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Audi Q3 2.0 TDI Off-Road Edition

Artigo
Audi Q3 2.0 TDI Off-Road Edition

Visão geral
Marca:

Audi

Modelo:

Q3

Versão:

2.0 TDI 140cv Off-Road Edition

Ano lançamento:

2011

Segmento:

SUV

Nº Portas:

5

Tracção:

Dianteira

Motor:

2.0 Diesel

Pot. máx. (cv/rpm):

140/4200

Vel. máx. (km/h):

202

0-100 km/h (s):

9,9

CO2 (g/km):

137

PVP (€):

39 200/49 795

Gostámos

Qualidade de construção e materiais utilizados, Boa relação desempenho/consumos

A rever

Preço, Suspensão demasiado rígida

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Qualidade geral
8.0
Interior
8.0
Segurança
8.0
Motor e prestações
7.0
Desempenho dinâmico
8.0
Consumos e emissões
7.0
Conforto
7.0
Equipamento
8.0
Garantias
8.0
Preço
6.0
Se tem pressa...

Com a edição Off-Road que o importador nacional nos propôs, fomos descobrir como é possível levarmos o “pequeno” Q3 em pequenas aventuras fora de estrada, sem temermos pela saúde de um Crossover que foi criado apenas com o intuito de subir passeios na cidade e pouco mais.

7.5
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Não há volta a dar aos números que revelam que o mercado dos SUV compactos (ou SUV-B se desejar) continua a um dos que maior crescimento tem revelado, daí não me surpreender os constantes lançamentos e actualizações dos modelos actualmente em comercialização. Dentro do trio germânico de veículos premium, existe um modelo que tem tido uma enorme aceitação no nosso mercado, o “pequeno” Q3 da Audi que, graças à introdução do pacote de equipamento “Off-Road Edition” passa assim a oferecer um look mais indicado para um veículo que deseja sair do asfalto.

Lançado a meio de 2011, o Q3 recorre à plataforma PQ25, a mesma que o grupo Volkswagen utiliza ainda em diversos modelos, como o VW Tiguan, Golf “6”, Beetle, Audi TT e o anterior Audi A3 (8P). Isto não significa que seja uma má plataforma, bem pelo contrário, pois esta foi criada a pensar no bom comportamento dinâmico, visto ter sido a primeira do grupo a recorrer a suspensões totalmente independentes em ambos os eixos. Naturalmente que com as optimizações dos engenheiros da Audi a nível da suspensão, o Q3 consegue oferecer um comportamento dinâmico surpreendentemente elevado, tendo no caso específico desta versão de ensaio sido ainda melhor que o esperado graças às enormes (e bonitas) jantes de 19 polegadas, equipadas com pneus Dunlop de medidas 255/40.

Visto tratar-se de uma versão especial Off-Road Edition, este Q3 vinha equipado com uma extensa lista de equipamento adicional que, infelizmente, encarece demasiado a viatura, tornando-a mais cara que o Q5 com a mesma motorização (embora com 150cv) na sua versão base. De qualquer das formas, é curioso verificar como a aplicação de barras de tejadilho cromadas, do pacote de alto brilho (frisos do tejadilho e contornos das janelas em alumínio e revestimento dos pilares em preto brilhante), jantes de liga leve de 19 polegadas com design Todo-o-Terreno (com 5 raios duplos), para-choques dianteiro e traseiro com design todo-o-terreno e com protecção da parte inferior em aço inoxidável, grelha singleframe com frisos verticais cromados e abas nas cavas das rodas em plástico resistente conseguem transformar por completo o aspecto do Q3, tornando-o num verdadeiro aventureiro, visualmente.

Mesmo não tendo sido criado para grandes aventuras fora do asfalto, com algum cuidado, o Q3 Offroad Edition consegue surpreender

Mesmo não tendo sido criado para grandes aventuras fora do asfalto, com algum cuidado, o Q3 Off-Road Edition consegue surpreender

Como é habitual na marca, a qualidade de construção sente-se até mesmo no exterior, em pormenores como todo o painel inferior do Q3 forrado com um velcro para garantir um maior isolamento acústico, não só dos ruídos de rolamento (que são bastantes com estes pneus e as janelas abertas) como de pedras soltas que possa saltar e embater, sempre que o Q3 frequentou estradas de terra.

