Carlos Ghosn promete aliança Renault-Nissan-Mitsubishi irreversível
Mandatado para mais quatro anos na liderança da Renault, Carlos Ghosn assegurou que as três empresas que compõem a Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi apresentarão, nas próximas semanas, um plano que tornará esta parceria “irreversível”. Isto apesar de continuar a estar colocada de parte uma fusão entre Renault e Nissan, essencialmente por culpa da participação de 15% que o Estado francês insiste em manter na marca do losango (recorde-se que a Renault controla a Nissan através de uma participação de 43,4%, com a marca nipónica, por sua vez, a controlar a sua congénere da Mitsubishi através de uma participação de 34%).
Para número dois de Ghosn, actualmente com 63 anos, foi nomeado, enquanto COO da Renault, o francês Thierry Bollore, de 54 anos, que iniciou a sua carreira profissional na Michelin e era, até aqui, CCO da Renault – antevendo-se, já, como o futuro número um da marcsa. Para se manter no cargo, e garantir o apoio do governo gaulês para um novo mandato, Carlos Ghosn terá concordado em ver reduzido o seu salário em cerca de 30%, passando o seu novo pacote salarial, a aprovar em assembleia-geral a 15 de Junho próximo, a incluir 2,46 milhões de euros em pagamento fixo e variável, a que há que acrescentar 80 mil acções no valor de 8,6 milhões de euros.
