Citroën C4 1.6 BlueHDI 120 Shine
Citroen
C4
1.6 BlueHDI Shine
2015
Familiares compactos
5
Dianteira
1.6 Diesel
120/3500
197
10,6
100
28 608/29 483
Motor refinado, disponível e frugal, Relação preço/equipamento, Equilíbrio global, Conforto
Idade do projecto patente no interior
Velocidade máxima anunciada (km/h) | 197 |
Acelerações (s) | |
0-100 km/h | 11,2 |
0-400 m | 18,0 |
0-1000 m | 32,7 |
Recuperações 60-100 km/h (s) | |
Em 3ª | – |
Em 4ª | 8,2 |
Em 5ª | 11,0 |
Recuperações 80-120 km/h (s) | |
Em 4ª | 11,2 |
Em 5ª | 13,4 |
Em 5ª | 16,1 |
Distância de travagem (m) | |
100-0 km/h | 35,9 |
Consumos (l/100 km) | |
Estrada (80-100 km/h) | 4,2 |
Auto-estrada (120-140 km/h) | 5,3 |
Cidade | 6,4 |
Média ponderada (*) | 5,74 |
Autonomia média ponderada (km) | 1045 |
(60% cidade+20% estrada+20% AE) | |
Medidas interiores (mm) | |
Largura à frente | 1410 |
Largura atrás | 1390 |
Comprimento à frente | 1070 |
Comprimento atrás | 685 |
Altura à frente | 1050 |
Altura atrás | 965 |
Representante da Citroën na classe dos familiares compactos, quando do seu aparecimento, o C4 foi um modelo marcante para a presença da marca do double chevron num dos segmentos mais importantes e competitivos do mercado europeu, estatuto que a sua segunda geração, actualizada no ano passado, não só manteve, como incrementou – em boa parte graças à chegada dos novos motores turbodiesel BlueHDI, como o de 1,6 litros de 120 cv que anima a unidade aqui em análise. As suas formas exteriores, ao contrário de outras criações recentes da marca gaulesa, podem nem ser muito originais ou dispruptivas, ou de molde a encantar, mas também não desagradam, antes pelo contrário, tendo evoluído de forma a conferir ao modelo uma aparência exterior sóbria e mais madura, suficientemente apelativa para quem procura um automóvel deste género por aquilo que ele é e vale, e não apenas pelo que parece – merecendo aqui referência as novas ópticas dianteiras com a assinatura em LED das luzes diurnas, ou os farolins traseiros agora com grafismo tridimensional.
O interior, por seu turno, caracteriza-se por uma decoração, também ela, discreta, que nalguns pontos não deixa de evidenciar a idade do projecto (o C4 da segunda geração foi lançado em 2010), algo visível em detalhes como uma ergonomia perfectível, tendo em conta os novos padrões vigentes neste domínio, ou nalguma falta de uniformidade cromática entre painel de instrumentos, ecrã de controlo do sistema de infoentretenimento e botões de comando do sistema de climatização. Contudo, também tem os seus atributos, como sejam a habitabilidade de bom nível e a muito generosa capacidade da bagageira (a sublinhar a postura familiar e despretensiosa do modelo); ou a introdução de novas soluções, caso do já mencionado ecrã táctil de 7” já conhecido de outros modelos do grupo PSA (com esta ou aquela nuance) e da instrumentação cuja iluminação pode variar entre diversos tons de azul. Tão ou mais importante, e vantagem resultante dos anos que leva no activo, uma qualidade de montagem capaz de garantir ao habitáculo uma solidez e uma robustez dignas de notas, traduzidas num ambiente a bordo praticamente isento dos sempre desagradáveis ruídos parasitas, não obstante a combinação de materiais de boa qualidade, macios e agradáveis à vista e ao toque (caso da peça única que compõe a secção superior do tablier), com outros, na melhor das acepções, não mais do que medianos, mais duros e ásperos.
Ao volante, o condutor beneficia de um posto de condução correcta, mesmo que alguns preferissem fosse um pouco mais baixo, com esta versão Shine, a mais equipada da gama, a incluir de série uns acolhedores bancos forrados a pele, Alcantara e tecido, confortáveis e capazes de proporcionar um apreciável encaixe ao corpo de quem os ocupa. Neste particular, a maior crítica vai mesmo para o volante, demasiado grande, que acaba por não ajudar a que se encontre com facilidade a melhor posição de condução.
Apesar de não fazer ainda uso da nova plataforma modular EMP2 do grupo francês (conhecida quer do Peugeot 308, quer dos C4 Picasso e Gran C4 Picasso, por exemplo), o C4 nem por isso deixa de contar com um châssis muito equilibrado, dotado de uma regulação propositadamente macia do amortecimento, que lhe garante um conforto praticamente exemplar em qualquer tipo de piso. E se esta característica dificilmente lhe permitiria ser a proposta mais envolvente da sua categoria (para mais, o ESP só pode ser desligado abaixo dos 50 km/h, para permitir arrancar sobre superfícies mais escorregadias), também não chega para comprometer a eficácia dinâmica, traduzida num comportamento, acima de tudo, honesto e previsível, que faz do C4 1.6 BlueHDI de 120 cv um automóvel bastante fácil e agradável de conduzir.