No interior a sensação de qualidade é a habitual num automóvel da marca, sendo praticamente todos os materais de elevada qualidade, tal como a sua montagem, isenta de falhas. O design e a ergonomia do interior do Q3 é uma combinação de soluções encontradas no Q5 com a organização do pequeno A1, como é o caso da colocação do ecrã do sistema MMI (com navegação Plus) no topo do tablier, e a instrumentação do mesmo colocado logo por baixo das saídas da ventilação central, sendo estas seguidas por botões de acesso rápido (desligar o sistema Start/Stop e controlo de estabilidade) e pelo sistema de ar condicionado automático de duas zonas. Para poder aproveitar o bom comportamento dinâmico do Q3, tinha ao meu dispor bancos dianteiros desportivos (em pele e alcântara ao centro), que oferecem um bom apoio lombar e lateral, existindo o sempre agradável apoio de coxas escamoteável. Os bancos atrás oferecem linhas semelhantes e os mesmos acabamentos que os dianteiros, embora os apoios laterais sejam praticamente inexistentes, o que tem a sua vantagem caso pretenda transportar um terceiro ocupante, muito embora o espaço existente para o mesmo seja algo limitado.

No que toca à bagageira, esta não consegue ser um prodígio de espaço, mas consegue oferecer maior capacidade que o rival BMW X1, graças aos seus 460 litros, que podem ser ampliados para 1365 litros rebatendo os bancos traseiros, criando assim uma superfície que, infelizmente, não consegue ser totalmente plana. Ainda sobre a bagageira, fiquei bastante agradado com um extra que o importador nacional colocou neste Q3, o piso de bagageira reversível, onde uma das faces é suave como o resto do interior da viatura, e a outra face plastificada, para garantir a resistência a líquidos e riscos de objectos que pretenda transportar.

Dinamicamente, este Audi Q3 oferece um excelente comportamento

Dinamicamente, este Audi Q3 oferece um excelente comportamento

Voltando aos lugares dianteiros, destaque para o sistema MMI de navegação Plus, que possui dados de navegação no disco rígido, ecrã LCD de 7 polegadas de alta resolução, e mapas com indicação de lugares turísticos e localidades em 3D, ideal para que nunca se perca no ambiente de origem deste Q3, a cidade. Infelizmente por não dispor do sistema Audi Connect, estará limitados às informações de trânsito em tempo real pelo serviço TMC, que em Portugal continua a ser completamente inútil. Outro ponto que continua a deixar-me algo perplexo é o facto da Audi continuar a insistir na ligação Audi Music Interface, que obriga à utilização de cabos próprios para a ligação a dispositivos Apple, dispositivos USB ou leitores de média por ficha auxiliar, em vez das habituais ligações que encontramos em praticamente toda a concorrência. Felizmente o emparelhamento por Bluetooth é extremamente simples de realizar, ficando ao nosso dispor não só de um competente sistema de alta voz (para evitar falar ao telemóvel durante a viagem) como de um bom sistema de transmissão de áudio por Bluetooth, ideal para quem, como eu, tem uma vasta biblioteca de músicas no Smartphone. Existe ainda dois leitores de cartões SD (suportam cartões SDHC até 32GB), um formato que continuo a não entender porque razão ainda é suportado para esta finalidade.

No campo das motorizações, este Q3 recorre à bloco de entrada de gama, o já conhecido 2.0 TDI de quatro cilindros com 140 cv que acabou por se revelar bastante agradável, sem no entanto ser excepcional. Não possuindo o classico “empurrão” do velhinho 1.9 TDI do grupo Volkswagen, este dois litros turbodiesel é dono de uma suavidade e linearidade invulgar, o que por vezes se poderá traduzir numa invulgar falta de força, muito embora os números (e o ponteiro no velocímetro) indiquem o contrário. Recorrendo a uma eficaz caixa manual de seis velocidades, esta possui um escalonamento longo, revelando claramente as intenções da mesma para contribuir para os consumos e baixas emissões de gases, mas a sua utilização foi sempre bastante precisa e muito agradável, especialmente tendo em conta a quantidade de vezes que tive que a manusear durante percursos mais citadinos.

