Aston Martin DBX com plataforma própria
Ao contrário do que referiam os primeiros rumores acerca do futuro SUV da Aston Martin, afinal, e à semelhança do que a Absolute Motors havia já anunciado, a versão de produção do protótipo DBX (revelado no Salão de Genebra) não deverá ter por base a plataforma do novo Mercedes GLC, mas sim uma versão adaptada da nova plataforma da marca, a estrear em 2016 no sucessor do actual DB9 – caso tal venha a ser tecnicamente viável -, e o qual deverá adoptar a designação DB11. Em declarações ao Automotive News, Andy Palmer, CEO da marca de Gaydon, explicou que a plataforma do Mercedes GLC não será a melhor solução para o modelo britânico, porque se pretende que este seja mais um crossover do que um SUV, capaz de integrar todo o ADN desportivo da Aston Martin. Sublinhando que o objectivo é que os clientes sintam que se estão a sentar, não “sobre o automóvel”, mas sim “no automóvel” – numa clara alusão ao posto de condução tradicionalmente elevado dos SUV.
Ainda assim, Palmer concede a possibilidade de o DBX fazer uso de alguns componentes de origem Mercedes (até porque a casa da estrela detém 5% da Aston Martin, ao abrigo do acordo de fornecimento de sistemas eléctricos e motores V8 para a sua próxima geração de modelos), mas ressalvando que, no que diz respeito à plataforma, a primeira opção será fazer uso de uma desenvolvida pela própria Aston Martin, construída em alumínio fundido e extrudido, para conter ao máximo o peso. Recorde-se que o construtor britânico anunciou já o investimento de cerca de 300 milhões de euros no desenvolvimento da versão de produção do DBX, que se espera seja lançado em 2019 para cativar uma clientela mais ampla do que o habitual na marca (mais jovem e onde as mulheres assumam maior representatividade), assim como na criação de outros modelos que saem fora do seu tradicional alinhamento de gama.
