Aston Martin DB11 revelado
Foi, claro está, no Salão de Genebra que a Aston Martin desvendou, finalmente, o DB11, modelo que substitui o DB9 na oferta da marca e dá inicio a uma nova etapa na sua existência, sendo já lançado ao abrigo do plano “Segundo Centenário”. Com 4739 mm de comprimento, 1940 mm de largura, 1279 mm de altura e uma distância entre eixos de 2805 mm, é um coupé 2+2 que, apesar de anunciado como o membro da família DB mais potente, mais eficiente e dinamicamente mais dotado de sempre, começa por se impor, como já é da tradição, por uma aparência exterior a que não é fácil ficar indiferente, assente numa nova linguagem de design, que posteriormente se estenderá à restante oferta da Aston Martin. Em destaque, o longo capot; as ópticas por LED de novo desenho; a nova configuração da grelha frontal; o perfil esguio, marcado pela ausência de pilares centrais; e a traseira compacta e dominada pelo formato da tampa da mala e pelos farolins por LED de novo grafismo – merecendo ainda menção algumas soluções de aerodinâmica activa, que primam pela sua discrição, na frente como na traseira.
Em conjunto com a sua parceira técnica Daimler, a casa de Gaydon desenvolveu para o DB11 um painel de instrumentos totalmente digital, de 12”, e um sistema de infoentretenimento comandado através de um botão rotativo e de um touchpad, e dotado de um ecrã táctil de 8” instalado ao centro do tablier. Ao mesmo tempo, o maior ângulo de abertura das portas facilita o acesso a um habitáculo que promete oferecer bastante mais espaço do que o do DB11 (em especial para as pernas e para cabeça de quem viaja atrás), contando a bagageira com 270 litros de capacidade.
Tecnicamente, um dos principais atributos do DB11 é ter por base uma nova plataforma em alumínio, mais leve, mais robusta e capaz de proporcionar mais espaço anterior do que a do DB9, contando a carroçaria com portas com estrutura em magnésio. Suspensões, direcção (agora assistida electricamente) e sistemas electrónicos são de nova concepção, merecendo referência o amortecimento pilotado adaptativo, o sistema de vectorização de binário e o selector de modos de condução, com as opções GT, Sport e Sport Plus. Já o motor é um novo V12 de 5,2 litros com dupla sobrealimentação, distribuição variável, desactivação de cilindros e sistema start/stop, desenvolvido pela própria Aston Martin, capaz de disponibilizar 608 cv/6500 rpm e 700 Nm/1500-5000 rpm, e que tem acoplada uma caixa automática ZF de oito velocidades – o suficiente para levar o DB11 para lá dos 320 km/h, e lhe permitir cumprir os 0-100 km/h em 3,9 segundos.
Para Andy Palmer, responsável máximo pela marca, o novo DB11 é não só o lançamento mais importante da Aston Matin dos últimos tempos, mas, porventura, de toda a sua história, longa de 103 anos, por permitir-lhe voltar a ser um construtor líder no segmento dos automóveis de luxo. Algo que será possível confirmar com maior acuidade quando o modelo chegar ao mercado, no decurso do último trimestre deste ano, a um preço que é de €204 900 na Alemanha.