Para o desempenho dinâmico muito convincente deste C4 presta ainda decisivo contributo o motor 1.6 BlueHDi de 120 cv e 300 Nm, desde logo por permitir que, apesar do aumento do peso do modelo de 40 kg face ao seu predecessor, a relação peso/potência lhe seja muito mais favorável. Mas há mais: continuando a ser uma referência da sua categoria em termos de refinamento, suavidade e silêncio de funcionamento, também se conjuga bem com o excelente sistema start/stop e com a eficaz insonorização para garantir um ambiente a bordo de muito bom nível.
Depois, o seu rendimento, e a generosa disponibilidade logo a baixo regime, permitem-lhe adaptar-se facilmente a qualquer tipo de condução, oferecendo boas prestações, muito melhores do que anteriormente, tanto nas acelerações como nas recuperações, o que acarreta notórios benefícios não só quando se pratica uma condução mais empenhada, como no dia-a-dia, por exigir muito menor recurso à caixa de velocidades, marcada por uma sexta relação bastante desmultiplicada. Característica determinante desta unidade motriz é, igualmente, o seu “apetite” extremamente contido, patente na facilidade como, em condições reais de utilização, e sem grandes sacrifícios, se obtêm médias abaixo dos 6,0 l/100 km.
Contas feitas, o C4 1.6 BlueHDI 120 Shine tem tudo para convencer quem procura um modelo deste segmento altamente competente, que pode até nem deslumbrar em nenhuma área concreta, mas acaba por se destacar pelo seu extremo equilíbrio, sendo poucas os verdadeiros defeitos que se lhe podem apontar. A versão analisada é a mais equipada da família, conta com um muito completo equipamento de série, e mesmo assim é proposta por um preço deveras competitivo. Contudo, os menos exigentes, ou com orçamentos mais limitados, têm sempre à sua disposição as variantes Feel Edition, Feel e Live, mais acessíveis, mas sem nada perderem face a esta a não ser em equipamento; ou mesmo a variante do C4 equipada com o mesmo motor, mas na sua versão de 100 cv, menos performante, mas porventura ainda mais frugal.
Motor | |
Tipo | 4 cil. linha Diesel, transv., diant. |
Cilindrada (cc) | 1560 |
Diâmetro x curso (mm) | 75,0×88,3 |
Taxa de compressão | 17,0:1 |
Distribuição | 2 v.e.c./16 válvulas |
Potência máxima (cv/rpm) | 120/3500 |
Binário máximo (Nm/rpm) | 300/1750 |
Alimentação | injecção directa common-rail |
Sobrealimentação | turbo VGT+intercooler |
Dimensões exteriores | |
Comprimento/largura/altura (mm) | 4329/1789/1489 |
Distância entre eixos (mm) | 2608 |
Largura de vias fte/trás (mm) | 1526/1519 |
Jantes – pneus | 7 1/2Jx17″ – 225/45 (Michelin Primacy HP) |
Pesos e capacidades | |
Peso (kg) | 1280 |
Relação peso/potência (kg/cv) | 10,66 |
Capacidade da mala/depósito (l) | 408-1183/60 |
Transmissão | |
Tracção | dianteira |
Caixa de velocidades | manual de 6+m.a. |
Direcção | |
Tipo | cremalheira com assistência eléctrica |
Diâmetro de viragem (m) | 11,2 |
Travões | |
Dianteiros (ø mm) | Discos ventilados (283) |
Traseiros (ø mm) | Discos maciços (268) |
Suspensões | |
Dianteira | MacPherson |
Traseira | Eixo de torção |
Barra estabilizadora frente/trás | sim/sim |
Garantias | |
Garantia geral | 2 anos sem limite de km |
Garantia de pintura | 3 anos |
Garantia anti-corrosão | 12 anos |
Intervalos entre manutenções | 25 000 km ou 12 meses |
Airbag para condutor e passageiro (desligável)
Airbags laterais dianteiros
Airbags de cortina
Controlo electrónico de estabilidade
Assistente aos arranques em subida
Sistema de monitorização do ângulo morto
Cintos dianteiros com pré-tensores e limitadores de esforço
Fixações Isofix
Travão de estacionamento eléctrico
Ar condicionado automático bizona
Computador de bordo
Cruise-control+limitador de velocidade
Bancos dianteiros com regulação em altura+apoio lombar
Banco rebatível 60/40
Volante em pele regulável em altura+profundidade
Volante multifunções
Direcção com assistência eléctrica variável
Acesso+arranque mãos-livres
Auto-rádio com leitor de CD/mp3+ecrã táctil de 7″+6 altifalantes+tomadas Aux/USB
Mãos-livres Bluetooth (telemóvel+áudio)
Vidros eléctricos FR/TR
Retrovisores exteriores eléctricos+aquecidos+rebatíveis
Retrovisor interior electrocromático
Pack City (inclui: sensores de estacionamento traseiros+rebatimento eléctrico dos retrovisores exteriores+tomada de 12 Volt+friso cromado no recordo do pára-choques)
Sensores de estacionamento FR/TR com medição do espaço disponível
Sensor de luz+chuva
Faróis de nevoeiro com função de curva
Jantes de liga leve de 17″
Sistema de monitorização da pressão dos pneus
Pintura metalizada (€425)
Sistema de navegação no ecrã táctil (€450)