Ataques de Latvala não assustam Ogier
Primeiro e segundo classificados no campeonato, Sébastien Ogier e Jari-Matti Latvala, lutam pela vitória no Rali de Espanha. O francês, que comanda a prova, pode ser campeão se vencer. O finlandês, que lhe segue com uma desvantagem de 27,8s, sabe que tem de ganhar se quiser adiar a questão do título para a derradeira jornada da época, o Rali da Grã-Bretanha, em Novembro.
A segunda etapa do Rali de Espanha, que se realiza na Catalunha, ficou marcada pelo ataque de Latvala à liderança do seu companheiro de equipa na Volkswagen, Sébastien Ogier. Dos seis troços, o finlandês venceu quatro, enquanto os outros dois foram ganhos pelo francês e por Andreas Mikkelsen, que corre no terceiro Polo WRC.
Contudo, e apesar da rapidez evidenciada por Latvala em asfalto, o campeão do Mundo geriu a vantagem que conquistou na primeira etapa. De manhã, os dois partiram para a competição separados por 36,6s e no final do dia, essa diferença diminuiu para os 27,8s, o suficiente para Ogier controlar o andamento amanhã.
Não obstante esta aparente situação controlada pelo francês, Ogier acabou por apanhar um susto no maior troço do dia, a especial número 11, que tinha cerca de 50 quilómetros de extensão. O campeão do Mundo acabou por ser o mais rápido, mas fez quase metade da distância com uma vibração num dos pneus dianteiros do seu carro e não sabia se conseguia chegar ao fim. “Quando faltavam 20 quilómetros andei com um pneu muito desgastado, mas consegui sobreviver”, contou o piloto.
Latvala, por seu turno, explicou que nessa mesma classificava adoptou uma pilotagem conservadora para poupar pneus. “Ainda temos mais um troço grande”, dizia no final. E foi assim que Ogier conseguiu suster os ataques do seu companheiro de equipa e manter uma vantagem confortável na classificação.
Mads Ostberg e Andreas Mikkelsen, que terminaram o dia de ontem em terceiro e quarto respectivamente, não estiveram tão bem e estão praticamente arredados do pódio. O norueguês da Volkswagen perdeu 2m30s para trocar um pneu danificado, enquanto o seu compatriota da Citroën não se deu bem com as notas tiradas durante os reconhecimentos. “Levanto o pé em zonas que devemos passar a fundo e em que a estrada tem 15 metros de largura”, explicou Ostberg.
Com isso, beneficiou Mikko Hirvonen. O finlandês da Ford assumiu um andamento muito constante desde a primeira especial do Rali de Espanha e está a conseguir bons resultados. Quando faltam quatro troços para o fim, tem uma vantagem de meio minuto para Ostberg, enquanto Dani Sordo é o melhor dos Hyundai, em quinto. O espanhol dificilmente alterará a sua posição a não ser que algo de excepcional aconteça. Está a mais de 20 segundos do quarto classificado e tem quase 1m30s de margem para Thierry Neuville, que é sexto.
Entre as incidências do dia, destaque para Kris Meeke, que teve de mudar uma roda depois de ter batido numa pedra, e Robert Kubica, que se viu limitado quando o diferencial traseiro do seu Ford Fiesta deixou de funcionar e ficou só com tracção dianteira.
Al-Attiyah prepara-se para vencer no WRC2
Confortável na liderança entre os concorrentes no WRC2, Nasser Al-Attiyah quase que se passeou nos troços do dia do Rali de Espanha. O qatari que para a semana corre em Portugal, na Baja Portalegre 500, cedeu parte da vantagem que tinha para Julien Maurin, mas acabou a etapa com mais de um minuto de diferença. Robert Barrable subiu ao último lugar do pódio mas certamente ficará satisfeito com o resultado pois está quase a cinco minutos do líder.
Amanhã há mais quatro classificativas, todas elas em asfalto. Os concorrentes têm pouco mais de 70 quilómetros contra o relógio, sendo que o último troço, com 15,55 km, vale pontos extra para os três mais rápidos, pois é a power stage.
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