na electrificação da sua actual oferta, na qual já se incluem o CR-V Hybrid e o recém-lançado Honda e, o novo citadino totalmente eléctrico (pode ler o ensaio completo aqui).

Aliás, é tal a certeza a Honda de que o futuro passará, inevitavelmente, por aqui, que a marca até reviu em “alta” os seus objetivos de curto prazo neste capítulo. Ou seja: se, inicialmente, a terceira maior marca automóvel do mundo ambicionava ter dois terços da sua oferta electrificada em 2025, agora, anuncia que a mesma estará totalmente electrificada já em 2022 – e, até lá, tem confirmado o lançamento na Europa de mais quatro modelos híbridos ou totalmente eléctricos. Isto quando as previsões apontam para que somente em 2030 as vendas de automóveis, a nível global, sejam asseguradas em dois terços por modelos electrificados.

Mas o que realmente mais importa, neste momento, é a chegada ao mercado da quarta geração do Jazz, e do seu quase “gémeo” Crosstar – um derivativo do primeiro, que deste se distingue por pouco mais do que o viusal exterior, mais próximo do universo dos SUV. Ambos são propostos, na Europa, apenas com motorização híbrida, ficando, desde logo, marcados pelo novo design exterior, assente numa nova filosofia denominada “Yoo no bi” – expressão que, no essencial, pretende reconhecer a beleza que existe nos itens de uso quotidiano, e que têm sido aperfeiçoados ao longo do tempo, por forma a torná-los ainda mais belos e utilizáveis para os fins a que se destinam.

Dissertações à parte, do que não restarão dúvidas é que o estilo do novo Jazz é moderno e diferenciador, mesmo podendo não ser o mais consensual. Logrando, ao mesmo tempo, identificar, logo num primeiro olhar, este utilitário como um Honda e, principalmente, como um Jazz – o que não será de somenos quando se sabe que cerca de 97% dos quase 22 500 Jazz vendidos em Portugal desde 2001, ano de lançamento da sua primeira geração, ainda se mantêm em circulação.

Com 4044 mm de comprimento, 1694 mm de lagura e 1526 mm de altura, para uma distância entre eixos de 2517mm, o Jazz continua a posicionar-se como que a meio caminho entre o segmento dos utilitários e o dos familiares compactos, atributo confirmado, também, pela generosa habitabilidade, nomeadamente no que respeito aos espaço para pernas atrás, e por uma bagageira cuja capacidade varia entre 309-1205 litros. Como não podia deixar de ser, os chamados “bancos mágicos”, com o seu tão engenhoso quanto prático sistema de rebatimento, são um argumento que o modelo não dispensa; o correcto posto de condução, proporcionado uma bem-vinda panorâmica sobre o meio circundante, tem no painel de instrumentos digital de 7”, e no ecrã de 9” do sistema de infoentretenimento 9”, dois úteis auxiliares.

Característica marcante dos novos Jazz e Crosstar, primeiros modelos a serem lançados pela Honda sob a sua nova marca e:Technology, é a motorização híbrida, tecnologia a partir de agora identificada nos modelos da marca pela sigla e:HEV. No caso em apreço, trata-se de uma evolução da solução já conhecida da variante híbrida do CR-V, naturalmente adaptada e redimensionada para ser aplicada num automóvel bem mais compacto e leve.

Mas que nem por isso deixa de combinar um motor a gasolina 1.5 i-VTEC (com 98 cv e 131 Nm), um motor eléctrico de propulsão (com 109 cv e 253 Nm), um motor eléctrico gerador, uma caixa e-CVT de relação fixa e uma bateria de iões de lítio. Com uma potência combinada de 109 cv, o novo Jazz promete oferecer a melhor relação entre consumos e prestações da classe, anunciando 9,5 segundos nos 0-100 km/h, 175 km/h de velocidade máxima e um consumo combinado de 4,6 l/100 km.

Na prática, e sem que o condutor tenha qualquer intervenção sobre o sistema, já que a gestão electrónica do veículo se encarrega, a cada momento, de selecionar autónoma e automaticamente a opção que mais se adequa às condições de utilização e ao tipo de condução praticada, esta motorização conta com três modos de funcionamento. No modo totalmente eléctrico, é o motor eléctrico de propulsão que faz mover as rodas dianteiras; no modo híbrido, o motor de combustão fornece energia ao motor eléctrico gerador, que, por sua vez, alimenta o motor eléctrico de propulsão, para que este possa animar o eixo motriz; por fim, existe um modo em que o motor térmico transmite directamente força às rodas, por via da actuação de uma embraiagem de bloqueio que o liga às mesmas.

