Baja de Quilengues demolidora mas muito competitiva
Com 41 pilotos inscritos à partida – dividos pelas classes M (4), Q (10), TT (8), E1 (2) e E2 (17) -, a Baja de Quilengues, o maior rali de Angola dos tempos modernos, foi uma prova dura e difícil para os participantes, e logo no final do primeiro dia de competição 23 pilotos não haviam terminados, desses tendo sido recuperados 13 ao abrigo dos regulamentos. No final, só 19 pilotos terminaram classificados
A terceira prova do CARR para 2014, composta por 332 km cronometrados e 180 km de ligações, ficou marcada por muitos despistes e avarias, em que o mais afectado terá sido Ricardo Pedreneira, que chegou a ter de ser evacuado de helicóptero para Benguela, onde se acabou – felizmente – por confirmar que o seu estado não era inspirador de cuidado. Logo no prólogo ficaram Ivens Santos e Crstiano Cristovão, com este último a ter um aparatoso número acrobático com o seu Polaris logo ao fim de 100 metros.
No final do primeiro dia de prova, só duas das dez Moto4 que iniciaram a prova haviam resistido à dureza da mesma – Rui Cunha foi um justo vencedor, seguido de Miguel Cardoso. Nas duas rodas, Henrique VU deu espectáculo e terminou em primeiro, seguido de Hélder Coelho (Vuty) e de Zé Comando.
Notório foi, também, o crescendo de competitividade e de número de inscritos dos jipes e pick-ups. Se, no Namibe, a diferença entre os dois primeiros foi de dois segundos, em Quilengues, ao fim de 332 km de troços cronometrados, Hugo Carvalho foi o primeiro, com 31 segundos de vantagem para Ricardo Sequeira, que por sua vez foi apenas oito segundos mais rápido do que o terceiro, Rómulo Branco – um pódio totalmente dominado pelos Mitsubishi Pajero.
Entre os menos felizes, uma palavra para Sandro Dias, que continua a não conseguir ter a sua Mazda em perfeitas condições, para Maló Almeida, que padeceu da quebra do turbona sua Isuzu, e para Miguel Raposio, cujo ZZNissan só com tracção traseira muito dificultou a passagem dos rios com os leitos cheios de areia. Ricardo Reis, em mais um Mitsubishi, fez a sua estreia absoluta nestaas andanças; Mário Passos continua com a sua malapata… Menos felizes foram os pilotos da classe E1, em que mais uma vez ninguém conseguiu terminar, embora Nuno Filhó merecesse melhor sorte, já que conseguiu cumprir trÊs das quatro PEC.
Quanto aos Polaris, nunca tinha havido uma hecatombe como em Quilengues – dos 15 que iniciaram a prova, só quatro terminaram. Zeca Namibe dominou, Miguel Mota geriu muito bem a sua prova de modo a terminar num brilhante segundo lugar.
No final, a organização da prova faz um balanço muito positivo da mesma, não deixando de agradecer a entidades como a Vauco (que cedeu duas novíssimas Isuzu D-Max para carros 0 e 00), a TDA (que enviou uma JMC que serviu de repetidor para comunicaçõe via rádio), a Linha Vida (cujo hospital está cada vez mais apetrechado), a PrintLab e, sobretudo, o Município de Quilengues.
A próxima proca do CARR serão as 2 Horas TT do Longa by Cargo, a disputar a 12 e 13 de Julh