Embora a suspensão por vezes não ajude, no interior consegue-se estar envolvido de material confortável e de grande qualidade

Embora a suspensão por vezes não ajude, no interior consegue-se estar envolvido de material confortável e de grande qualidade

Tal como já disse anteriormente, o comportamento dinâmico deste Q3 foi uma agradável surpresa, não só por culpa da plataforma, que recorre a uma suspensão do tipo McPherson à frente e multilink atrás (com respectivas barras estabilizadoras), como pelas enormes jantes escolhidas para esta viatura. Isto no entanto pesou negativamente na condução do Q3 em pisos irregulares, tendo-se revelado algo dura sempre que o piso se deteriorava. Porém, em estrada e auto-estrada, este Q3 revelou um comportamento invulgarmente eficaz, mesmo em situações mais extremas, quando os limites de velocidade foram excedidos e as leis da física habitualmente indicam-nos que não é possível realizar tal curva com um automóvel destas dimensões, e em particular apenas com tracção dianteira. Certo é que este último ponto poderá apresentar-se como um trunfo nas contas que mais importam actualmente, permitindo ao Q3 demonstrar no computador de bordo a cores valores não muito distantes dos anunciados pelo fabricante, sendo estes bastante aceitáveis tendo em conta o tipo e dimensões da viatura. Estes foram ainda auxiliados, em particular no caso do circuito urbano, pela presença do sistema de Start/Stop, que contribuiu bastante para manter os consumos contidos.

Assim sendo, chegada está a altura de atribuir um veredicto final. É certo que o Q3, na sua versão base, sofre de um problema grave típico de muitos automóveis alemães, uma terrível falta de personalidade, muito por culpa de ter sido totalmente criado a pensar na eficácia e não na emoção, como demonstram as insípidas linhas do modelo base do Q3. Felizmente, com as diversas aplicações do pacote Off-Road, este Q3 consegue assim diferenciar-se e tornar-se bastante mais agradável, sendo a par do futuro RS, a única maneira de gostar da estética do Q3. A motorização, embora seja a de base, consegue oferecer um bom desempenho aliado a uns surpreendentes resultados a nível de consumos, mas como acontece em praticamente todos os veículos provenientes do trio de marcas germânicas de topo, a ampla lista de opcionais tem que ser utilizada com muito cuidado, caso contrário acontece-lhe uma catástrofe como foi o caso deste modelo de ensaio, que possui mais de €10500 em extras.

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Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags de cortina sideguard
Auxílio de arranque nas subidas
Sensores de estacionamento atrás
Controlo electrónico de estabilidade (ESP)
Fecho centralizado com comando à distância
Destravamento da tampa traseira por fora
Travão de estacionamento electromecânico
Imobilizador electrónico
Computador de bordo
Bancos dianteiros com regulação manual em altura
Cintos de segurança monitorizados
Apoio de braços central dianteiro
Banco traseiro rebatível 60/40
Sistema ISOFIX para duas cadeiras de crianças no banco traseiro
Volante de quatro braços multifunções, em couro
Inserções decorativas em monometálico
Ar condicionado automático
Retrovisor interior com anti-encadeamento automático
Kit de primeiros socorros e triângulo de pré-sinalização
Porcas de segurança com protecção anti-roubo
Sensor de luz/chuva

Bancos dianteiros desportivos (€645)
Computador de bordo a cores com recomendação de paragem (€135)
Cruise Control (€320)
Estofos em couro/alcântara (€1345)
Faróis de Xénon (€1155)
Jante e pneu de reserva de dimensão reduzida (€75)
MMI de navegação Plus (€2045)
Off-Road Edition (€3220)
Pacote de luzes interiores em LED (€280)
Pacote Look (€1145)
Piso da bagageira reversível (€230)

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Sobre o autor
zyrgon