Boa parte da elevada eficiência do Jazz advém do facto de, na maioria das situações, ocorrer uma transição permanente entre os modo eléctrico e híbrido – sendo, sobretudo, em estrada e auto-estrada, ou em solicitações realmente intensas, que o motor a gasolina é aquele que faz mover directamente o veículo – sempre que necessário, auxiliado pelo motor eléctrico de propulsão. Atributo adicional desta solução: sempre que existir um excedente de potência gerada pelo motor térmico, e energia adicional é armazenada na bateria, a qual, naturalmente, também é recarregada pela regeneração energética em desaceleração e travagem.

Ainda em destaque no novo Jazz, a dotação de segurança, com o programa Sensing a compilar dispositivos como a travagem autónoma de emergência com alerta de colisão frontal e detecção de peões; o cruise control adaptativo com assistente de velocidade máxima; o assistente à manutenção na faixa de rodagem; o sistema de monitorização do ângulo morto; o sistema de leitura de sinais de trânsito; e o assistente de máximos. Este é, ainda, o primeiro veículo da sua categoria a incluir um airbag central dianteiro (destinado a evitar embates entre condutor e passageiro da frente em caso de colisão), a que se juntam o airbag para os joelhos do condutor e os airbags laterais traseiros – isto para além dos mais comuns airbags frontais, laterais dianteiros e de cortina.

Praticamente tudo o que acima foi referido para o novo Jazz aplica-se, igualmente, ao Crosstar. Que, a distingui-lo, tem não mais do que a grelha frontal e as jantes de 16” específicas; as protecções exteriores da carroçaria; a posição de condução ligeiramente mais elevada; os revestimentos dos bancos à prova de água; e as barras de tejadilho. Com mais 6 mm comprimento, 31 mm de largura e 30 mm de altura que o Jazz, a capacidade da mala varia, aqui, entre 298-1199 litros, sendo as prestações anunciadas de 9,9 segundos nos 0-100 km/h e 173 km/h de velocidade máxima, para um consumo combinado de 4,8 l/100 km.

Sem prejuízo dos testes completos aos dois modelos, que em breve serão publicados pela Absolute Motors, nesta primeira apresentação à imprensa portuguesa dos novos Jazz e Crosstar foi já possível ter um primeiro contacto dinâmico com os mesmos. Ainda antes de iniciar a marcha, é notória a maior visibilidade dianteira para o exterior, garantida pela adopção de pilares dianteiros ultrafinos, cuja espessura passou de 160 mm no modelo anterior para 55 mm no actual, assim garantindo um ângulo de visão que evoluiu de 69° para 90°. Do mesmo modo que voltaram a ficar patentes todos os méritos dos bancos mágicos, que fazem deste um dos mais versáteis modelos do seu segmento.

Já em andamento, e num percurso essencialmente citadino, com ligeiras incursões por vias suburbanas, nota positiva para a suavidade e silêncio de funcionamento da motorização híbrida, assim como para a sua boa resposta à maioria das solicitações do condutor nestas circunstâncias, garantindo uma apreciável agilidade a um conjunto com 1246 kg de peso. Pelo contrário, e como é apanágio do tipo de transmissão utilizada, sempre que o acelerador é pressionado com maior intensidade, o motor a gasolina é levado, num ápice, ao seu regime máximo de funcionamento, passando a sua presença, como seria se esperar, a fazer sentir-se de forma bem mais intensa no habitáculo.

Ainda assim, as prestações agradam, ao passo que o consumo médio rondou os 4,5 l/100 km nesta experiência, o que não deixa de ser apetecível – embora todos estes dados estejam sujeitos a confirmação quando de ensaio mais alargado. E se acerca da eficácia dinâmica não foi ainda possível retirar grandes conclusões, fica um elogio para o elevado conforto de marcha, inclusive em piso degradado, predicado para que não deixarão de contribuir os novos bancos, com maior espessura.

Quanto ao posicionamento comercial, tanto o Jazz como o Crosstar são propostos entre nós apenas com um nível de equipamento, Executive de seu nome, e, por sinal, bastante completo.  Por beneficiarem de uma campanha de lançamento que lhes atribui um desconto de €3000, o primeiro custa €25 500, o segundo €28 500 – ambos usufruindo de uma garantia geral de sete anos sem limite de quilómetros. Vantagem adicional para qualquer um dos cerca de 125 mil portugueses que sejam possuidores de um automóvel da Honda e pretendam adquirir um Jazz ou Crosstar: fazendo prova disso mesmo, beneficiam de um desconto adicional de €1000, sem que, para tal, tenham que entregar para retoma o modelo já possuem.

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zyrgon